Publicado em fevereiro 25, 2013 por admin
O centenário da descoberta da doença de Chagas serviu de mote para que um grupo de pesquisadores da Fiocruz participasse de uma expedição histórico-científica à cidade de Lassance (MG), onde, em 1909, Carlos Chagas identificou a enfermidade até então desconhecida pela medicina. Os passos de Chagas (1878-1934) em Minas Gerais foram refeitos por 30 pesquisadores a maioria deles esteve na região, no norte do estado, pela primeira vez. A expedição foi uma oportunidade para que os cientistas, ao retornarem às suas rotinas, fizessem uma reflexão sobre a realidade atual de Lassance. O momento foi também de celebração, já que a Prefeitura de Lassance preparou uma série de atividades comemorativas em alusão a Chagas, ao centenário da descrição da doença e à visita dos pesquisadores. A cidade, que fica a cerca de 270 quilômetros da capital mineira, entrou para a história da ciência a partir do feito de Carlos Chagas.
As organizadoras do projeto da visita foram a parasitologista Liléia Diotaiuti, do Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR/Fiocruz Minas), e Lisabel Klein, integrante da Comissão de Organização das Comemorações do Centenário da Descoberta da Doença de Chagas. Liléia trabalha com doença de Chagas há 30 anos. De volta a Lassance após dez anos da primeira visita, a pesquisadora garante que quem vai a Lassance fica emocionado. Lá, somos remetidos ao passado e vemos como a região continua a oferecer poucas perspectivas aos seus habitantes, necessitando de esforços e investimentos para que seu futuro possa ser diferente, explica Liléia, que é chefe do Laboratório de Triatomíneos e Epidemiologia da Doença de Chagas e coordena o laboratório de referência homônimo.
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