Realizado pelos pesquisadores Ricardo Dantas e Diego Ricardo Xavier, do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e Maurício Gonçalves e Silva, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estudo aponta que, na maior parte dos municípios onde há maior risco de picadas de cobra, o tempo para se obter o soro antiofídico pode ser fatal. Publicado na revista científica on-line Plos One, o artigo Geographical accessibility to the supply of antiophidic sera in Brazil: Timely access possibilities apresenta informações sobre a possibilidade de se chegar às unidades de saúde provedoras de soro antiofídico no Brasil a partir da relação entre distribuição populacional e tempo de deslocamento, considerando-se que o tempo estimado ideal para a aplicação do soro seria de até duas horas após a picada da cobra.
O estudo levantou áreas com alta incidência de acidentes ofídicos, com população dispersa, o que dificultaria o socorro, como na região Norte do Brasil, mas também em áreas do Maranhão e Mato Grosso, que mostra o acesso ao soro antiofídico nos estados brasileiros. O risco da demora é que pessoas possam utilizar de métodos caseiros para controlar os efeitos da picada, podendo levar a complicações físicas como amputações de membros ou até a morte.
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