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SUS oferece duas novas vacinas para seis milhões de crianças

Duas novas vacinas serão incluídas no calendário básico de vacinação disponível na rede pública de saúde: a pneumocócica 10-valente e a anti-meningococo C. A primeira será oferecida a partir de março em todo o território nacional e protege contra a bactéria pneumococo, causadora de meningites e pneumonias pneumocócicas, sinusite, inflamação no ouvido e bacteremia (presença de bactérias no sangue), entre outras doenças. A segunda será aplicada a partir de agosto e imuniza contra a doença meningocócica.
 
Nos primeiros 12 meses após a implementação, as novas vacinas serão aplicadas em crianças menores de dois anos de idade. A partir de 2011, elas farão parte do calendário básico de vacinação da criança específico para os menores de um ano. Depois de cinco anos do início dos novos programas de vacinação, em 2015, a previsão é sejam evitadas cerca de 45 mil internações por pneumonia por ano em todo o Brasil. Com isso, a média dessas internações por ano cairá de 54.427 para 9.185, uma redução de 83%.
 
“As inclusões das vacinas são um grande avanço para a saúde pública brasileira. Os imunizantes vão proteger a população contra doenças de grande e vão contribuir para a redução da mortalidade infantil e para a melhoria da qualidade de vida do brasileiro”, afirma o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério, Eduardo Hage.
 
DOENÇAS– Principal causa de meningite bacteriana no Brasil, a doença meningocócica pode se manifestar como uma inflamação nas membranas que revestem o cérebro (meningite) ou como uma infecção generalizada (meningococcemia), que pode levar rapidamente à morte. Entre 2000 e 2008, o número de casos da doença caiu de 4.276 para 2.648, uma redução de 38% (veja quadro abaixo).  No mesmo período, o número de mortes por essa enfermidade caiu 47%, de 777 para 412. Essa redução pode ser atribuída à menor circulação do meningococo do sorogrupo B, uma vez que, entre 2001 e 2009, os 20 surtos de doença meningocócica no país tiveram como responsável o meningococo C.
 
O pneumococo, por sua vez, é a segunda maior causa de meningites bacterianas (pneumocócicas) no Brasil. Entre 2000 e 2008, manteve-se a média anual de 1.250 casos de meningite pneumocócica e de 370 óbitos por ano (veja quadro abaixo). O pneumococo também é o principal agente causador de pneumonias em todas as faixas etárias. O número de internações no SUS por essa doença caiu de 950.162, em 2000, para 695.622, em 2008 – redução de 26,8%.
 
INVESTIMENTO –Para a aquisição das duas vacinas em 2010, o Ministério da Saúde investirá R$ 552 milhões. Desse total, R$ 400 milhões serão destinados para 13 milhões de doses da vacina pneumocócica e R$ 152 milhões para 8 milhões de doses da meningocócica. As doses são suficientes para imunizar 6 milhões de crianças menores de dois anos de idade. O Ministério também vai comprar diretamente 13 milhões de seringas e agulhas, com investimento de R$ 1,4 milhão, para a aplicação da vacina pneumocócica.
 
Com o investimento, o Ministério alcança a meta do Programa Mais Saúde de introduzir duas novas imunizações no calendário básico, um ano antes da data prevista, 2011.
 
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA – O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, explica que as vacinas serão adquiridas diretamente de laboratórios nacionais. A pneumocócica será comprada do Laboratório Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), graças a um acordo de transferência de tecnologia assinado entre o Ministério e o laboratório inglês Glaxo Smith Kline (GSK) no ano passado.
 
Já um acordo de transferência de tecnologia firmado também em 2009 entre a Fundação Ezequiel Dias (Funed), o governo de Minas Gerais, e a companhia farmacêutica suíça Novartis permitirá a compra da vacina pneumocócica diretamente da Funed. “Isso demonstra a vontade do SUS de aprimorar as ferramentas de prevenção e tratamento a serviço da população. São vacinas modernas e é muito importante que os laboratórios nacionais dominem essa tecnologia”, avalia o secretário.
 
