Monthly Archives: dezembro 2020

Zika: pesquisas avançam em busca de tratamento e conhecimento

Cinco anos se passaram desde as contribuições pioneiras do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) no estudo da correlação do vírus zika e outras malformações congênitas. Desde então, os cientistas do IOC seguem no esforço de gerar evidências para esclarecer diferentes aspectos da doença e contribuir para o seu enfrentamento. Publicados em periódicos internacionais, novos estudos científicos apresentam resultados encorajadores na busca de uma terapia para prevenir a síndrome congênita do zika e revelam detalhes da infecção persistente que o vírus estabelece na placenta, meses após o contágio.

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Desafios das pessoas que vivem com HIV/Aids

Desde 1988, em 1º de dezembro é comemorado o Dia Mundial de Luta contra a Aids, sendo o primeiro dia dedicado à saúde em todo o mundo. Desde então, agências internacionais de saúde, governos e sociedade civil se reúnem todos os anos para apoiar as pessoas que vivem com a doença, lembrar aqueles que morreram com doenças relacionadas à Aids, conscientizar através de ações e comemorar as vitórias – como acesso a serviços de prevenção e tratamentos antirretrovirais.

Na busca contínua da redução de casos e óbitos, na terça-feira (1/12), o Ministério da Saúde (MS) lançou a Campanha de Prevenção ao HIV/Aids 2020. Com o slogan, “HIV/Aids. Faça o teste. Se der positivo, inicie o tratamento”, a campanha visa conscientizar sobre a importância da testagem para caso a doença seja detectada, o tratamento inicie de imediato.

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Pesquisa chama atenção para as condições de trabalho e saúde dos agentes comunitários

Os números do novo coronavírus no Brasil são alarmantes e chamam ainda mais atenção quando o recorte leva em conta os profissionais que atuam na linha de frente no combate à pandemia. Coordenadora do estudo Monitoramento da saúde dos ACS em tempos de Covid-19, a professora e pesquisadora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Mariana Nogueira, chama atenção para as condições de trabalho e saúde dos agentes comunitários de saúde, que são abordadas no segundo boletim produzido pela pesquisa, que acaba de ser divulgado.

Atuando no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), os agentes comunitários de saúde (ACS) atuando diretamente no território, junto às comunidades, e exercem atividades de prevenção de doenças e de promoção da saúde. O segundo boletim da pesquisa apresenta dados referentes às condições de trabalho desses profissionais nos meses de junho e julho de 2020 nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, além de três cidades das regiões metropolitanas das respectivas capitais: Guarulhos, São Gonçalo e Maracanaú.

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Foto: StockSnap / Pixabay

Inatividade física na quarentena pode aumentar as estatísticas de mortes, aponta estudo

Estimativa foi feita por pesquisadores da Unesp em artigo publicado na Frontiers of Endocrinology. Grupo se baseou em levantamento internacional que apontou redução de 35% no nível de atividade física e aumento de 28% do sedentarismo nos primeiros meses de confinamento imposto pela pandemia.

Ainda que ajude a controlar a propagação do novo coronavírus, o isolamento social pode induzir comportamentos prejudiciais à saúde, como ingerir alimentos de pior qualidade, passar mais tempo sentado em frente às telas e movimentar-se menos ao longo do dia. Especialistas estimam que a redução no nível de atividade física observada nos primeiros meses de quarentena pode gerar um aumento anual de mais 11,1 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 e resultar em mais 1,7 milhão de mortes.

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Governo do Rio e Fiocruz assinam escritura para maior fábrica de vacinas da América Latina

A Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), assinou com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (3/12), a escritura definitiva do terreno onde está sendo construído o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (Cibs), no Distrito Industrial de Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. A cerimônia ocorreu no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, com as presenças do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, do deputado federal Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), do governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, do secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto de Carvalho, e do presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), Fábio Galvão.

“Estamos vendo nascer o maior centro de produção de produtos biológicos da América Latina. Temos que colocá-lo para funcionar. Será um centro estratégico para reforçar o Programa Nacional de Imunizações (PNI), alem de ser um marco para a saúde pública e para o Brasil.  No futuro, estaremos aptos a fazer frente a outras situações como a que estamos vivendo. É um projeto de vanguarda que muito nos orgulha”, afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

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Arte sobre fotos de Gustavo Aleixo/Cruzeiro via Flickr e divulgação/CEGH-CEL

USP disponibiliza teste para diagnosticar covid-19 pela saliva

Placa com os resultados do teste: os pontos em amarelo são positivos e os em rosa, negativos.

Desenvolvido no Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco da USP, o exame poderá ser feito inicialmente por moradores da capital paulista.

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Município do Rio de Janeiro tem alto número de óbitos em domicílios

O município do Rio de Janeiro voltou a apresentar alto número de óbitos ocorridos nos domicílios, bem como um grande excesso de mortes em relação aos anos anteriores. Esses são dois fortes indicadores de que a cidade pode estar enfrentando um quadro sério de desassistência geral do sistema de saúde municipal — que não se restringe aos hospitais, mas se concentra principalmente na rede de atenção básica e no sistema de vigilância em saúde.

