Monthly Archives: março 2017

Alertas contra o sono

Para evitar acidentes, poltrona vibra, ventila e avisa o motorista quando ele está cansado (foto:Eduardo Cesar/ilustração:Alexandre Affonso)

Sono, cansaço e distração ao volante – além de embriaguez e excesso de velocidade – estão entre as principais causas de acidentes de trânsito, que todos os anos levam à morte cerca de 42 mil pessoas no Brasil, de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) coordenado pelo Ministério da Saúde.

É um fenômeno global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que contabilizou 1,2 milhão de pessoas mortas a cada ano em acidentes de trânsito. No Relatório de Situação Global sobre a Segurança Rodoviária de 2015, a OMS, citando dados do SIM para o Brasil, indica que do total de mortes em acidentes automobilísticos 5% eram de motoristas de carros, 18% de passageiros desses veículos, 1% de passageiros e motoristas de ônibus, 2% de passageiros e motoristas de caminhões, 28% de motociclistas, 20% de pedestres e 23% outros, sem especificação.

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Família também é “remédio” para doença mental

Engajamento da família é fundamental para um futuro de qualidade do jovem vítima de episódio psicótico

Estudo em Ribeirão Preto aponta que fortalecimento de laços entre a família e o paciente psiquiátrico contribui para readaptação de ambos – Foto: Visualhunt

Estudo realizado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta que a recuperação e o tratamento de pessoas que passaram pelo primeiro episódio psicótico (PEP) podem ter melhores resultados quando o paciente conta com o apoio da família.

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Obesidade se mantém entre maiores ameaças à saúde do brasileiro

Pesquisa divulga últimos resultados e começa nova fase de exames que investigará determinantes de peso corpóreo

Obesidade está diretamente ligada a doenças crônicas de maior mortalidade no País, como hipertensão arterial. Na foto, enfermeira do Elsa Brasil afere pressão de participante do projeto – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

A obesidade e as complicações para a saúde relacionadas ao ganho de peso apresentam alta prevalência entre os brasileiros. As constatações são as mais preocupantes apontadas pela maior pesquisa epidemiológica da América Latina, o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), período 2012-2014. O estudo, que teve início em 2008, se prepara para começar em março uma nova etapa de exames, cujos dados servirão de base para o trabalho em 2017/2018.

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MS realiza reunião do plano de enfrentamento às hepatites para o Norte

A reunião foi organizada pela Diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV), Adele Benzaken, com o objetivo de ouvir os representantes da região amazônica para a elaboração de estratégias que permitam executar o plano de ação para o enfrentamento das hepatites virais na Região Norte do Brasil, com enfoque na hepatite Delta.

A proposta do plano foi apresentada pelo técnico do DIAHV Elton Carlos, com foco direcionado para a vigilância epidemiológica, prevenção, assistência e articulação com a sociedade civil, além de forte empenho em comunicação, para levar informações à população.

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Exposição na UnB (DF) exibe trabalho de profissionais do Mais Médicos

Quem passa pelo campus da Universidade de Brasília (UnB) já pode conhecer um pouco mais sobre o trabalho dos profissionais do programa Mais Médicos. A Faculdade de Ciências da Saúde da instituição de ensino abriga uma exposição de fotos fixa sobre a iniciativa, com 12 painéis de quatro metros de altura. Neles, há registros do dia a dia dos médicos cubanos mobilizados pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para trabalhar no Brasil.

As imagens mostram a relação de proximidade entre profissionais e pacientes, como a de uma idosa que é atendida em casa no município de Vitória, Espírito Santo, ou a de um médico rodeado pelos moradores da reserva indígena Trocará, localizada no Estado do Pará.

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Pesquisadores inovam na vigilância de vetores da malária

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), desenvolveram uma armadilha inovadora para a coleta de mosquitos, em especial, os anofelinos, que transmitem a malária. A inovação representa três benefícios diretos: facilita as pesquisas de campo, amplia a captura dos mosquitos, e aumenta a segurança em relação ao contato com os vetores. Com o formato similar ao de uma tenda, a ferramenta conta com duas câmaras: a interna, projetada para abrigar o profissional responsável pela coleta, e a externa, onde ficam presos os mosquitos coletados. A separação entre os dois ambientes impede que o agente de endemias ou o pesquisador sejam picados pelos mosquitos capturados que podem estar infectados. Em testes de campo realizados no Norte do Brasil, os pesquisadores comprovaram a eficácia da armadilha, chamada de MosqTent – união das palavras ‘mosquito’ e ‘tenda’, em inglês. A patente foi depositada pela Fiocruz no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), garantindo o direito à propriedade intelectual da invenção.

