Monthly Archives: agosto 2015

Técnica pioneira reduz ronco e trata apneia do sono

Pesquisadores do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolveram uma técnica de tratamento pioneira que, se praticada diariamente e com orientação de fonoaudiológo, reduz a frequência e a altura do ronco até ele se tornar quase imperceptível, em alguns casos. A nova técnica é efetiva também no tratamento da apneia do sono de grau leve e moderado, diminuindo o número de engasgos durante a noite. O estudo brasileiro foi publicado na revista acadêmica CHEST e seus resultados surpreenderam a comunidade médica e a imprensa internacional.

Segundo estimativas, cerca de 54% da população adulta sofre de ronco — com grande prevalência em obesos, idosos e mulheres na pós-menopausa. E, a depender das estatísticas, os brasileiros vão roncar cada vez mais, já que dois dos fatores que levam ao ronco continuam a crescer no País: a obesidade atinge 18% da população, e a progressão da idade continua a avançar (em 2030, 13% dos brasileiros terão mais de 65 anos). O prejuízo não é apenas das horas de sono ou do estigma social. O ronco pode ser um dos sinais de um problema ainda mais grave: a apneia obstrutiva do sono, fator de risco importante para as doenças cardiovasculares.

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Protocolo pode reduzir fila e custos de cirurgias de hérnia

Estudo realizado por pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP com pacientes da Rede Regional de Saúde de Ribeirão Preto (RRAS XIII) e diagnóstico de  hérnias de parede abdominal (HPA) mostra que, se devidamente encaminhados, mediante protocolos clínicos e de regulação, esses pacientes poderiam receber tratamento mais rápido, o que contribuiria para redução das listas de espera para a cirurgia, riscos pós operatórios e custos para os doentes e para o sistema de saúde.

Os protocolos clínicos e de regulação são roteiros que reúnem características sociais e clínicas dos doentes e da doença para orientar a escolha do serviço de saúde mais adequado para o diagnóstico e tratamento.

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Política vai fortalecer ações de promoção da saúde da criança

Infância

Objetivo é alinhar programas e recursos para consolidar e ampliar conquistas como a redução da mortalidade infantil e materna e a queda da desnutrição

Para intensificar e alinhar as ações dos governos federal, estaduais e municipais, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, assinou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. “A Política sintetiza de maneira simples e clara para os gestores estaduais, municipais e profissionais de saúde, os grandes eixos de ações que compõem uma atenção integral à Saúde da Criança e aponta estratégias e dispositivos para a articulação das ações e da rede de serviços de saúde nos municípios e regiões de saúde”, disse o ministro.

A política vai promover o aleitamento materno e atenção à criança da gestação aos nove anos de idade. O texto tem especial atenção à primeira infância (zero a cinco anos) e às populações de maior vulnerabilidade, como crianças com deficiência, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, e em situação de rua.

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Universidade Federal do Ceará estuda relação do HPV com o câncer de mama

Pesquisa

Foi encontrada presença do vírus em 59% das amostras de tecido mamário com câncer. Resultado reforça a importância da vacina oferecida pelo SUS

Uma equipe multidisciplinar formada por médicos, biólogos, bioquímicos e estudantes de medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) detectou a presença de DNA do Papilomavírus Humano (HPV) em 59% das 71 amostras de tecido mamário com câncer analisadas. O HPV, muito associado ao câncer de colo de útero, tem sido detectado em cânceres de outros órgãos como pele, boca, faringe, laringe, esôfago, pulmão, cólon, reto e ovários. Cientistas internacionais demonstraram a presença do DNA do HPV em grande número de cânceres da mama.

A descoberta reforça a importância da vacina contra o vírus que é disponibilizada atualmente para meninas de 9 a 11 anos. Em 2015, já foram vacinas 2,37 milhões de meninas dessa faixa etária. O número representa 48% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de pré-adolescentes.

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Ministério da Saúde quer dobrar número de salas de amamentação nas empresas

Aleitamento materno

Até o momento, existem 100 locais destinados às mulheres trabalhadoras que ainda amamentam e a meta é chegar a 200 em 2016

O Ministério da Saúde quer ampliar o número de salas de amamentação e creches em locais de trabalho. Com a ação Mulher Trabalhadora que Amamenta, a meta do governo é chegar em 2016 com 200 salas de apoio em empresas de todo o País aumentando em 40% o número de mulheres alcançadas. Este ano, a meta foi superada em 100%. Estava previsto certificar 50 salas de apoio e já chegou a 100.

A meta foi apresentada nesta sexta-feira (7), pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante o encerramento da Semana Mundial de Amamentação, comemorada entre 1º e 7 de agosto. Este ano, o tema da campanha do Ministério da Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, é “Amamentação e Trabalho: para dar certo, o compromisso é de todos”. O apresentador Serginho Groisman e sua esposa, Fernanda Vogel Molina Groisman, pais de Thomas, são os padrinhos da inciativa. Durante a cerimônia, o ministro reconheceu 18 empresas participantes da iniciativa.

