O sarampo é perigoso por seus efeitos diretos e também pelo dano ao sistema de defesa
Era tarde da noite, em 15 de novembro de 2019, na ilha de Upolu, em Samoa — uma minúscula mancha verde no Oceano Pacífico, em algum lugar entre o Havaí e a Nova Zelândia. Autoridades do governo corriam para participar de uma reunião na região do porto, na capital, a fim de debater uma questão de saúde pública urgente. Ao final da noite, eles haviam declarado estado de emergência, com início imediato.
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Leia MaisPesquisa da Fiocruz avalia síndrome da Covid longa
Metade das pessoas diagnosticadas com Covid-19 apresentam sequelas que podem perdurar por mais de um ano. Essa é uma das constatações de um estudo longitudinal, desenvolvido pela Fiocruz Minas, que avaliou os efeitos da doença ao longo do tempo. A pesquisa acompanhou, por 14 meses, 646 pacientes que tiveram a infecção e verificou que, desse total, 324, ou seja, 50,2%, tiveram sintomas pós-infecção, caracterizando o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como Covid longa. O estudo foi publicado na revista Transactions of The Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene.
Ao todo, a pesquisa contabilizou 23 sintomas, após o término da infecção aguda. Fadiga, que se caracteriza por cansaço extremo e dificuldade em realizar atividades rotineiras, é a principal queixa entre os pacientes, relatada por 115 pessoas (35,6%). Também entre as sequelas mais mencionadas estão tosse persistente (110; 34,0%), dificuldade para respirar (86; 26,5%), perda do olfato ou paladar (65; 20,1%) e dores de cabeça frequentes (56; 17,3%). Além disso, também chamam a atenção os transtornos mentais, como insônia (26; 8%), ansiedade (23; 7,1%) e tontura (18; 5,6%). Entre os relatos estão ainda sequelas mais graves, como a trombose, diagnosticada em 20 pacientes, ou seja, 6,2% da população monitorada.
Leia MaisEstudo de proteínas secretadas por células tumorais indica novos caminhos para o combate ao câncer
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tenta descobrir por que em determinadas situações proteínas que deveriam ser encontradas no núcleo de células tumorais acabam indo parar em locais diferentes, como o citoplasma (região entre o núcleo e a membrana celular) ou até mesmo fora da célula. Segundo os cientistas, esse fenômeno não esperado pode indicar um padrão relevante para fins de diagnóstico e prognóstico de diversos tipos de câncer.
Resultados obtidos até o momento foram divulgados em artigo de capa na revista científica Traffic. No estudo, os pesquisadores Juliana A. de Morais e André Zelanis, ambos do Laboratório de Proteômica Funcional do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT-Unifesp), reanalisaram dados públicos depositados em repositórios internacionais por cientistas de diversos países. As informações usadas na pesquisa são referentes ao chamado “secretoma”, que é o conjunto de proteínas secretadas por uma célula animal ou vegetal.
Leia MaisFiocruz recebe líder técnica da OMS para Covid-19 e delegações da Opas e do Ministério da Saúde
As comitivas da OMS, da Opas e do MS estiveram em laboratórios e participaram de reuniões na Fiocruz (Foto: Peter Ilicciev)
Em visita à Fiocruz na última sexta-feira (6/5), a líder técnica da Organização Mundial de Saúde para Covid-19, Maria Van Kerkhove, debateu os aprendizados e os desafios para manter os investimentos voltados para a pandemia para possíveis novas emergências sanitárias. Após conhecer mais sobre a atuação da Fundação e visitar o Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o Centro Hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz) e a Unidade de apoio diagnóstico (Unadig), a epidemiologista reforçou a relação de cooperação da instituição com a OMS e diz ter constatado a capacidade da Fiocruz de continuar seu trabalho de pesquisa, assistência e vigilância para além da pandemia de Sars-CoV-2. No sábado (7/5), a executiva da OMS visitou a Fiocruz Amazônia.
Leia MaisH1N1 pode ser descendente de vírus que causou pandemia de gripe em 1918
Pandemia iniciada em 1918 foi causada pelo vírus do tipo influenza A.
Quando o mundo foi assolado pela gripe influenza no início do século passado, não havia a tecnologia disponível hoje para rapidamente fazer um estudo genético dos vírus que estão causando as mortes de milhares de pessoas — algo muito diferente do que ocorreu com o coronavírus causador da pandemia atual.
Leia MaisIdentidade de gênero influencia a forma como o dependente alcoólico lida com sua condição
Estudo realizado em reunião estritamente feminina de um grupo dos Alcoólicos Anônimos verificou um forte sentimento de rejeição e solidão entre as participantes, provocado pelo estigma social em relação ao alcoolismo em mulheres.
Um estudo qualitativo conduzido por pesquisadores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP) sugere que a identidade de gênero influencia a forma como o dependente alcoólico lida com sua condição.
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Estudo internacional publicado no periódico “The Lancet Planetary Health” faz uma revisão científica e relaciona dados da saúde ocular com saúde e bem-estar, pobreza, educação, desigualdade e desenvolvimento sustentável
A deficiência visual pode comprometer a capacidade produtiva de diversas profissões no mercado de trabalho – Foto: Pixabay
Leia MaisResistência antimicrobiana é problema de saúde pública mundial
O farmacêutico Tiago Arantes diz que dados da OMS apontam que 50% dos antibióticos prescritos nas Américas não têm receita médica.
Você já ouviu falar em resistência antimicrobiana? Não? Mas com certeza já ouviu dizer que existem pessoas mais resistentes a determinados tipos de antibióticos. É sobre isso que estamos falando. A resistência antimicrobiana é um dos maiores desafios para a saúde pública mundial, com importante impacto tanto em humanos como em animais. O uso indiscriminado de antibióticos faz com que novos mecanismos de resistência surjam e se espalhem pelo mundo, ameaçando a capacidade médica de tratar doenças infecciosas comuns.
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