O termo transgênico é geralmente associado ao meio agrícola, mas essa realidade deve mudar. A Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP está desenvolvendo um método de controle genético do Culex quinquefasciatus, mosquito que, entre outras doenças, é transmissor da Wuchereria bancrofti causadora da elefantíase. O método usado consiste em soltar mosquitos transgênicos na natureza, que carreguem um gene letal dominante, para controle da população do inseto por supressão. A doença é caracterizada pelo inchaço que causa nas partes do corpo afetadas e não tem cura, apenas tratamento para atenuar seus sintomas.
Uma das fases da pesquisa foi concluída. O biólogo André Barreto Bruno Wilke desenvolveu o início da produção de mosquitos transgênicos dessa espécie e o cruzamento desses injetados com mosquitos selvagens em sua dissertação de mestrado Controle genético de mosquitos Culex quinquefasciatus, defendida no mês passado. As próximas etapas serão desenvolvidas pelo grupo de pesquisa liderado pelo orientador da dissertação, Mauro Toledo Marrelli, professor da FSP.
Leia Mais