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Pacientes com bulimia e anorexia nervosa sofrem de desgaste dentário

A bulimia e a anorexia nervosa são transtornos psiquiátricos ligados à alimentação que causam diversos problemas de saúde aos seus portadores. Mas além do já conhecido comprometimento nutricional, pacientes que provocam vômito com freqüência expõem sua dentição a ácidos gástricos, sofrendo erosão dentária, como mostra um estudo da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP.

A cirurgiã dentista Juliana Julianelli avaliou 30 pacientes do Grupo de Assistência aos Transtornos Alimentares (GRATA) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC/FMRP) da USP e chegou a um resultado preocupante: todos eles mostraram algum grau de desgaste, problema que em níveis mais altos pode levar até à perda dos dentes afetados.

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Novo método de detecção e vigilância de vetores do vírus da dengue é testado

“Como uma vacina ainda não está disponível, prevenir um crescimento repentino da população de vetores é a única forma de evitar aumento da transmissão da dengue”. A afirmação foi feita por pesquisadores da Fiocruz Pernambuco, da Escola Nacional de Saúde Pública, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Secretaria de Saúde do Recife e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em artigo recém-publicado na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. Baseados nessa premissa, os cientistas desenvolveram um novo método de detecção e vigilância do mosquito transmissor da dengue a partir da coleta permanente de ovos do inseto e avaliaram seu uso em diferentes áreas urbanas do Recife, segunda região a apresentar mais casos de doença no país.

O novo sistema de captura, baseado no modelo convencional, é constituído por um copo plástico preto, preenchido com uma infusão de grama diluída em água, com três raquetes de madeira verticalmente fixadas com grampos em sua parede interna – que servem como um suporte para o depósito de ovos pelos mosquitos. Além disso, houve a adição na infusão de um inseticida comercial composto pela bactéria Bacillus thuringienses israelensis (Bti), utilizada no controle do Aedes aegypti. Os pesquisadores constataram que mais ovos foram depositados na presença da Bti, que não reduziu a atratividade de fêmeas grávidas do mosquito e funcionou como um larvicida, removendo os riscos de transformar os copos em locais de desenvolvimento do vetor.  “A coleta massiva efetuada em um dos locais preveniu uma explosão populacional”, apontam os especialistas. “Os resultados indicam que essa pode ser uma estratégia promissora na detecção e prevenção de explosões populacionais de vetores de Aedes aegypti.”

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Tese de doutorado aborda a violência contra a mulher nas relações conjugais

A saúde pública tem papel fundamental na prevenção e atenção a pessoas em situação de violência. Segundo o Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2002, algumas medidas como a coleta de dados sobre a violência, a criação e implementação de planos nacionais de prevenção, o apoio à pesquisa sobre causas e conseqüências da violência e a promoção da igualdade social e de gênero devem ser prioridades na busca pelo fim da violência, especialmente contra a mulher. Pensando nisso, a psicóloga Corina Mendes, do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec) da Fiocruz, desenvolveu a tese de doutorado Vozes do slêncio: estudo etnográfico sobre violência conjugal e fertilidade feminina, no Instituto Fernandes Figueira (IFF), outra unidade da Fundação. O estudo buscou compreender as escolhas de mulheres vítimas de violência conjugal, relacionadas ao campo da saúde reprodutiva, especialmente sobre a decisão de engravidar. A pesquisadora constatou que a idealização da família de origem e a ausência de afeto e proteção na infância influenciam nas escolhas amorosas e na decisão de ter filhos dessas mulheres.

“Durante a gravidez há a esperança de reparação ou consolidação da família por meio dos filhos, atribuindo a eles a expectativa de garantir a estabilidade e segurança à vida conjugal, o que geralmente não acontece, expondo a mulher a riscos ainda maiores de violência”, ressalta Corina. A pesquisa baseou-se na experiência da pesquisadora no trabalho com gestantes no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e na Assessoria de Prevenção de Acidentes e Violência da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro. O trabalho de campo foi realizado no Centro Integrado de Atendimento à Mulher (Ciam), serviço do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), que presta atendimento psicossocial e jurídico a vítimas de violência.

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Suplementação com creatina não prejudica funcionamento dos rins

A suplementação com creatina não causa comprometimento na função renal, como mostra uma pesquisa realizada na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP. A substância, usada para aumentar o desempenho físico, é proibida no Brasil. O estudo, realizado em pessoas saudáveis com idade média de 24 anos, combinou suplementação e atividade física moderada (corrida e caminhada, sem constatar deterioração no funcionamento dos rins.

A utilização da creatina como suplemento alimentar é proibida no País pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 1998. “Não havia estudos retrospectivos que mostrassem o comprometimento dos rins, apenas estudos de caso, que não são conclusivos para o banimento”, aponta o pesquisador Bruno Gualano, formado em Educação Física, um dos participantes do estudo. “A creatina já é absorvida pelo organismo, principalmente na ingestão de carnes vermelhas, e a suplementação é um método consagrado para melhorar o rendimento físico, não sendo considerada doping”.

