Monthly Archives: dezembro 2022

Cobertura vacinal e redução de filas na saúde são desafios do governo. Atual presidente da Fiocruz, Nísia Trindade será ministra da Saúde

Recuperar o orçamento e estabelecer medidas de resgate da autoridade sanitária e da capacidade técnica do Ministério da Saúde para a coordenação do Sistema Único de Saúde (SUS) estão entre os principais desafios do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que toma posse no próximo domingo (1º).

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, será a nova ministra da Saúde. – Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil

Ambas as estratégias são consideradas essenciais para que as demais prioridades da área, como o retorno de altos índices de coberturas vacinais e o enfrentamento de filas na atenção especializada, possam ser efetivadas. A pasta será comandada pela atual presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade.

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RJ fecha o ano com baixa cobertura vacinal em crianças

Crianças menores de 5 anos que vivem no Estado do Rio de Janeiro estão vulneráveis a contrair sarampo, caxumba, rubéola, tétano, difteria, coqueluche, meningite C, hepatite A, hepatite B e outras doenças evitáveis que podem levar à morte e gerar sequelas graves, devido à baixa cobertura vacinal registrada em 2022. A conclusão é de levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) que analisou dados preliminares do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). O estudo aponta que o estado do Rio de Janeiro não chegou à meta estipulada pelo Ministério da Saúde para nenhuma das vacinas do calendário básico infantil e está abaixo da média nacional em todos os imunizantes.

A coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini, explica que a meta anual é vacinar 90% dos bebês menores de 1 ano com a BCG. Para a febre amarela, a meta é 100%, enquanto para os demais imunizantes do calendário básico a meta estipulada pelo Ministério da Saúde é 95%. “No Estado do Rio de Janeiro, até o fim de novembro, apenas 75% dos bebês que deveriam ser imunizados com a BCG, que protege contra formas graves de tuberculose, receberam o imunizante. O cenário fluminense contrasta com a média nacional, que chegou a 92%, colocando a BCG como a única vacina do calendário básico infantil a cumprir o preconizado pela pasta”, aponta a pesquisadora.

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Covid na China: como o país tenta conter nova onda após relaxamento de regras

Hospitais na China ficaram lotados de pacientes com covid depois que o país relaxou suas regras de confinamento.

O governo diz que agora vai intensificar seu programa de vacinação, após críticas de que imunizou relativamente poucas pessoas até agora. Entenda:

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Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, será ministra da Saúde de Lula; conheça sua trajetória

Nísia Trindade Lima foi a primeira mulher a se tornar presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), cargo que ocupa desde 2017.

Depois dos anos à frente em uma das principais instituições de saúde do país, a cientista agora assumirá a coordenação do Ministério da Saúde, no lugar de Marcelo Queiroga, a partir de 2023, quando começa o governo Lula.

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Covid: hospitais na China estão lotando com infectados, adverte OMS

A China reportou cinco mortes relacionadas ao coronavírus na terça-feira, à medida que os casos de covid-19 se espalham pelo país

Os hospitais na China parecem estar lotando em meio a preocupações com a nova onda de covid-19 que atinge o país, advertiu a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Michael Ryan, chefe de emergências da OMS, afirmou que as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão ocupadas, apesar das autoridades dizerem que os números são “relativamente baixos”.

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O que é a DOPC, doença sem cura e ‘silenciosa’ que matou o ator Pedro Paulo Rangel

Pedro Paulo Rangel morreu aos 74 anos na madrugada desta quarta-feira (21/12)

Se você é fumante habitual, como foi o ator Pedro Paulo Rangel, morto na madrugada desta quarta-feira (21/12) aos 74 anos, tem 90% de chance de sofrer de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). E é provável que você nem saiba disso.

Rangel, que fumou até 1998, foi diagnosticado com DPOC em 2002. A doença não tem cura, mas o ator conseguiu controlá-la com remédios e fisioterapia. Ele estava internado desde o dia 30 de outubro na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro — sua morte foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital.

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Plano de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas recebe repasse de mais R$ 25 milhões da Alerj

Passado um ano e meio do início das atividades da Chamada Pública da Fiocruz para Apoio a Ações Emergenciais de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro, os resultados seguem surpreendendo. Os projetos em atividade que integram o planejamento de atuação da Fundação, com a missão de apoiar tecnologias sociais para o Sistema Único de Saúde (SUS) e promover o direito à saúde nestes territórios, já beneficiaram diretamente 175 mil pessoas em seis cidades do estado e na capital, com ações voltadas a segurança alimentar, saúde mental, comunicação popular em saúde, evasão escolar e empregabilidade. A Chamada Pública conta com recursos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que confirmou repasse de mais R$ 25 milhões para a ampliação do plano em 2023.