Confira videorreportagem sobre a MosqTent:

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Malformação neurológica: estimulação precoce em crianças é fundamental

Os casos de malformação neurológica aumentaram no Brasil por conta do surto do vírus zika. Diante desse cenário, assim que nascem, essas crianças iniciam uma rotina de exames para determinar que tipo de malformação elas têm, qual o nível de comprometimento do cérebro, da visão, da audição, entre outros. Além disso, os bebês diagnosticados ou com suspeita de microcefalia são submetidos desde os primeiros meses de vida a intervenções de várias áreas, como fisioterapia, fonoaudiologia, otorrinolaringologia e oftalmologia. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dessas crianças, especialistas avaliam que a estimulação precoce na janela de até três anos de idade é importante para reduzir o nível de comprometimento causado pela malformação.

“Estimulação precoce é um termo que abrange uma variedade de estímulos para auxiliar o desenvolvimento motor e cognitivo de lactentes e crianças e pode ser definido como um programa de acompanhamento e tratamento multiprofissional para recém-nascidos de risco ou com alguma deficiência. A maior parte dos programas de estimulação precoce objetiva o atendimento de crianças de zero a três anos de idade, envolvendo tipicamente terapias tradicionais como fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia”, explicou a coordenadora técnica da Fisioterapia Motora do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Carla Trevisan.

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Não matem os macacos! Eles são aliados da saúde no combate à Febre Amarela

Esses animais têm papel fundamental na vigilância da doença. Quem é responsável pela transmissão de febre amarela em humanos é um mosquito

“Eles servem como anjos da guarda, como sentinelas da ocorrência da Febre Amarela”, explica Renato Alves, gerente de vigilância das Doenças de Transmissão Vetorial, do Ministério da Saúde. Esse é um alerta para que a população não mate os macacos, principalmente em regiões onde há incidência da Febre Amarela em humanos. Os macacos não são responsáveis pela transmissão, muito pelo contrário: esses animais servem como guias para a elaboração de ações de prevenção. A doença é transmitida por mosquito.

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Artigos sobre febre amarela e chikungunya ganham publicação acelerada na revista ‘Memórias do IOC’

A revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz ampliou seu sistema de publicação acelerada de artigos para incluir pesquisas sobre febre amarela e chikungunya, além dos estudos relacionados ao vírus zika. Implantado em junho de 2015, o sistema de Fast Track oferece uma via rápida para divulgação de trabalhos, que são disponibilizados online em um prazo de 24 horas após a submissão. De acordo com os editores do periódico, a decisão foi tomada considerando o contexto atual dos agravos. “A zika já não é considerada uma emergência de saúde pública de interesse internacional, mas ainda há necessidade de mais investigação sobre esta infecção, assim como sobre outras doenças emergentes e re-emergentes. Portanto, ‘Memórias’ decidiu expandir a seção Fast Track para incluir investigações sobre chikungunya e febre amarela, além do vírus zika”, afirmam em texto divulgado no site da revista.

A publicação através do sistema acelerado ocorre após a avaliação de um editor do periódico. Os artigos considerados relevantes são indexados, recebendo um registro preliminar de indicador de objeto digital (DOI, na sigla em inglês), e divulgados no site da revista, na seção Fast Track. Para orientar os leitores, é indicado que a revisão por pares está em andamento. O processo de submissão não é alterado no sistema de Fast Track e os manuscritos podem ser enviados através do site da revista. Após a conclusão da revisão, os estudos aceitos para publicação são incluídos em uma edição regular do periódico, com menção ao período de dados abertos no sistema de Fast Track. Em caso de rejeição, o acesso ao manuscrito é retirado e um aviso de que o manuscrito não foi aceito é mostrado na seção. Os autores ficam livres para submeter o estudo a outro periódico.

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Mães e bebês são recrutados para pesquisa sobre zika em PE

Passado mais de um ano de epidemia de bebês nascidos com microcefalia e outras doenças congênitas causadas pela zika, ainda há muitas perguntas a serem respondidas para que se possa explicar a relação entre o vírus zika e a síndrome congênita que ele provoca e sobre futuro dessas crianças. Na busca por esclarecimentos, o Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (Merg), formado por pesquisadores da Fiocruz Pernambuco, universidades Federal e estadual de Pernambuco e outras instituições, estão convocando mães que tiveram manchas avermelhadas pelo corpo durante a gestação e seus filhos, inclusive aqueles que nasceram aparentemente saudáveis, a participarem de um estudo. O objetivo da pesquisa é identificar se essas crianças desenvolveram tardiamente ou virão a desenvolver agravos relacionados à síndrome congênita do zika. Para isso, os bebês são submetidos a exames clínicos para detecção de sintomas, como calcificação no crânio, problemas visuais ou auditivos.

O primeiro contato com essas mães é feito por meio do número de telefone fornecido por ela quando procurou uma unidade de saúde com manchas pelo corpo. Aceitando participar, elas são entrevistadas, em seus domicílios, dando informações sobre histórico da gravidez, uso de medicação, de bebidas alcoólicas e condições socioeconômicas e têm sangue coletado para confirmar se tiveram ou não zika. Já as crianças são encaminhadas para consulta com pediatra para fazer ultrassom e terem sangue coletado. Tudo com hora marcada. Também são agendadas consultas com neurologista, otorrino e oftalmologista. As crianças que entrarem no estudo serão acompanhadas por quatro anos.

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