Além desses contratos de transferência de tecnologia, nos últimos cinco anos, o Brasil começou a produzir vacina contra a gripe sazonal, contra o rotavírus humano e a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba). Essas três vacinas responderam por 28,6% da produção nacional em 2008.
 
CALENDÁRIO BÁSICO – Com a introdução das vacinas, o Calendário Básico de Vacinação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério passará a ter 13 tipos de vacinas para proteger contra 19 doenças (veja quadro abaixo). Além disso, a oferta total do PNI, considerando as imunizações especiais, passa a ser de 28 tipos de vacinas (nacionais e importadas). O número é 30% maior que em 2002, quando eram oferecidos 18 tipos. O crescimento deve-se principalmente ao investimento do país para desenvolver novas vacinas e ao aumento da capacidade de produção nos últimos anos.
Para se ter ideia, o investimento brasileiro em pesquisas para o desenvolvimento e aprimoramento de vacinas aumentou mais de 1.216% em cinco anos. Em 2003, o governo federal investiu R$ 1,6 bilhão em estudos na área. Esse número saltou para R$ 21 bilhões em 2008. São recursos do Ministério da Saúde, com contrapartida de órgãos do governo de fomento à pesquisa – como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), UNESCO e fundações estaduais de apoio à pesquisa.

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Ampliação leva endoscopia do HC à liderança mundial na área

Em dezembro, o Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) inaugurou a ampliação e modernização de seu Serviço de Endoscopia, pertencente ao Departamento de Gastroenterologia da unidade. Com a melhoria, o serviço aumenta em 50% a capacidade de atendimento, acabando com a fila de espera para os procedimentos. Agora o setor passa a realizar 160 exames diários – são 3.200 mensais, o que faz com que o local lidere o ranking nacional e internacional para a área na rede pública de saúde.

O serviço recebe pacientes em tratamento no HC, encaminhados pela Secretaria de Estado da Saúde ou referendados por outras instituições do Brasil. É um dos poucos no mundo agraciados com o título de Centro de Excelência Mundial de Endoscopia, honraria concedida pela Organização Mundial de Endoscopia Digestiva (OMED).

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Escola de Enfermagem da USP inscreve para curso sobre humanização no cuidar

Estão abertas, até o dia 22, as inscrições para o oitavo curso de difusão cultural Humanização do Processo de Cuidar: uma abordagem corporal, na Escola de Enfermagem (EE) da USP.

O curso, voltado para profissionais e estudantes da área de saúde e demais interessados no tema, tem o objetivo de identificar conteúdos somáticos e emocionais próprios dos alunos que podem interferir na interação entre profissional-cliente; reconhecer a intencionalidade nas práticas de cuidado do cliente de saúde; aplicar recursos de abordagem corporal e técnicas básicas de massagem no cuidado do cliente de saúde; empregar os conhecimentos de automassagem para promover o próprio bem-estar.

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Epidemiologia é o tema de fascículo especial

Epidemiologia é o tema de um fascículo especial da revista "Cadernos de Saúde Pública" da Fiocruz. O novo suplemento reúne dez estudos de revisão sobre assuntos variados, desde os eventos adversos causados por medicamentos em pacientes hospitalizados até os efeitos de campos magnéticos sobre a ocorrência de leucemia infantil.Questões de gênero, envelhecimento e estresse também são contempladas pelos estudos publicados no suplemento.

Diabetes na gravidez, infecções em UTIs pediátricas, adesão do paciente ao tratamento de doenças crônicas, avaliações econômicas de programas de vacinação e prevalência de atividade física no Brasil completam os temas abordados no novo suplemento de epidemiologia da revista. Já o trabalho sobre leucemia é assinado por pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Associação Brasileira de Compatibilidade Eletromagnética. Os autores revisaram dez estudos acerca da leucemia linfocítica aguda, principal subtipo da doença em crianças.

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Radis de janeiro traz cobertura do Abrascão

A edição de janeiro da revista Radis traz a cobertura completa do 9º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, promovido pela Abrasco entre 31 de outubro e 4 de novembro de 2009, no Centro de Convenções de Pernambuco. O encontro resultou na "Carta de Olinda", aprovada na plenária final, que recomenda, entre outros itens, que nas eleições que se aproximam, sejam rejeitadas as candidaturas que não se comprometam com a regulamentação da EC 29 e resume: “Em saúde, inovação é acesso”.