Dos 104 projetos aprovados na primeira etapa da Chamada Pública, 54 já receberam financiamentos de R$50 mil até R$ 500 mil reais para executar ações de combate à Covid-19 nas comunidades. Os investimentos somados são de R$ 5,5 milhões. Os demais projetos aprovados aguardam convocação, que tem previsão de ocorrer até o final de 2023. Ao todo, a Alerj destinou R$ 20 milhões para o Plano em janeiro de 2021, com base na aprovação da Lei 8972/20. O assessor de Relações Institucionais da Fiocruz, Valcler Rangel, e coordenador executivo do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas, Richarlls Martins, participaram das tratativas referentes a alocação de novos recursos para o projeto no orçamento do Estado. O compromisso havia sido assumido pelo presidente da Alerj em sessão de prestação de contas do projeto em agosto. Nesta semana, a deputada Renata Souza e o presidente da Alerj, André Ceciliano, viabilizaram a alocação de R$25 milhões no orçamento de 2023 da secretaria estadual da Saúde, por intermédio da aprovação de emenda da Comissão de Orçamento número 3850, com a justificativa de aporte de recursos em apoio a Fiocruz.

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2 anos de vacinas contra covid: o que aprendemos sobre resultados e efeitos colaterais

O Museu de Ciência de Londres, no Reino Unido, montou uma exposição temporária para marcar a epopeia do desenvolvimento e da aplicação das vacinas contra a covid-19 em tempo recorde.

Numa das prateleiras, é possível ver a seringa, a ampola e a bandeja de papelão que foram usadas no dia 8 de dezembro de 2020, quando a inglesa Margaret Keenan, de 90 anos, se tornou a primeira pessoa a receber a vacina contra a covid-19 fora dos estudos clínicos.

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Câncer de pele: como identificar se pintas, manchas e outros sinais podem indicar doença

A exposição excessiva aos raios UV (ultravioleta) – que chegam a nós diretamente pelos raios solares e podem danificar as células da pele – é a principal causa de câncer de pele, uma doença que atinge milhares de brasileiros todos os anos.

Saber como identificar possíveis sinais dos diferentes tipos de câncer de pele – e como se proteger da doença – é essencial em um país como o Brasil, onde o índice para os raios é de 11 – um nível considerado muito alto e que oferece maior risco para o câncer de pele.

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Estratégia molecular inédita permite monitorar meningite mais rápido

A meningite meningocócica é uma doença endêmica, aguda, grave e de rápida evolução. Nesse sentido, a biomédica Debora Santos estabeleceu uma estratégia alternativa inédita, simples, mais ágil e barata para monitorar a Neisseria meningitidis, bactéria causadora da enfermidade. “A identificação da N. meningitidis, a mais precisa possível, é fundamental para definir as estratégias para seu enfrentamento, como pensar questões de vacinação ou antecipar medidas sanitárias a serem adotadas para impedir que a infecção se prolifere”, explica a pesquisadora, que trabalha no Instituto de Controle de Qualidade em Saúde.

Reconhecer com precisão a N. meningitidis não é tarefa simples. Até o momento, sabe-se que a bactéria se subdivide em 12 variantes, conhecidas como sorogrupos. Estes são classificados por letras. Por exemplo, B e C classificam os sorogrupos das cepas mais conhecidas e frequentes no Brasil – há outros, como o W, menos conhecido, porém terceiro em importância e mais presente no Sul do país. Cada sorogrupo exige uma vacina específica, de modo que alguém que tenha sido imunizado contra a meningite do sorogrupo C não estará protegido contra a do B. Ademais, cada sorogrupo também pode conter complexos clonais, dessa vez identificados por números. Ou seja, uma N. meningitidis do sorogrupo C, complexo clonal 11 (isto é, cc11) guarda, por exemplo, algumas diferenças em relação à outra, do mesmo sorogrupo, mas do complexo clonal 103 (cc103). Santos explica que monitorar a “disseminação dos clones já existentes, assim como recombinações genéticas que possam resultar em novas linhagens de N. meningitidis, é fundamental para subsidiar ações específicas de vigilância em saúde para a prevenção e contenção de surtos”.

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