O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa e progressiva que atinge o sistema nervoso central do indivíduo, o que prejudica as funções intelectuais do cérebro, como a memória, o comportamento e a linguagem. Devido a esse efeito, o portador da enfermidade passa a necessitar de alguém que o auxilie em suas atividades diárias. Pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina, ao perceberem que o ato de cuidar é uma tarefa árdua e que suas consequências são comumente negligenciadas, resolveram construir um perfil desse cuidador, figura indispensável para o doente com Alzheimer, e avaliar o peso que essa atividade impõe em sua vida. Os resultados da pesquisa estão em artigo publicado no periódico Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz.
A pesquisa foi realizada com base em entrevistas com 122 cuidadores de doentes com mal de Alzheimer moradores do município de Londrina (PR). Segundo os pesquisadores, essa é a maior amostra em um estudo sobre cuidadores já reportada no Brasil para esse tipo específico de doença mental. Os resultados apontaram que a atividade apresenta impacto elevado na vida física, emocional, social e financeira dos cuidadores, que são, predominantemente, mulheres com menos de 60 anos, filhas dos pacientes, casadas, que aprenderam o cuidado no dia-a-dia sem nenhuma ajuda e exercem essa função de supervisão por afeto.
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