A reportagem completa menciona, ainda, a presença de Lula na abertura do encontro, e destaca algumas mesas de debate com temas relevantes como a saúde indígena, aborto e mudanças climáticas.

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Vinte anos do SUS são destaque no Centro Cultural da Saúde

O Centro Cultural da Saúde (CCS) inaugurou em dezembro a exposição ‘SUS 20 ANOS: a saúde do Brasil’, que, pela primeira vez, chega à cidade do Rio de Janeiro, depois de passar por capitais brasileiras e Washington, Estados Unidos. A exposição ficará aberta à visitação gratuita até 28 de maio de 2010, a partir das 19h30.

SUS 20 ANOS: a saúde do Brasil é uma realização do Ministério da Saúde, que marca a comemoração de duas décadas de existência do Sistema Único de Saúde (SUS). A exposição apresenta os aspectos mais essenciais da saúde no Brasil, por meio de uma abordagem didática, lúdica e criativa. Com isso, procura estimular a participação cidadã e a reflexão sobre a importância da melhoria da promoção da atenção integral à saúde para todos os brasileiros.

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Lançado manual inédito de audiologia em software livre

O Serviço de Audiologia do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) acaba de publicar o ‘Manual de Construção e Análise de Base de Dados em Audiologia’. Ele foi desenvolvido com o objetivo de apresentar um modelo metodológico para a investigação, processamento, leitura, comunicação de dados e informação na pesquisa em Saúde Auditiva a partir da implantação dessa base de dados denominada Epi-Audio. O Manual é inédito na área de audiologia do país, já que foi construído em software livre para ser amplamente utilizado, principalmente na rede pública.

De acordo com Márcia Soalheiro, coordenadora do projeto junto com Liliane Reis Teixeira, ambas do Serviço de Audiologia do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Ensp (Cesteh/Ensp), este foi um trabalho complexo. "É bastante difícil fazer um levantamento de indicadores de agravos associados a variáveis, como substâncias químicas e ruídos", disse ela, que desde 2003, quando começou a trabalhar nesse projeto, resolveu criar um banco de dados com as informações colhidas durante a realização de exames.

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Medicamentos são usados para aumentar limites do corpo

Uso de medicamentos psicoativos, como os antidepressivos e os ansiolíticos – estes também conhecidos como tranquilizantes – é tido como um meio das pessoas buscarem auxílio para superar conflitos pessoais e socioeconômicos e aumentar os limites do corpo diante dos problemas da vida cotidiana, conforme observou uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

 
A tese de doutorado A medicalização de conflitos: consumo de ansiolíticos e antidepressivos em grupos populares, do farmacêutico e professor da Universidade Federal de Goiás Reginaldo Teixeira Mendonça,  estuda os aspectos relacionados ao consumo de antidepressivos e ansiolíticos fornecidos por uma farmácia pública aos moradores de uma região da cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O trabalho foi o vencedor do Prêmio Nacional de Incentivo à Promoção do Uso Racional de Medicamentos, organizado pelo Ministério da Saúde. A pesquisa, orientada pelo professor da FSP Rubens de Camargo Ferreira Adorno, foi defendida em abril de 2009 com o auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Estudantes que trabalham mais se dedicam menos aos estudos

A relação entre os padrões de sono, sonolência e desempenho nos estudos foi tema de pesquisa desenvolvida na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. De acordo com o estudo, a dupla jornada – profissional e acadêmica – interfere negativamente no tempo que estudantes universitários dedicam às aulas. Além disso, as mulheres apresentaram maiores níveis de sonolência no período da manhã do que os homens.

 
A tese de doutorado O trabalho de jovens universitários e repercussões no sono e na sonolência: trabalhar e estudar afeta diferentemente homens e mulheres?, da bióloga Roberta Nagai Manelli mostra que os universitários que trabalham durante o dia e estudam à noite apresentam redução no tempo de sono durante os dias úteis da semana e têm “rebote de sono” aos finais de semana.

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