Monthly Archives: agosto 2015

Beta-ionona tem potencial preventivo para câncer de fígado

A susbtância beta-ionona (BI) tem potencial quimiopreventivo para o câncer de fígado. Encontrada em uvas e aromatizantes de vinhos, a BI é um composto bioativo da classe dos isoprenóides, envolvido com a via metabólica do mevalonato e a síntese do colesterol. Em testes realizados com animais, na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP pela pesquisadora Mayara Lilian Paulino Miranda, verificou-se que a BI reduziu lesões pré-neoplásicas (LPN) no órgão, que precedem o câncer. O estudo também apresenta indícios de que a substância atenua o desenvolvimento da doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), causada pelo acúmulo de gordura no fígado, que pode estar relacionada ao aparecimento das lesões.

De acordo com Mayara, o termo NAFLD designa um grupo de doenças definidas por esteatose hepática (presença de gordura no fígado) em mais de 5% dos hepatócitos (células do fígado), na ausência de consumo de etanol (álcool). “Ela pode resultar em resistência hepática e periférica à insulina”, relata. “Conforme o grau, também desencadeia lesões por estresse oxidativo, lesão hepática mediada por citocinas, hepatotoxicidade mediada por ácidos graxos livres (AGL), concentrações elevadas intra-hepáticas de colesterol, hiperinsulinemia, hiperleptinemia, hipoadiponectinemia, e a apoptose (morte celular)”.
A morte celular pode resultar em necroinflamação e fibrose, que são consideradas lesões classificadas como LPN em seres humanos. A NAFLD pode variar de simples esteatose a sua forma mais grave, esteatohepatite não alcoólica (NASH) . “A prevalência da doença pode ser de 30% da população em países industrializados e está aumentando em países em desenvolvimento devido à mudança de hábitos alimentares”, aponta a pesquisadora. “Estima-se, ainda, que na obesidade mórbida há um risco aumentado de 90% de desenvolvimento de NAFLD”.
Para verificar o potencial quimiopreventivo da BI, a pesquisa mediu o número e a área das LPNs, por meio de marcação de imunohistoquímica GST-P. “A proliferação celular foi medida por dupla marcação de imunohistoquímica para GST-P e KI67”, afirma a pesquisadora. A imunohistoquímica é a identificação de epítopos no tecido por meio da reação entre antígeno e anticorpo, revelada por um marcador visual e examinada por microscopia óptica ou eletrônica. “Foi realizada ainda a quantificação da apoptose em lâminas de Hematoxilina e Eosina (H&E), avaliação do dano celular por meio da técnica de cometa e avaliação do escore de células ovais nestes tecidos, também em lâminas de H&E”.

 

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I FoRC Symposium: Advances in Food Science and Nutrition

O Centro de Pesquisa em Alimentos (Food Research Center, FoRC) realizará, no dia 2 de setembro de 2015, o I FoRC Symposium: Advances in Food Science and Nutrition. O evento ocorrerá na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, na capital paulista.

“New findings in protein turnover”, por Didier Attaix (INRA, França), “Continuous flow termal processing of viscous and particulate foods”, por K.P.Sandeep, da North Carolina State University (Estados Unidos), “Health benefits of dietary bioactive compounds”, por Paul Kroon, do Institute of Food Research (Reino Unido), são algumas das palestras programadas.

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Células mesenquimais retardam progressão do câncer de mama em camundongos

Um tratamento com células-tronco mesenquimais humanas aumentou em 50% a sobrevida de camundongos com câncer de mama em experimentos realizados na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A pesquisa foi conduzida no âmbito do Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco, um dosCEPIDs apoiados pela FAPESP. Os resultados foram divulgados na revista Stem Cells International.

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Estudo testa nova classe de drogas com potencial efeito antidepressivo

Situações de estresse prolongado e momentos repetidos de raiva, medo ou ansiedade podem induzir modificações estruturais e funcionais no cérebro que predispõem ao desenvolvimento de doenças como a depressão.

Os antidepressivos convencionais são capazes de reverter essas alterações cerebrais, mas levam pelo menos 15 dias para começar a surtir efeito e apenas 60% dos pacientes respondem ao tratamento. Desses, apenas 50% atingem a remissão completa dos sintomas.

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Grupo investiga efeito da reposição hormonal no cérebro

A reposição de estrogênios em mulheres no período de peri e pós-menopausa tem sido associada em estudos observacionais com humanos a uma melhora da concentração, memória, humor e sono, bem como a um retardo do declínio cognitivo.

Para desvendar os mecanismos moleculares pelos quais esses hormônios sexuais afetam o cérebro, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) têm realizado experimentos com ratas, nas quais uma condição semelhante à menopausa é induzida com a retirada cirúrgica dos ovários – os órgãos mais importantes para a produção de hormônios sexuais femininos.

