Desde o início da pandemia de coronavírus, já foram registrados no planeta nada menos do que 2,7 mil ensaios clínicos de tratamentos experimentais contra a covid-19. São testes envolvendo humanos.
É o que mostram dados de uma plataforma internacional International Clinical Trials Registry Platform, que reúne cadastros de estudos desse tipo prestes a serem iniciados. Até o momento, cerca de 1,6 mil ensaios estão ativamente recrutando voluntários ou já completaram esta etapa de experimentos, seja com remédios, alguns tipos de vacinas e até terapias alternativas.
Leia MaisFiocruz é designada Centro Colaborador da Opas para BLH
Neste mês de março de 2021, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) designou o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) como Centro Colaborador da Opas/OMS para fortalecer os Bancos de Leite Humano. A designação é válida por um período de quatro anos, a partir de 3 de março de 2021, e expirará automaticamente em 2 de março de 2025, a menos que a Opas/OMS tenha aprovado previamente a redesignação.
O coordenador da rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) e ganhador do prêmio Dr. Lee Jong-wook de Saúde Pública 2020 da OMS, João Aprígio Guerra de Almeida, atuará como diretor do Centro. “Nos sentimos muito honrados com esta designação e com o senso de responsabilidade muito mais ampliado. Ser um Centro Colaborador da Opas/OMS é uma responsabilidade enorme que coincide com o papel da Fiocruz como agência de Estado e do IFF/Fiocruz como uma referência na área da saúde da mulher, da criança e do adolescente. A atuação do Banco de Leite Humano do Instituto, como uma referência histórica, tem 35 anos e progressivamente cresce em escala e responsabilidades”, destacou Aprígio.
Leia MaisFiocruz reforça recomendação de medidas restritivas em escolas
O Grupo de Trabalho Retorno às Atividades Escolares Presenciais, da Vice-Presidência de Ambiente Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), divulgou Nota Técnica nesta sexta-feira (26/3) em que reforça, no atual momento de agravamento da pandemia, a recomendação de fechamento das escolas. A reabertura também deve ser o mais precoce possível e com toda segurança, levando-se em consideração os indicadores epidemiológicos. Segundo o documento do Grupo de Trabalho (GT), “o distanciamento físico será capaz de ‘achatar a curva’, com redução de casos e mortes e garantia de leitos hospitalares para todos, ou seja, reduzir a transmissão o máximo possível para garantir que os hospitais não sejam sobrecarregados”.
O GT lembra ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre outras instituições internacionais, define escolas como atividades essenciais. A Nota Técnica afirma que “a reabertura das escolas para as aulas presenciais deve ter prioridade sobre as atividades empresariais e não essenciais”.
Leia MaisObservatório Covid-19 Fiocruz alerta para rejuvenescimento da pandemia no Brasil
O Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (26/3), aponta que o país se encontra em uma situação de colapso do sistema de saúde, ao mesmo tempo que a pandemia vem ganhando novos contornos afetando faixas etárias mais jovens: 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos. Ao analisar essas faixas etárias, da Semana Epidemiológica 1 de 2021 até a 10 (7 a 13/3), os pesquisadores observaram um aumento de casos de, respectivamente, 565,08%, 626% e 525,93% – o que sugere um deslocamento da pandemia para os mais jovens. Diante desse novo cenário, os especialistas defendem a adoção de dois grupos de medidas interconectados.
No primeiro grupo, as medidas urgentes, que envolvem a contenção das taxas de transmissão e crescimento de casos através de medidas de bloqueio ou lockdown (pé no freio), acompanhadas de respostas na ampliação da oferta de leitos com qualidade e segurança, bem como prevenção do desabastecimento de medicamentos e insumos. No segundo grupo, as medidas de mitigação, com o objetivo reduzir a velocidade da propagação (redução da velocidade). Estas medidas deverão ser combinadas em diferentes momentos e a depender da evolução da pandemia no país até que se tenha 70% da população vacinada.
Leia MaisCoronavírus | ‘É como soco no estômago’: anestesista teme cenas de guerra com falta de sedativos para pacientes intubados
“Você não vai sentir dor”. Esta era a promessa que o anestesista Leonardo Camargo costumava fazer quando sedava pacientes para a intubação – a única promessa possível diante dos casos mais graves de covid-19.
Hoje, ele já não sabe se pode recorrer a essas palavras de conforto.