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Pesquisa registra alto percentual de acesso a medicamentos no Sul e Nordeste

Mais de 80% dos adultos e idosos das regiões Sul e Nordeste têm acesso a todos os medicamentos de uso contínuo de que necessitam para tratamento de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e/ou problemas de saúde mental. A boa notícia está num artigo publicado na edição de fevereiro do periódico científico Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz. Apesar do resultado otimista, os autores frisam que a parcela da população que não tem acesso a esses medicamentos é significativa e não pode ser esquecida.

Outro aspecto evidenciado pela pesquisa chama a atenção: ainda que, de maneira geral, o acesso aos medicamentos de uso contínuo seja elevado, ele é menor no Nordeste, se comparado ao Sul. “Este achado é preocupante, pois demonstra iniqüidade no acesso a medicamentos: a maioria da população avaliada no Nordeste pertence aos estratos econômicos D e E, dependendo basicamente, portanto, do setor público para a obtenção de medicamentos”, afirmam a epidemiologista Vera Paniz, da Universidade Federal de Pelotas, e co-autores no artigo.

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Humanização no processo de cuidar

Entre os dias 31 de janeiro e 28 de fevereiro,  o  Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica da Escola de Enfermagem (EE) da USP, promove o 7º Curso de Difusão Cultural Humanização no Processo de Cuidar: uma abordagem corporal. O curso é direcionado a profissionais e estudantes da área de saúde.

O objetivo é, segundo os organizadores, identificar conteúdos somáticos e emocionais próprios dos alunos que podem interferir na interação entre profissional-cliente e reconhecer a intencionalidade nas práticas de cuidado do cliente de saúde.

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Aperfeiçoamento em Fonoaudiologia

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCRP) da USP abre na próxima segunda (7) as inscrições para o processo seletivo do Curso de Aperfeiçoamento em Fonoaudiologia Hospitalar. São oferecidas 16 vagas em áreas de especialização como "Audiologia clínica e reablitação vestibular", "Voz e Oncologia" e outras.

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Pesquisador sugere mudanças na legislação sobre partículas inaláveis

Uma questão de saúde pública. É como Moacir Ferreira da Silva, engenheiro e pesquisador da Faculdade de Saúde Pública (FSP), define a emissão de partículas inaláveis por veículos automotores. "Partículas sólidas menores que 10 microns (ou seja, 0,0001cm) são potencialmente perigosas porque penetram e se alojam no sistema respiratório. Atualmente elas representam 65% das emissões veiculares.", afirma o pesquisador.

Em agosto de 2007, Ferreira defendeu sua dissertação de mestrado na FSP. Sua pesquisa consistiu na análise dessas emissões por meio de experiências em laboratório. O estudo, realizado no Laboratório de Emissão Veicular da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), foi o primeiro do tipo no Brasil.

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Suplemento da Revista de Saúde Pública

Já está disponível na internet a última edição do Suplemento da Revista de Saúde Pública. A revista é publicada pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP desde 1967 e aberta a colaborações da comunidade científica nacional e internacional.   Esta edição do Suplemento tem como tema a aids e o vírus HIV, com todos os artigos tratando o tema sob diversas perspectivas. A edição está no endereço http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0034-891020070009&lng=pt&nrm=iso .

A FSP fica na Av. Dr. Arnaldo, 715, Cerqueira César, São Paulo.

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Bancos de dados organizam informações de hemocentros

Transfusões de sangue são procedimentos delicados que necessitam de uma série de informações sobre o material utilizado, a fim de evitar contaminações, rejeições e outros diversos problemas de saúde. A fim de elaborar estudos que aumentem a eficácia da segurança transfusional por meio do tratamento e análise de dados, o Instituto Norte-Americano de Saúde (NIH) financia um projeto que envolve três bancos de sangue brasileiros e o Grupo de Pesquisas em Bancos de Dados e de Reconhecimento de Padrões do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP.

O projeto se chama REDS, do inglês Retrovirus Epidemiology Donor Study, e iniciou-se em 2006, com previsão para ser concluído no ano de 2011. O REDS foi elaborado por três hemocentros brasileiros – A Fundação Pró-Sangue, do estado de São Paulo, a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais (Hemominas), presente em sete cidades mineiras, e a Fundação Hemope, de Pernambuco – e pelo Blood Systems Research Institute, de São Francisco, Califórnia (Estados Unidos). A coordenação geral do projeto é de Ester Sabino, da Fundação Pró-Sangue.  A idéia é elaborar um banco de dados que permita “identificar padrões de doadores, não-doadores e doadores pontuais”, de acordo com João Eduardo Ferreira, professor do IME e coordenador da parte computacional do projeto.

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