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Especialista explica como HIV causou a pandemia de Aids

Agência FAPESP – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Fundação de Pesquisa Alemã (DFG) realizam em 17 de agosto, às 15h, na sede da FAPESP, a palestra “Por que o HIV-1 foi capaz de causar a pandemia de Aids? ”, pelo professor Frank Kirchhoff, diretor do Instituto de Virologia Molecular da Universidade de Ulm, na Alemanha, e ganhador do Prêmio Leibniz em 2009.

O virologista Kirchhoff é um dos principais pesquisadores no mundo sobre a Aids. Nos últimos 20 anos ele contribuiu para a melhoria da compreensão sobre o desenvolvimento da doença e sobre a evolução do HIV. Sua pesquisa tem se concentrado em proteínas responsáveis pela patogenicidade do vírus em seres humanos, apontando novos caminhos para prevenir a transmissão da doença.

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Guia Alimentar propõe novo olhar sobre a alimentação

Quebrar paradigmas e propôr uma nova maneira de se relacionar com a alimentação é a proposta do novo Guia para a População Brasileira, uma parceria do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP) vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, localizado na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

Em sua segunda edição, o Guia busca inovar e se atualizar em relação ao primeiro, lançado em 2006 — sem a participação do Nupens —, fazendo uma ampla análise da alimentação do brasileiro. Além da parte nutricional, levou-se em conta questões culturais, sociais e até ambientais, inovando no conceito de guia alimentar e explorando os alimentos além dos seus nutrientes.

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Pesquisadores aperfeiçoam análise de perfusão cerebral

Uma nova implementação realizada em um equipamento de Imagens por Ressonância Magnética (RM) permitiu aperfeiçoar a análise de perfusão cerebral, que é o mecanismo pelo qual os nutrientes são transportados ao cérebro, através do fluxo sanguíneo. A técnica utilizada é a Arterial Spin Labeling (ASL), que utiliza imagens e é completamente não invasiva utilizada para medir a perfusão de sangue no cérebro.

A metodologia, introduzida por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, tem como objetivo final viabilizar a utilização da técnica ASL para a avaliação da perfusão em tecidos com tempo de trânsito arterial prolongado, condição típica em pacientes com doenças cerebrovasculares, em especial os que têm estenose de carótida, terceira doença cerebrovascular com maior índice de mortalidade, causada pelo acúmulo de placas de gorduras nas artérias carótidas — principais canais que transportam o sangue do coração ao cérebro.

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Anticoncepcional pós-parto não muda volume de leite materno

Estudo da USP Ribeirão comprova segurança de implante contraceptivo logo após o parto, para as mães e bebês.Implantar contraceptivo que libera o hormônio etonogestrel imediatamente após o parto não altera a quantidade de leite na amamentação. Essa era a informação que faltava para que a equipe da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, liderada pela professora Carolina Sales Vieira, comprovasse a segurança do método contraceptivo para as mães que necessitam sair da maternidade sem a preocupação de uma gravidez indesejada ainda na amamentação.

O estudo foi conduzido pela pesquisadora Giordana Campos Braga, aluna de doutorado do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da FMRP orientada pela professora Carolina, com 24 mães e seus recém-nascidos. Eles foram divididos em dois grupos: um em que as mães receberam o implante dentro das primeiras 48 horas após o parto e outro, o controle, cujas mães não receberam qualquer método contraceptivo.

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Água distribuída em SP tem flúor em quantidade inadequada

Análise da fluoretação da água distribuída pelas redes de abastecimento do estado de São Paulo indica que cerca de 30% das amostras de água estão inadequadas. Os riscos para a população que consome essa água são a baixa proteção contra a cárie e o aumento da fluorose dentária (manchas no esmalte dos dentes). Estes dados fazem parte da mais ampla pesquisa já feita no mundo sobre flúor na água e foram divulgados dia 11 de agosto pelo Conselho Regional de Odontologia (Crosp), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a USP.

Das 11.715 amostras coletadas em 2014 em 642 municípios, 71,5% apresentavam concentração de flúor entre 0,6 e 0,8 partes por milhão de unidade de fluoreto (ppm F), medida considerada adequada pela Secretaria Estadual de Saúde. Porém, nas amostras restantes foram encontradas quantidades acima do mineral (14% das amostras), ou abaixo do ideal (14, 5%). Três em cada dez amostras coletadas não atendiam ao parâmetro de obtenção do máximo benefício contra a cárie com o mínimo de risco de fluorose. Tanto o excesso como a falta de flúor são prejudiciais à saúde bucal. “A quantidade correta aplicada na água combate a formação da cárie, mas teores altos, por sua vez, também são ruins principalmente para crianças de até cinco anos, quando os dentes estão em formação”, afirma Claudio Miyake, presidente do Crosp.

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