Monthly Archives: julho 2021

Fiocruz apoia projeto que ajuda a transformar vidas no semiárido

Imagine estar no meio do semiárido, longe de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), com pouco suporte da rede de internet, em plena pandemia da Covid-19, e, nesse caos, ter sua saúde acompanhada por um grupo de voluntários da comunidade que conta com o apoio de um aplicativo. Esta é a realidade de diversas famílias dos assentamentos da Reforma Agrária no Ceará, dentre eles o Vida Nova-Transval, no município de Canindé. Percebendo a fragilidade dos territórios onde o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não chega, um grupo de voluntárias(os), formado por mulheres e homens dos assentamentos que conheciam a realidade das comunidades, mas quase nada sobre cuidados com a saúde, assumiu o desafio de traduzir o que era a pandemia e os cuidados necessários para o controle da doença. Os voluntários foram em busca de orientação técnica junto à Rede de Médicas e Médicos Populares (RNMMP) e à Fiocruz para entenderem o que é a doença, como ela se manifesta e os cuidados para evitar a contaminação pelo vírus. Para um território desassistido de saúde pública e com escassez de água, as alternativas recaem sobre a própria comunidade. Assim nasce a experiência das(os) Agentes Populares de Saúde do Campo/CE (APSC-CE).

A negligência com a saúde das populações campesinas é motivo de preocupação para o médico Fernando Paixão, um dos idealizadores do projeto. “Diante da realidade da pandemia, que já matou mais de 500 mil pessoas, a organização popular para cuidar da saúde da população e das comunidades se torna algo fundamental. E os agentes populares têm esse papel de cuidado nos territórios”, enfatiza. Francisca Maria Silva, uma das assentadas que fazem parte do grupo dos agentes populares, compreende bem essa realidade. Reconhecendo a importância e a necessidade imposta pela ausência dos agentes comunitários de Saúde, ela aceitou o convite e se sente feliz com a nova responsabilidade. “É uma forma de poder ajudar as pessoas”, afirma.

Leia Mais

Fiocruz celebra Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

O Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz promove nesta terça-feira (27/7), das 10h às 12h, o encontro virtual Mulheres negras no enfrentamento da pandemia da Covid-19, para celebrar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra (25/7). O evento tem como objetivo discutir sobre as questões enfrentadas pelas mulheres negras e suas lutas, especialmente no contexto atual da pandemia da Covid-19, e busca ser um espaço de debate e reflexão acerca do racismo enquanto um determinante das iniquidades sociais.

Leia Mais

Boletim aponta nova transição no perfil demográfico da pandemia

A nova edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada nesta quinta-feira (22/7), aponta para uma nova fase da pandemia no país. A proporção de internações entre idosos, que esteve em 27,2% na semana epidemiológica (SE) 23 (6 a 12 de junho), atualmente (SE 27, de 3 a 10 de julho) é de 31,8%. Ainda na SE 23 foi registrada a menor porcentagem de idosos no número de óbitos (44,8%). Hoje, esse percentual alcança 58,2%. A maior parte dos óbitos por Covid-19 se concentra na faixa etária acima de 60 anos desde a SE 26 compreendida entre 27 de junho e 3 de julho. Os dados mostram também redução de internações em leitos de terapia intensiva na faixa etária de 50 a 59 anos e uma interrupção no aumento na faixa de 40 a 49 anos.

A análise demográfica do Boletim desta quinzena traz comparações entre a SE 1 (3 a 9 de janeiro) e a 27 (3 a 10 de julho) de 2021. Essa nova transição da idade na pandemia no Brasil é percebida por meio dos novos dados obtidos a partir do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SivepGripe). A SE 27 apresenta idade média dos casos internados de 53 anos, versus idade média de 62,5 anos na SE 1. A mediana de internações, ou seja, a idade que delimita a concentração de 50% dos casos, foi de 66 anos na SE 1 e 51 anos na SE 27. Para óbitos, os valores médios foram 71,4 anos (SE 1) e 64,3 anos (SE 27). Valores de mediana de óbitos foram, respectivamente, 73 e 65 anos.

Leia Mais

Estudo: anticorpos de quem teve covid-19 não protegem contra variante. Testes em laboratório mostram que variante Gamma não é neutralizada

Estudo internacional com participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) revela um mecanismo que explica o motivo pelo qual ocorrem as reinfecções de covid-19. Testes em laboratório mostraram que a variante Gamma, anteriormente conhecida como P.1, originada no Brasil, é capaz de escapar dos anticorpos neutralizantes que são gerados pelo sistema imunológico a partir de uma infecção anterior com outras variantes do coronavírus.

Os pesquisadores destacam, no entanto, que os resultados foram obtidos in vitro, ou seja, em laboratório. Além disso, o estudo não inclui outros tipos de resposta imune do organismo, como imunidade celular. “É fundamental entender que pessoas infectadas podem ser infectadas novamente”, aponta William Marciel de Souza, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, primeiro autor do artigo. O trabalho foi publicado como artigo na revista científica The Lancet em 8 de julho.

Leia Mais

Estudo revela possível marcador lipídico para microcefalia causada pelo vírus da zika

Agência FAPESP * – Cientistas do Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma), da Fiocruz do Rio de Janeiro e da Bahia identificaram consideráveis alterações lipídicas no plasma de recém-nascidos com exposição pré-natal ao vírus da zika.

