Monthly Archives: abril 2022

Os misteriosos surtos de hepatite em crianças na Europa e nos EUA

Autoridades de saúde em quatro países europeus e nos Estados Unidos estão investigando registros de hepatite em crianças.

Casos de hepatite, ou inflamação do fígado, foram relatados na Dinamarca, Irlanda, Holanda, Espanha e EUA. E as autoridades de saúde do Reino Unido disseram, na semana passada, ter detectado mais casos do que o normal da infecção entre crianças.

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Fiocruz forma primeira turma em Captação de Recursos

Em formato EAD, com mais de 15 professores com vivências em diferentes fontes de financiamento, a primeira turma fecha o ciclo tendo capacitado 28 profissionais de diversas regiões do país (foto: Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz)

Após 115 horas de aula, ao longo de cinco meses, foi concluída com êxito a Formação em Captação de Recursos da primeira turma da Fiocruz. O encerramento (30/3) foi marcado por uma visita à sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, onde os formandos puderam visitar o Castelo e a Unidade de diagnóstico da Covid (Unadig), incluindo as modernas instalações da ala de sorologia e microbiologia.

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Fiocruz avalia excesso de suicídios no Brasil na primeira onda de Covid-19

Estudo inédito realizado pela Fiocruz avaliou o comportamento do suicídio no Brasil em 2020. O epidemiologista Jesem Orellana, do Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia), e o médico psiquiatra Maximiliano Ponte, da Fiocruz Ceará, mostraram parte dos efeitos indiretos associados à primeira onda da pandemia de Covid-19 sobre as mortes por suicídio, com aumento significativo nas regiões Norte e Nordeste, socioeconomicamente mais vulneráveis. Os resultados apontam que, em homens com 60 anos e mais da região Norte, o excesso de suicídios alcançou 26%. Além disso, nas mulheres de 30 a 59 anos da região Norte, durante dois bimestres consecutivos, também houve o excesso de suicídios. O padrão também foi observado nas mulheres com 60 anos ou mais do Nordeste, com excesso de suicídios de 40%.

Júlio Pedrosa (Fiocruz Amazônia)

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Estudo aponta que consumo de carne de caça pode reduzir anemia infantil

Pesquisa indicou que cerca de dois terços das crianças de domicílios rurais mais vulneráveis à pobreza foram consideradas anêmicas, devido a fatores como insegurança alimentar e doenças (foto: Jesem Orellana, Fiocruz Amazônia)

Um estudo demonstrou que o consumo de carne de caça – de animais como roedores, antas, porcos selvagens, veados e aves –, muito comum entre os ribeirinhos da Amazônia, pode reduzir as taxas de anemia infantil por ser uma fonte alimentar rica em ferro. A pesquisa foi realizada em uma parceria entre o Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazonia), a Lancaster University, do Reino Unido, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Pará (UFPA).

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Doença pulmonar obstrutiva crônica causa o envelhecimento precoce do sistema imune, sugere estudo

Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e publicada na revista Immunity & Ageing coloca a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) entre as que levam a um envelhecimento precoce do sistema imunológico. O achado pode ser um caminho para explicar o motivo de indivíduos com a doença apresentarem menor resposta a vacinas e serem mais suscetíveis a processos infecciosos, por exemplo.

Os pesquisadores concluíram que pacientes com DPOC apresentam um conjunto de alterações ligadas ao envelhecimento celular, processo chamado de imunossenescência, que afeta os linfócitos T CD4+ e CD8+, prejudicando a resposta imunológica.

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Anvisa recebe alerta internacional sobre salmonela em Kinder Ovo: Brasil não está na lista de países com chocolates contaminados

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu hoje (14) alerta, divulgado pela Rede Internacional de Autoridades de Segurança Alimentar (Infosan), sobre surto de Salmonella Typhimurium em chocolates da marca Kinder. De acordo com o aviso, o Brasil não está incluído na lista de países para os quais o produto foi distribuído.

Em nota, a agência informou nesta quinta-feira (14) que está monitorando as informações das autoridades na Europa sobre os casos de infecção pela Salmonella Typhimurium, associados ao consumo de chocolates da empresa Ferrero, fabricados na Bélgica e distribuídos para diferentes países.

