Monthly Archives: junho 2016

ENSP mantém conselho deliberativo permanente para discutir retrocessos democráticos e ataques ao SUS

Em meio a ocupações, como a da sede do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro e atos que vem se fortalecendo como uma grande agenda de mobilização da sociedade civil contra o golpe jurídico e parlamentar que colocou Michel Temer interinamente na presidência da república, a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca se reuniu em conselho deliberativo ampliado para propor ações de resistência à escalada conservadora que, em poucos dias de governo ilegítimo, vem destruindo as principais conquistas das lutas democráticas dos últimos trinta anos. Pesquisadores, professores, estudantes e trabalhadores da saúde estiveram reunidos, na tarde de quinta-feira, 9 de junho, no auditório térreo da Escola. O diretor da ENSP, Hermano Castro, abriu a discussão listando uma série de retrocessos que vem atingindo a democracia brasileira e de modo muito frontal o direito à saúde. Definiu-se, com base na ampla participação do corpo docente da Escola, que o CD ENSP será mantido em estado de reunião permanente para debater a conjuntura e reforçar a luta pela democracia e em defesa do SUS!
“Todos esses temas, como descriminalização das drogas, leis restritivas ao uso de agrotóxicos, e principalmente a garantia de um sistema de saúde universal e equânime já vinham sendo discutidos na ENSP e na Fiocruz, mas as discussões tinham como propósito avançar ainda mais. Agora, estamos em outro patamar: precisamos defender o que conquistamos e impedir retrocessos.”
Entre o corpo docente da ENSP, muitos manifestaram não só apoio à luta em defesa da democracia e do SUS, como preocupação quanto à rapidez com que vem se concretizando a agenda conservadora do governo interino de Temer. Luíz Cláudio Meireles, que pesquisa as consequências dos usos dos agrotóxicos na saúde da população e vem sendo uma voz crítica ao uso da pulverização aérea falou de um projeto delei que prevê pulverização em áreas urbanas para o controle do Aedis Aegypt.
“O projeto, que tem apoio do sindicato da pulverização agrícola e da bancada ruralista, está só esperando sanção do Temer. Isso vai contra o que pensa a Organização Mundial da Saúde, o Mnistério da Saúde, a Abrasco e outras entidades. A pulverização vem promovendo uma barbárie no meio rural, com veneno sendo jogado em escolas e casas.  Ao permitirem a pulverização em área urbana, um enorme precedente será aberto. A saúde está muito pouco reativa. É importante reagir, senão daqui a pouco avião vai estar passando na nossa cabeça jogando veneno, sob o argumento de estarem controlando insetos, o que a gente sabe que tem dado resultados.”

Marcelo Firpo, do Cesteh, que também pesquisa agrotóxicos, esteve em uma audiência que discutiu outro projeto retrógrado, o PL 3200.

“Como eu disse na audiência, esse projeto de lei é um retrocesso sanitário, ambiental e civilizatório, porque simplesmente acaba com toda a legislação e inclusive renomeia os agrotóxicos como o nome de “defensivo fitossanitário. Toda a discussão, que era distribuída entre a Anvisa e o extinto Ministério do Meio ambiente agora é feita por uma comissão do Ministério da Agricultura.”

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Superbactérias são um problema de saúde pública mundial, diz especialista

A professora Anna Levin diz que as pesquisas antimicrobianas são mais lentas do que o desenvolvimento de resistência das bactérias

Um tema recorrente no noticiário, sobretudo naquele ligado mais diretamente à ciência, é o das superbactérias, que tantas mortes já causaram em hospitais do Brasil e do mundo. A mais recente informação que se tem sobre o assunto está relacionada a um estudo encomendado pelo governo britânico, cujos resultados podem ser considerados alarmantes.

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Paulo Saldiva adverte sobre os efeitos negativos da poluição luminosa

Segundo colunista, um ambiente envolto em escuridão libera hormônios necessários para nossa saúde física e mental

O professor Paulo Saldiva escolheu, como tema de sua coluna semana para a Rádio USP, o problema menos conhecido, a poluição luminosa. É que estudos recentes mostram que estamos encurtando cada vez mais nosso ciclo de escuro em favor de ficarmos mais tempo expostos a fontes de luz, o que pode ser prejudicial para nossa saúde.