O Redoxoma é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP e sediado no Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP).

Leia Mais

InfoGripe: sinal de queda de casos de SRAG nos estados, mas capitais ainda preocupam

A nova edição do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quarta-feira (21/7), traz uma notícia esperançosa e outra preocupante. Segundo o Boletim, apenas duas das 27 unidades federativas apresentam sinal de aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na semana epidemiológica 28, que compreende o período de 11 a 17 de julho: Acre e Amazonas. Dentre as demais, 17 apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo. No entanto, de acordo com os indicadores de transmissão comunitária, todas as capitais se encontram em macrorregiões de saúde com nível de transmissão alto, muito alto ou extremamente alto. O Boletim destaca que este cenário sugere possível manutenção do número de hospitalizações e óbitos em alto patamar, caso medidas preventivas não sejam adotadas.

Mapa do Brasil mostrando as regiões mais e menos atingidas

Leia Mais

Covid-19: Fiocruz mapeará efetividade da vacinação em estudo inédito na Maré

Maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro, onde habitam cerca de 140 mil pessoas, a Maré sediará um estudo liderado pela Fiocruz sobre o impacto da vacinação da Covid-19 em sua população. A iniciativa é uma colaboração entre a Redes da Maré, a Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, e a Fiocruz. Tendo em vista as peculiaridades presentes em territórios de favelas e periferias, o estudo propõe um olhar que vai além do levantamento da efetividade direta das vacinas na proteção contra o vírus e suas variantes.

“Olhar o impacto da vacinação numa grande comunidade já seria algo inédito. Agora pensar que isso será realizado na Maré, que tem dimensão populacional superior a 96% dos municípios do país, é algo único, que nos permitirá um mapeamento com características singulares. Aspectos da doença em si, como a dinâmica de transmissão do vírus no território, a vigilância de suas variantes e o acompanhamento de possíveis efeitos adversos das vacinas serão outros pontos abordados pelo estudo, para além da efetividade da vacina, que é o foco principal”, explica o pesquisador da Fiocruz e coordenador do estudo, Fernando Bozza.

Leia Mais
Imagem: LabCidade / FAU-USP

Imunização avança, mas população da periferia de São Paulo segue pouco vacinada  

Mais de seis meses após a enfermeira Mônica Calazans abrir a campanha de vacinação contra a COVID-19 no Brasil, a imunização parece estar avançando e pessoas na faixa dos 30 anos começam a receber a primeira dose das vacinas. No entanto, ao correlacionar dados sobre vacinação por idade e bairros da Região Metropolitana de São Paulo nota-se que ainda persiste uma grande desigualdade.

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que, na capital paulista, regiões periféricas do extremo Leste (Guaianases, Cidade Tiradentes e Itaim Paulista), da zona Norte (Brasilândia e Vila Medeiros) e da zona Sul (Campo Limpo e Capão Redondo, Capela do Socorro, Grajaú, Parelheiros e Marsilac) tiveram baixo percentual de pessoas vacinadas com a primeira dose entre a população maior de 40 anos.

Leia Mais

Covid-19: Fiocruz mapeará efetividade da vacinação em estudo inédito na Maré

Maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro, onde habitam cerca de 140 mil pessoas, a Maré sediará um estudo liderado pela Fiocruz sobre o impacto da vacinação da Covid-19 em sua população. A iniciativa é uma colaboração entre a Redes da Maré, a Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, e a Fiocruz. Tendo em vista as peculiaridades presentes em territórios de favelas e periferias, o estudo propõe um olhar que vai além do levantamento da efetividade direta das vacinas na proteção contra o vírus e suas variantes.

“Olhar o impacto da vacinação numa grande comunidade já seria algo inédito. Agora pensar que isso será realizado na Maré, que tem dimensão populacional superior a 96% dos municípios do país, é algo único, que nos permitirá um mapeamento com características singulares. Aspectos da doença em si, como a dinâmica de transmissão do vírus no território, a vigilância de suas variantes e o acompanhamento de possíveis efeitos adversos das vacinas serão outros pontos abordados pelo estudo, para além da efetividade da vacina, que é o foco principal”, explica o pesquisador da Fiocruz e coordenador do estudo, Fernando Bozza.

Leia Mais

Documentário ‘Saúde sem máscara’ aborda crise sanitária na perspectiva dos trabalhadores

Três professoras-pesquisadoras da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), em conjunto com o cineasta e diretor Renato Prata Biar, lançaram, no dia 16 de julho, o documentário Saúde sem máscara. O filme é fruto da pesquisa ‘Monitoramento da saúde, acesso à EPIs de técnicos de enfermagem, agentes de combate às endemias, enfermeiros, médicos e psicólogos, no município do Rio de Janeiro em tempos de Covid-19’, financiada pelo edital Inova Fiocruz, e coordenada por Mariana Nogueira, Leticia Batista e Regimarina Reis. A live de lançamento aconteceu no canal da EPSJV no Youtube.

Segundo Mariana, a equipe já produziu infográficos e um boletim – publicados no início de 2021 – que informam os resultados quantitativos da pesquisa, produto de uma coleta de dados junto a mais de 200 trabalhadores da Estratégia Saúde da Família, da Rede de Atenção à Urgência e Emergência e da Rede de Atenção Psicossocial da cidade do Rio de Janeiro.

Leia Mais