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Vagas abertas para curso de especialização em Saúde Pública

Estão abertas as inscrições para o curso de especialização em Saúde Pública, ofertado anualmente pela ENSP. Com o intuito de promover um olhar crítico, reflexivo e abrangente sobre a situação de saúde e o contexto político-social, comprometido com a defesa do direito universal à saúde e do sistema público, a atividade se destina a profissionais graduados ligados à área da saúde ou áreas afins. As inscrições seguem até dia 6 de maio.
O procedimento de inscrição requer dois momentos: primeiro, o preenchimento do formulário eletrônico disponível na Plataforma SIGA. Posteriormente, o envio de toda a documentação exigida. A inscrição no site da Plataforma SIGA e o envio da documentação de inscrição via sistema deverão ser efetuadas impreterivelmente até às 16h (horário de Brasília) do dia 06/05.
Serão ofertadas 28 vagas, sendo duas para candidatos estrangeiros. O curso possui 30% de vagas reservadas para Ações Afirmativas (Cotas) e 70% para Ampla Concorrência (AC).
A estrutura curricular é constituída por quatro unidades de aprendizagem, sendo estas definidas como um conjunto de saberes não disciplinares que conformam um determinado contexto explicativo e/ou um dado recorte da realidade: Modos de viver, adoecer e morrer no BrasilPolíticas de saúde e organização de sistemas e serviços de saúde; Práticas e cuidados em saúde; e Pesquisa e produção de conhecimento em saúde.

Pesquisa avalia efeitos da Covid-19 na saúde sexual e reprodutiva

As relações sociais e o acesso à saúde sexual e reprodutiva foram alguns dos aspectos mais afetados pelas medidas de isolamento social adotadas desde o início da pandemia de Covid-19. As formas de quarentena, bem como suas consequências, variaram de acordo com cada realidade social. Diante desse quadro complexo, cerca de quarenta países se reuniram para analisar os impactos da pandemia no plano das relações e estruturas familiares, bem como no acesso a serviços e cuidados de saúde sexual e reprodutiva, em cada região.

O estudo I-SHARE (da sigla em inglês International Sexual Health and ReproductivE health survey) é impulsionado pela Academic Network on Sexual and Reproductive Health Policies (Anser), vinculada à Universidade de Ghent, na Bélgica, e pela London School of Hygiene and Tropical Medicine, no Reino Unido. No Brasil, a pesquisa é coordenada pelas pesquisadoras Ana Paula dos Reis e Ana Luísa Patrão do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

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Campanha da ENSP/Fiocruz promove abaixo-assinado contra a permissão de cigarros eletrônicos

