Monthly Archives: novembro 2021

Estudo analisa o acesso de populações mais vulneráveis aos serviços de saúde

Estudo do Projeto de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess) da Fiocruz mostra que, em municípios com população acima de 80 mil habitantes e situação de alta vulnerabilidade socioeconômica, a maioria das internações hospitalares (60% do total) ocorre em unidades do próprio local de residência do paciente. Porém, quanto maior a complexidade dos procedimentos necessários, maior é a necessidade de busca de tratamento em outros municípios. Por exemplo, quase 80% dos pacientes que precisaram de atendimento hospitalar para câncer tiveram que se internar fora de seu local de residência. Também é significativo o percentual de internações cirúrgicas fora do município de domicílio, chegando a mais de 60% na Região Centro-Oeste.

Esses são alguns dos primeiros resultados parciais da pesquisa Análise dos Fluxos para Internações da População Residente em Municípios Vulneráveis: padrões e consequências da pandemia. Agora, a equipe do Proadess estuda os mesmos dados para o ano de 2020, de forma a avaliar o impacto da pandemia no fluxo de internações hospitalares entre municípios. E, paralelamente, analisa outro agrupamento, com um universo maior: os 1.314 municípios com 20% ou mais da população em situação de extrema pobreza, a partir do Censo Demográfico de 2010.

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Fiocruz sedia evento do Mercosul com propostas para produção de vacinas

A busca de soluções coordenadas para um problema comum reuniu representantes de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia nesta terça-feira (9/11), no auditório do Instituto em Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Organizado pela Presidência Pro Tempore do Brasil no Mercosul, o Seminário Técnico sobre Acesso a Vacinas Covid-19: Estratégias Nacionais e Possibilidades de Expansão da Capacidade Produtiva Regional trouxe o compartilhamento de experiências e desafios. As propostas surgidas no debate – como a sugestão de um mapeamento das capacidades e necessidades dos países do bloco – serão encaminhadas aos ministros da Saúde da região, que se reúnem no próximo dia 19 em Foz de Iguaçu, Paraná.

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Covid: pessoas resistentes à doença inspiram nova tática para vacinas

Entender como algumas pessoas resistem naturalmente à infecção por covid-19, apesar de estarem claramente expostas ao vírus, pode levar a vacinas melhores, afirmam pesquisadores.

Uma equipe da University College London (UCL), no Reino Unido, diz que alguns indivíduos já apresentavam um grau de imunidade à covid antes do início da pandemia.

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Pesquisa revela dados inéditos sobre amamentação no Brasil

As taxas de aleitamento materno vêm crescendo no Brasil e uma pesquisa inédita coordenada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra como a amamentação está presente na vida de crianças de até dois anos e suas mães. O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019), encomendado pelo Ministério da Saúde, mostra que metade das crianças brasileiras são amamentadas por mais de 1 ano e 4 meses. E, também, que no Brasil quase todas as crianças foram amamentadas alguma vez (96,2%), sendo que dois em cada três bebês são amamentados ainda na primeira hora de vida (62,4%). A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam manter o aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais, oferecendo só leite do peito até o sexto mês de vida. Os resultados do ENANI-2019 serão apresentados em webinário dia 10 de novembro, às 14h (veja abaixo).

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Fiocruz entrega 2,1 milhões de doses da vacina Covid-19 ao MS

A Fiocruz entrega, nesta quarta-feira (10/11), ao Ministério da Saúde (MS), mais 2,1 milhões de doses da vacina Covid-19 (recombinante), produzidas em seu Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Com a liberação, a Fundação alcança a marca de 127,9 milhões de doses do imunizante disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A remessa desta quarta-feira será enviada para o almoxarifado determinado pelo MS, para ser distribuída aos estados. Uma segunda entrega está prevista para ocorrer sexta-feira (12/11) e o quantitativo será divulgado após a liberação dos lotes.

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Pesquisa da Fiocruz PE busca identificar a presença do vírus HTLV entre gestantes

Vírus silencioso, o HTLV não causa problemas de saúde a maioria dos seus portadores. Porém entre 5% a 10% das pessoas nas quais ele se manifesta pode causar mielopatia, doença neurológica degenerativa grave, ou leucemia das células T, um câncer agressivo e que pode ser fatal. No mundo há de 15 a 20 milhões de casos de HTLV. No Brasil esse número fica entre 800 mil a 2,5 milhões, mas esse quantitativo é subestimado, já que muitas vezes o diagnóstico só ocorre na doação de sangue. Sem vacina para prevenção ou medicação para tratamento do vírus – há apenas remédios para alívio dos sintomas – evitar a transmissão é hoje a melhor forma de controle da doença, de acordo com a pesquisadora da Fiocruz Pernambuco Clarice Morais. Ela coordena um estudo que investiga a transmissão da doença de mães para bebês, que pode ocorrer na gestação, durante o parto e principalmente pela amamentação. Além da transmissão vertical (mãe/filho), considerada a principal forma de perpetuação do vírus, as outras formas de contágio são o compartilhamento de agulhas e seringas, a prática de sexo sem uso de preservativo e a transfusão sanguínea e de órgãos.