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Parkinson: há o que comemorar

O Mal de Parkinson está longe da cura, mas pacientes com a doença têm alguns motivos para comemorar

O Mal de Parkinson está longe da cura, mas pacientes com a doença têm alguns motivos para comemorar. Um estudo realizado no Hospital das Clínicas (HC) da USP e publicado no International  Archives of Medicine (IAM) fala sobre uma tecnologia descoberta pela Nasa e que pode auxiliar no tratamento da enfermidade.

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Obesidade influencia de diferentes formas no aprendizado de crianças, mostra estudo

O estudo analisou habilidades necessárias ao aprendizado de crianças entre 8 e 12 anos, além de seus níveis de leitura e escrita

Pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP mostra que a presença de obesidade infantil pode ter influência em algumas das habilidades cognitivas necessárias ao aprendizado. Já a prática de atividades físicas está entre os fatores que protegem a cognição das crianças.

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Estudo revela como o vírus Zika mata as células cerebrais

Estudos recentes têm mostrado que as células progenitoras neurais – um tipo de célula-tronco capaz de se transformar em neurônios e em células da glia – são os alvos preferenciais do vírus Zika quando ele infecta o cérebro de bebês em gestação.

Uma nova pesquisa, divulgada por um consórcio de pesquisadores brasileiros, esmiuçou os mecanismos moleculares que são ativados durante a infecção viral e acabam levando essas células à morte.

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Exercício físico intenso pode antecipar morte de células do sistema imunológico

Pesquisadores descobriram que o exercício físico intenso pode acelerar o processo de apoptose – a morte celular programada – dos neutrófilos, células do sistema imunológico.

Importante para o equilíbrio do funcionamento do organismo, a apoptose é um mecanismo que deve ocorrer de forma ordenada – do contrário, há danos à saúde, como quando células tumorais, que deveriam morrer naturalmente, persistem.

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Número de turistas contaminados por dengue durante Olimpíadas será baixo, diz estudo

Em 2014, antes do início da Copa do Mundo no Brasil, havia um temor de que muitos entre os 600 mil turistas estrangeiros aguardados para o maior evento futebolístico do planeta pudessem contrair dengue. Seriam centenas ou mesmo milhares, de acordo com algumas previsões.

Tal temor não era infundado uma vez que há dois anos, como hoje, a infestação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, já estava espalhada pelo país. Mas, em maio de 2014, um mês antes do início do campeonato mundial, um estudo epidemiológico surpreendeu ao se contrapor àquele panorama de maus presságios, indicando que a total de infecções por dengue entre os turistas na Copa seria mínimo. E a previsão se mostrou correta.

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Mapas associam ocorrência de diarreia com vulnerabilidade social

Pesquisa pode ajudar o poder público a conhecer melhor a cidade e a direcionar os recursos de modo mais pontual

Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP buscou relacionar a vulnerabilidade social do município de São Paulo e as internações por diarreia na rede pública com as áreas de inundação na cidade. A partir desses dados, a pesquisadora Doris Jimena Roncancio Benitez desenvolveu mapas que mostram como essas informações estão apresentadas na capital paulista.

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Pesquisa mostra como a matemática pode ajudar no controle de epidemias

Segundo estudo, isolar pacientes com gripe H1N1 poderia acabar com a doença

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que as epidemias matam 15 milhões de pessoas por ano no mundo. E nos últimos 60 anos, 300 novas epidemias foram registradas. Essa é uma das áreas de estudo em andamento do professor Tiago Pereira, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, que é também pesquisador do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI). Ele é coorientador de doutorado do matemático alemão Stefan Ruschel, da Universidade de Humboldt, em Berlim. Stefan atua na área de sistemas dinâmicos com atraso temporal e sua tese trata das possíveis formas de controle de uma epidemia, desde que causada por doenças contagiosas.

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