        O Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) lançou, nesta segunda-feira (11), uma campanha para alertar sobre os riscos do uso e da possível liberação dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) no Brasil. Além de materiais informativos, com foco nas redes sociais, a campanha promove, ainda, um abaixo-assinado online para que a população se manifeste contra a autorização dos cigarros eletrônicos no mercado nacional pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O abaixo-assinado pode ser acessado no link https://www.change.org/diga-não-aos-cigarros-eletrônicos.
       Os dispositivos eletrônicos para fumar, também conhecidos como cigarros eletrônicos, vaper, pod, e-cigarette, entre outras nomenclaturas, têm a comercialização, importação e propaganda proibida desde agosto de 2009, por resolução da Anvisa. Mesmo assim, segundo estimativas da BAT Brasil (antiga Souza Cruz), a maior empresa de tabaco do país, 2 milhões de brasileiros fazem uso dos cigarros eletrônicos.
       Segundo Silvana Rubano Turci, pesquisadora do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da ENSP/Fiocruz, nos últimos anos, a indústria do tabaco tem pressionado a Anvisa para a liberação do DEFs no país. A agência iniciou, em 2019, um processo regulatório para a discussão e atualização de informações técnicas sobre o tema dos cigarros eletrônicos. No início deste mês teve início uma etapa de participação social para recebimento de evidências técnicas e científicas relacionadas ao uso desses dispositivos. A decisão final cabe à Diretoria Colegiada.
    A justificativa apresentada pela indústria do tabaco é de que os produtos oferecem menos prejuízos à saúde dos usuários, e funcionam como uma alternativa aos cigarros tradicionais. O argumento, no entanto, é rebatido pelo Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde. Silvana destaca que os cigarros eletrônicos também são produtos de alto risco e causam dependência.
     “A Anvisa está sendo muito pressionada para liberar a comercialização e fabricação desses produtos. Por isso, essa campanha é tão importante nesse momento de definição. Não podemos admitir que mais um produto tóxico chegue ao mercado. É nossa obrigação, como órgão de ciência, mostrar que esses dispositivos eletrônicos não trarão benefício algum e também representam um risco para a saúde das pessoas”, afirmou ela.
     Segundo Turci, o consumo dos dispositivos eletrônicos para fumar tem aumentado em todo o mundo, em especial entre o público jovem. Para piorar, grande quantidade de pessoas que não se interessariam pelo cigarro tradicional acaba utilizando o produto, já que ele tem design diferenciado e opções de sabores e odores.
     “Ele tem um apelo tecnológico, de cores, sabores e cheiros que está mudando o perfil do usuário de cigarro, conquistando principalmente os mais jovens. Na verdade, trata-se de um produto muito parecido com o cigarro tradicional, mas com uma roupagem nova para que as pessoas se sintam diferenciadas ao utilizar. É apenas mais uma estratégia de marketing da indústria”, alertou.
             Riscos para saúde e aumento do número de fumantes 
     Os cigarros eletrônicos expõem o organismo a uma variedade de elementos químicos perigosos. Entre eles, estão as nanopartículas de metal do próprio dispositivo, o propilenoglico (líquido em que a nicotina é diluída, e que ao ser aquecido se transforma em formaldeído, substância cancerígena, e a própria nicotina. Existe, ainda, o risco de explosão do produto, como ocorreu em um caso em março de 2022, em Brasília, com um músico de 45 anos.
    “É importante ressaltar que todo produto que envolve o aquecimento do tabaco gera nicotina. E isso inclui os cigarros eletrônicos. Em alguns casos, até em maior quantidade que os cigarros convencionais. Diversos estudos já comprovaram os riscos da nicotina para doenças cardiovasculares e respiratórias, dependência química e câncer”, pontuou Turci.
    Além disso, um estudo do Instituto Nacional de Câncer (INCA), publicado em maio de 2021, apontou que o uso de cigarro eletrônico aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação de cigarro convencional entre quem nunca fumou, e mais de quatro vezes o risco de uso regular do cigarro, contribuindo para a desaceleração da queda do número de fumantes no país.
     Caso os dispositivos eletrônicos para fumar sejam liberados no Brasil, o acesso a esses produtos será facilitado, com venda em bancas de jornal, bares e tabacarias, o que levará a um aumento significativo dos usuários e a um grande impacto na saúde, de acordo com avaliação de Turci. “Se hoje, o produto é proibido e muitos jovens estão experimentando, caso a fabricação e a comercialização sejam liberadas, haverá um aumento considerável no consumo. Isso com certeza impactará no número de doentes com câncer e problemas respiratórios e cardiovasculares nos atendimentos do SUS”, reforçou a pesquisadora.
    A campanha contra a liberação dos dispositivos eletrônicos para fumo lançada nesta segunda conta com o apoio do Instituto Fernandez Figueira (IFF/Fiocruz), Campus Fiocruz Mata Atlântica (CFMA), Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), Instituto Nacional do Câncer (Inca), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e Associação Médica Brasileira (AMB). Serão divulgados diversos materiais informativos no Twitter e Facebook do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab-Fiocruz) e em todas as redes sociais da ENSP/Fiocruz. O abaixo-assinado contra a liberação dos dispositivos pode ser acessado no link https://www.change.org/diga-não-aos-cigarros-eletrônicos.
     Imagem da campanha: Perigo. O cigarro eletrônico esconde muita coisa de você.

Fonte: Portal Fiocruz

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Imagem de um olho – Foto: Pixabay

Doenças evitáveis são importantes causas de deficiência visual intratável

Cientistas identificaram as principais causas entre idosos e crianças atendidas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto com baixa visão funcional

Estudos globais indicam que o número de pessoas com baixa visão funcional, caracterizada por uma deficiência visual intratável, está aumentando. Com o objetivo de traçar o perfil dos pacientes com a condição, pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP avaliaram os prontuários médicos de pessoas atendidas no Centro de Reabilitação (CER) do Hospital das Clínicas da FMRP (HCFMRP) entre 2009 e 2017.

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