O objetivo da pesquisa – Perfil epidemiológico do HTLV-1 em gestantes do Recife, padrão de transmissão na gestação e resposta imune celular entre mãe-bebê – é identificar a presença do vírus entre gestantes acompanhadas num único hospital do Recife, referência regional em saúde materna e neonatal. Para isso estão sendo testadas amostras de sangue, de um biobanco de soro de 816 mulheres recrutadas de abril de 2017 a julho de 2018, no estudo de coorte sob coordenação do professor Malaquias Batista-Filho, do Grupo de Estudos Integrados de Nutrição e Saúde do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), colaborador da pesquisa. Na época, elas foram testadas para zika, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis e HIV. Também responderam um questionário sobre questões de saúde e socioeconômicas. As amostras estão sendo submetidas a teste sorológico e em caso positivo passam por outro exame, o Western Blot, para confirmação do diagnóstico.

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Estudo aponta fator de risco para dor articular crônica após chikungunya

Uma pesquisa foi realizada para avaliar o papel de quimiocinas e citocinas séricas como preditores de desenvolvimento de dor articular crônica em pacientes com chikungunya. Na fase aguda, a doença tem como principais sintomas febre, dores e inchaço nas articulações, erupção cutânea, dores musculares e de cabeça. Passada a fase aguda, alguns indivíduos podem evoluir para a fase crônica, caracterizada por dores persistentes nas articulações, denominado de artralgia crônica, que podem durar anos, levando à limitação dos movimentos, incapacidade para o trabalho e até depressão.

Publicado na revista Frontiers in Immunology, o estudo realizado pela estudante de doutorado Camila Jacob e coordenado pelos pesquisadores Mitermayer Reis e Guilherme Ribeiro, da Fiocruz Bahia, faz parte de um estudo de vigilância para monitorar infecções por arbovírus em pacientes febris agudos, em um centro de saúde de emergência, em Salvador. Os achados sugerem que níveis elevados da quimiocina CXCL8 em pacientes com chikungunya na fase aguda da doença podem induzir aumento na resposta inflamatória, o que pode contribuir para o desenvolvimento de dor articular crônica.

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Imagem destacada: Arte sobre fotos EBC, IOC/Fiocruz e Wikipedia

Estratégia para conter surto de febre amarela em SP entre 2016 e 2019 evitou mais mortes

Análise da difusão da doença mostrou que o método de distribuição de vacinas utilizado na época foi a escolha certa para evitar mais mortes durante o surto ocorrido entre 2016 e 2019.

Cientistas analisaram o processo de difusão do surto de febre amarela entre 2016 e 2019 no estado de São Paulo e concluíram que a estratégia adotada pela Secretaria de Saúde do Estado foi a decisão certa para evitar mais infecções e mortes. A investigação foi conduzida por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e da Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) e seus resultados foram publicados em um artigo na revista Scientific Reports.

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Jogo digital da Fiocruz sobre lavagem de mãos é premiado

Idealizado por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o jogo Hiji Sushi foi o vencedor da categoria de jogos digitais do Concurso Rebeldias, promovido pela Rede Brasileira de Estudos Lúdicos (Rebel). O resultado da premiação foi anunciado no dia 23 de outubro, no encerramento da oitava edição do Fórum Acadêmico de Estudos Lúdicos (Fael 8).

O projeto foi desenvolvido pelos pesquisadores Tânia Zaverucha do Valle, do Laboratório de Imunomodulação e Protozoologia, e Gabriel Limaverde Sousa, do Laboratório de Esquistossomose Experimental, em parceria com Thiago Santos Magalhães, responsável pelo design e programação. A iniciativa contou ainda com a colaboração de Rafael Augusto Ribeiro e Beatriz de Lima Furtado, responsáveis pela arte.

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Causa da ‘doença da urina preta’ pode ser toxina em peixes

A Fiocruz Bahia participou de um estudo do Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde (Cievs) da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador com o objetivo de investigar casos da doença de Haff detectados entre janeiro de 2016 e janeiro de 2021. A pesquisa buscou descrever as características clínicas dos casos, identificar fatores associados, estimar a taxa de ataque associada ao consumo de um peixe relacionado ao surgimento de casos e investigar a presença de biotoxinas e metais em espécimes de peixes relacionados.

A doença de Haff é uma causa rara de rabdomiólise, síndrome provocada por lesão muscular que resulta na elevação dos níveis séricos de creatina fosfoquinase (CPK) e, em alguns casos, provoca escurecimento da coloração urina, variando de avermelhada a marrom, característica que tornou a enfermidade popularmente conhecida como “doença da urina preta”. A rabdomiólise na doença de Haff tem rápido início, após o consumo de certos peixes e crustáceos cozidos, sugerindo que toxinas estáveis ao calor, ainda desconhecidas, são a causa da doença.

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