O uso de inseticidas é uma das principais formas de controlar a proliferação dos triatomíneos, insetos transmissores da doença de Chagas, também conhecidos como barbeiros. Mas se alguma espécie desenvolve resistência aos produtos usados, esse controle pode ficar comprometido. No Brasil, a Rede de Monitoramento de Resistência de Triatomíneos a Inseticidas (Remot), coordenada pela Fiocruz, realiza testes laboratoriais visando verificar se insetos capturados nas atividades de Vigilância dos estados se tornaram resistentes. Recentemente, a Remot concluiu mais uma série de exames, realizados em barbeiros encontrados em três estados do Brasil: Ceará, São Paulo e Minas Gerais.
Os resultados dos testes mostraram que os insetos capturados no Ceará e em São Paulo são suscetíveis aos inseticidas, ou seja, morrem quando expostos ao produto. Já os que foram coletados em Minas Gerais, mais especificamente no Norte do estado, apresentaram fortes indicações de resistência durante os exames laboratoriais, com taxas de mortalidade abaixo de 40%. Para confirmação dessa resistência, os pesquisadores farão, em breve, uma contraprova, que precisa ser feita no próprio ambiente em que a espécie foi capturada.
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