De acordo com dados da própria Secretaria de Saúde do Rio, somente nos meses de abril a setembro ocorreram cerca de 27 mil óbitos acima do esperado — com base em anos anteriores —, sendo 13 mil deles causados diretamente pela Covid-19. Outras 1 mil pessoas morreram dentro de domicílios – ou seja, fora de qualquer hospital ou outra unidade de saúde e, provavelmente, sem assistência médica. Além disso, os dados apontam que, de março a setembro, houve 1,8 mil mortes além do esperado classificadas com “causas mal definidas”, sem diagnóstico, outro possível indicador de desassistência médica.

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HIV/Aids: telemedicina garante a continuidade da profilaxia pré-exposição

A telemedicina foi a estratégia adotada pelo Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do INI/Fiocruz para dar continuidade aos programas de Profilaxia Pré-exposição (PrEP) ao HIV durante a pandemia de Covid-19. A médica infectologia e pesquisadora do Instituto, Brenda Hoagland, informou que cerca de 1.600 pessoas fazem uso atualmente da PrEP em alguns dos programas oferecidos pela Fiocruz (SUS ou ImPrEP) e que envolveu duas etapas para implementar o atendimento por telemedicina: uma semipresencial e outra virtual.

A telemedicina consiste no uso de aparelhos tecnológicos (especialmente celulares) para possibilitar consultas entre médicos e pacientes em locais diferentes, sem a necessidade de deslocamento. Foi implementada pela equipe do laboratório em março deste ano, logo após o início da pandemia do novo coronavírus. “Para a visita semipresencial, na véspera, o usuário recebe uma ligação telefônica onde é aplicado um questionário para avaliar se o mesmo apresenta sinais ou sintomas de Covid-19. Aqueles que não apresentam queixas têm a sua visita confirmada no serviço. A consulta é adiada para quem possui sintomas e a pessoa ainda recebe orientações quanto à necessidade de quarentena. Quem comparece ao serviço, antes de realizar qualquer procedimento, é avaliado novamente para sintomas de Covid-19 e tem a sua temperatura corporal aferida por uma enfermeira de triagem. Os sintomáticos têm a consulta cancelada e recebe orientações clínicas e os assintomáticos seguem para a coleta do teste rápido de HIV”, explicou Brenda.

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Lançamento da Editora Fiocruz reflete sobre o papel dos hospitais psiquiátricos

Qual é a lógica do funcionamento e do papel dos hospitais psiquiátricos nos dias atuais? A partir de reflexões que explicitam uma tática do abandono como regra nessas instituições, o terapeuta ocupacional Fernando Kinker levanta importantes questões no âmbito da reforma psiquiátrica brasileira ao longo de Um Manicômio em Colapso: da aridez do abandono à fluidez da liberdade. O título será lançado pela Editora Fiocruz no dia 2 de dezembro, e estará disponível nos formatos impresso – via Livraria Virtual da Editora – e digital, por meio da plataforma SciELO Livros 

Oriunda da dissertação de mestrado defendida pelo autor, em 2007, no Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a obra narra e analisa a experiência de uma intervenção federal em um hospital psiquiátrico – localizado numa cidade do interior do Nordeste – de péssimas condições. Em 2005, Kinker foi convidado pelo Ministério da Saúde para coordenar uma equipe de interventores nessa instituição, que já havia sido reprovada mais de uma vez nas avaliações anuais aplicadas nos hospitais psiquiátricos do Brasil.

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Pesquisa da Fiocruz aponta os impactos da pandemia na rotina dos adolescentes brasileiros

Durante a pandemia, 48,7% dos adolescentes do país têm sentido preocupação, nervosismo ou mau humor, na maioria das vezes ou sempre. Houve aumento no consumo de doces e congelados, bem como no sedentarismo: o percentual de jovens que não faziam 60 minutos de atividade física em nenhum dia da semana antes da pandemia era de 20,9%, e passou a ser de 43,4%. Setenta por cento dos brasileiros de 16 a 17 anos passaram a ficar mais de 4 horas por dia em frente ao computador, tablet ou celular, além do tempo das aulas online. Além disso, 23,9% daqueles entre 12 e 17 anos começaram a ter problemas no sono, e 59% sentiram dificuldades para se concentrar nas aulas a distância. Estes são alguns dos resultados da ConVid Adolescentes – Pesquisa de Comportamentos, realizada com jovens do Brasil todo, de junho a setembro de 2020.

O trabalho investigou as mudanças na rotina, nos estilos de vida, nas relações com familiares e amigos, nas atividades escolares, nos cuidados à saúde e no estado de ânimo dos adolescentes entre 12 a 17 anos. Foi coordenado pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e realizado de forma online: 9.470 adolescentes responderam a um questionário virtual, entre os dias 27 de junho e 17 de setembro. Esta é a segunda etapa da ConVid, que em abril e maio abordou os estilos de vida dos adultos durante a pandemia.

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