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Saúde promove ação de prevenção contra hanseníase nas escolas

Campanha

Estratégia será realizada em 45 mil estabelecimentos de ensino de 2.290 municípios brasileiros para detectar e iniciar o tratamento da doença precocemente

O Ministério da Saúde inicia nesta segunda-feira (10) uma ação nas escolas de 2.290 municípios brasileiros para detectar e cuidar de pacientes com hanseníase. Mais de oito milhões de crianças e adolescentes serão avaliadas na ação, como parte da terceira edição da Campanha Nacional de Hanseníase, Geo-helmintíases e Tracoma, do Ministério da Saúde. Os agentes comunitários de saúde e equipes do Programa Saúde da Família vão percorrer os estabelecimentos de ensino com foco em alunos na faixa etária de cinco a 14 anos. Além da hanseníase, os agentes de saúde vão investigar também casos de tracoma e verminose.

Os profissionais vão observar sinais e sintomas das doenças. Com isso, o Ministério da Saúde espera aumentar o diagnóstico precoce e identificar comunidades em que a hanseníase, tracoma e verminoses ainda persistem. Os casos suspeitos serão encaminhados à rede básica de saúde para confirmação e início imediato do tratamento.

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Café contra o diabetes

O consumo diário de duas ou mais xícaras de café pode ajudar a evitar o diabetes tipo 2. A conclusão é de uma equipe internacional coordenada pela médica Maria Inês Schmidt, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Eles examinaram 12.586 participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil) com idade entre 35 e 74 anos, avaliando a quantidade de café, álcool e cigarro que consumiam diariamente por meio de um questionário. Em seguida, mediram os níveis de glicose no sangue de cada um em jejum e os submeteram a um teste de tolerância à glicose, com nova medição após duas horas. Ao todo, 1.341 (10,7%) foram diagnosticados com diabetes, 3.083 (24,5%) com altos níveis de glicose sanguínea em jejum e 3.114 (24,7%) com alteração na glicose de duas horas (tolerância reduzida). Mais da metade dos participantes (58%) disse beber ao menos dois cafés por dia (PLoS One, 15 de maio). Os que bebiam de duas a três doses diárias apresentaram risco 23% menor de ter diabetes quando comparados àqueles que nunca ou quase nunca consomem a bebida. Três doses por dia — com ou sem açúcar — podem diminuir em até 26% o risco de desenvolver a doença e em 29% o de tolerância reduzida à glicose. Para os pesquisadores, o consumo de café pode afetar o metabolismo da glicose sanguínea de modo mais significativo após a alimentação do que quando em jejum.

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CTNBio aprova vacina contra dengue do Butantan

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou, por unanimidade, a liberação para estudo clínico da vacina contra dengue produzida pelo Instituto Butantan. A decisão integra o conjunto de autorizações necessárias para o início da próxima etapa da pesquisa, a fase 3, que analisa a eficácia do produto em cerca de 17 mil voluntários.

Além da decisão da CTNBio, é necessário que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisas (Conep) autorizem o início desta fase dos trabalhos (saiba mais sobre a vacina em desenvolvimento no Butantan: agencia.fapesp.br/21592).

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Comissão de biossegurança aprova liberação comercial da vacina contra a dengue

Avanço científico

Aprovação por enquanto é apenas para estudos clínicos que estão sendo realizados pelo Butantã e, portanto, ainda não estará disponível no mercado

O Instituto Butantã consegue liberação comercial de organismos geneticamente modificados (OGM) para a produção de vacina contra a dengue 1, 2, 3 e 4 atenuadas. O pedido foi atendido pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) que aprovou, por unanimidade, nesta quinta-feira (6), em Brasília. Para dar continuidade aos estudos da terceira fase, os pesquisadores precisam agora receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (Conep). “Esse processo é extremamente relevante para a CTNBio e para o Brasil, pois é a primeira vez que deliberamos sobre uma vacina para o ser humano”, afirmou o presidente da CTNBio, Edivaldo Velini. “É motivo de grande orgulho para a ciência nacional.”

A vacina tetravalente contra a dengue precisa passar pelo crivo da comissão, pelo fato de carregar em sua composição o vírus da dengue modificado por engenharia genética. O pedido de deliberação foi protocolado na CTNBio em junho deste ano. “É extremamente relevante, em função de ser um problema muito importante no Brasil e de nós termos uma instituição nacional envolvida nesse processo. A CTNBio, atenta às necessidades especiais do pedido, deliberou em dois meses “, disse Velini.

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