Leia MaisVírus da COVID-19 pode permanecer ativo por mais de 14 dias em alguns pacientes com sintomas leves
Ao monitorar moradores de São Caetano do Sul, pesquisadores do IMT-USP registraram casos atípicos em que o SARS-CoV-2 seguiu se multiplicando no organismo por um tempo superior ao recomendado para o isolamento.
Estudos conduzidos no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) têm mostrado que, em alguns pacientes com sintomas leves, o SARS-CoV-2 pode permanecer ativo no organismo por um período superior aos 14 dias de isolamento recomendados no Brasil.
Leia MaisCovid: o que Brasil pode aprender com países que reagiram bem à pandemia
A covid-19 abalou o mundo, com mais de 2,7 milhões de mortes e 123 milhões de casos confirmados. Há, no entanto, bons exemplos de estratégias de combate ao vírus em diversos países.
Estas medidas podem servir como referência para nações que enfrentam dificuldades, como é o caso do Brasil, que vive o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história, segundo a Fiocruz.
Leia MaisCovid-19: Estudo avalia condições de trabalho na Saúde
Há mais de um ano atuando na linha de frente contra a Covid-19, os profissionais da área da Saúde estão esgotados. E essa exaustão advém não só da proximidade com o elevado número de casos e mortes de pacientes, colegas de profissão e familiares, como também das alterações significativas que a pandemia vem provocando em seu bem-estar pessoal e vida profissional. De acordo com os resultados da pesquisa Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19, realizada pela Fiocruz em todo o território nacional, a pandemia alterou de modo significativo a vida de 95% desses trabalhadores. Os dados revelam, ainda, que quase 50% admitiram excesso de trabalho ao longo desta crise mundial de saúde, com jornadas para além das 40 horas semanais, e um elevado percentual (45%) deles necessita de mais de um emprego para sobreviver.
O mais amplo levantamento sobre as condições de trabalho dos profissionais de saúde desde o início da pandemia avaliou o ambiente e a jornada de trabalho, o vínculo com a instituição, a vida do profissional na pré-pandemia e as consequências do atual processo de trabalho envolvendo aspectos físicos, emocionais e psíquicos desse contingente profissional.
Leia MaisEstudo aponta que CEIS pode ajudar a superar crise pandêmica
A Fiocruz lançou, nesta quinta-feira (18/3), o estudo Desenvolvimento, saúde e mudança estrutural: o Complexo Econômico-Industrial da Saúde 4.0 no contexto da Covid-19. Liderado pelo coordenador de Ações de Prospecção da Fundação, Carlos Grabois Gadelha, que também é o editor da publicação, o material é fruto do trabalho agregado de 35 pesquisadores de 10 instituições científicas brasileiras de excelência. O estudo representa uma iniciativa para superar a pandemia da Covid-19 propondo saídas para a crise, por meio de um projeto nacional de desenvolvimento que una a visão de desenvolvimento que vem da tradição do economista Celso Furtado com o pensamento social e sanitário da Fiocruz, ao agregar a ação de economia política com a ação social, marca da instituição. Nos 12 artigos do estudo são elaboradas propostas de políticas públicas que aliam o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) com a promoção do desenvolvimento social, econômico e ambiental do país, a partir da solução de desafios estruturais revelados pela atual pandemia. O trabalho contou com a parceria do Centro Internacional Celso Furtado e foi lançado com transmissão do Canal Saúde.
“Abordamos a pandemia pensando em uma solução estrutural com propostas de políticas públicas para o Brasil sair da crise com base em inovação, equidade, SUS e sustentabilidade”, observa Gadelha. Segundo ele, “esta é a primeira iniciativa de envergadura em que a estratégia de desenvolvimento é pensada sob a coordenação de uma instituição de saúde pública como a Fiocruz, que propõe uma nova geração de políticas públicas que integre e subordine a economia ao bem estar e a sustentabilidade. A economia a serviço da sociedade e não o inverso”, complementa o coordenador.
Leia MaisEstudo aponta as falhas do plano brasileiro de imunização
A insuficiência de imunizantes é um dos aspectos críticos no plano brasileiro.
Nota Técnica divulgada por pesquisadores, por meio da Rede de Pesquisa Solidária, analisa a baixa cobertura vacinal, o plano nacional de vacinação e as respostas da sociedade no combate à covid-19.
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