O guajiru, fruto da amazônia que hoje é pouco aproveitado, pode fornecer substâncias que combatem processos inflamatórios associados ao câncer. Testes realizados em animais e em células humanas demonstraram que as antocianinas, compostos químicos extraídos do fruto, apresentam ação anti-inflamatória e antimutagênica. O fruto influencia ainda a redução das concentrações de radicais-livres, evitando a destruição de células saudáveis. A pesquisa foi realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP e na Texas A&M University, nos Estados Unidos, por Vinícius Venâncio.
Guajiru tem substâncias que podem inibir processos inflamatórios ligados ao câncer
Leia MaisEstudo revela fatores que aumentam risco de morte por H1N1
Na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, análises dos pacientes que tiveram influenza A(H1N1)pdm09 em São Paulo durante a epidemia de gripe que aconteceu em 2009 revelam os fatores que levam a um maior risco de morte provocada pela doença. O trabalho da médica sanitarista Ana Freitas Ribeiro aponta que os maiores riscos estão em pessoas com idade entre 18 e 59 anos, com obesidade e imunossupressão, entre outros fatores. Estudo específico com gestantes constatou maior número de perdas fetais e partos prematuros nas mulheres que morreram. A pesquisa ressalta a importância da identificação dos pacientes com maior risco e do tratamento precoce para reduzir a mortalidade e aumentar as chances de cura.
A identificação de um novo vírus da gripe (subtipo viral, influenza A(H1N1)pdm09), em abril de 2009 e anúncio do início de uma pandemia de influenza pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em junho do mesmo ano, levaram ao início da pesquisa. Durante o trabalho foram realizados dois estudos caso-controles, em pacientes e em gestantes hospitalizados com influenza A(H1N1) pdm09 confirmada laboratorialmente e Doença Respiratória Aguda Grave (DRAG). “O objetivo era identificar os fatores de risco de morte nos dois grupos”, afirma Ana. “Nas gestantes, foram analisados também os desfechos da gestação e e neonatais, após o nascimento das crianças”.
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Com informações da Assessoria de Comunicação do IPq
Entre os autores da pesquisa estão Wagner Gattaz, Leda Leme Talib, Emanuel Dias Neto e Fábio Mury, do Laboratório de Neurociências – LIM 27, do Instituto de Psiquiatria (IPq), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Também assinam o artigo Marcos Gama e Fernando Lopes, da Embrapa, e Nadia Rezende Raposo, da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Leia MaisLeite materno protege criança contra excesso de peso precoce
Pesquisa realizada durante 2014 na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, relacionou aspectos da alimentação de crianças no início da idade pré-escolar com seu estado nutricional. O estudo é fruto do projeto de mestrado da nutricionista Amanda Foster Lopes, realizado na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e em parceria com a Secretaria de Educação da Cidade de Taubaté. O projeto foi estimulado pela residência de Amanda na área de pediatria, porém com enfoque na alimentação infantil para aproximar-se de sua profissão.
Durante o primeiro ano de vida, em geral, as crianças sofrem um importante processo de transição na alimentação, o qual se inicia com a nutrição via cordão umbilical intraútero, seguida pela amamentação, alimentação complementar e, finalmente, pela comida da família. A alimentação é um dos mais importantes fatores entre os determinantes do desenvolvimento do excesso de peso e obesidade, condição que, atualmente, tem atingindo o público infantil e vem sendo considerada um problema de saúde pública.
Leia MaisCentro é pioneiro no tratamento de anemia falciforme
O Centro de Terapia Celular (CTC), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), sediado na USP, é pioneiro na realização do transplante de células-tronco hematopoieticas (TCTH), que já é feito para doenças como leucemia e linfoma. A partir de agora, o procedimento é uma possibilidade, via SUS, também para os casos graves da anemia falciforme – doença hereditária de maior ocorrência no Brasil. O CTC já ofereceu o tratamento experimentalmente para 27 pacientes, com alta taxa de cura.
“O transplante já é aceito mundialmente há alguns anos, e desde 2009 temos solicitado ao Ministério da Saúde a sua liberação pelo SUS – até porque é o único tratamento com possibilidade de cura para a doença, com um índice de 95% de sucesso”, conta a hematologista Belinda Pinto Simões, pesquisadora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), membro da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) e do CTC.
Leia MaisDemência vascular é mais comum que Alzheimer em idosos
Pesquisas realizadas em cérebros armazenados no Banco de Encéfalos da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) revelam maior prevalência de demência vascular e doença de pequenos vasos entre idosos, em comparação com a da doença de Alzheimer. Os estudos realizados no Banco, organizado pelo Grupo de Estudos em Envelhecimento Cerebral, encontraram alterações decorrentes de lesões cerebrais causados por problemas da circulação sanguínea, compatíveis com o quadro de demência vascular. A descoberta pode auxiliar na prevenção da doença, associada a fatores de risco cardiovascular, como hipertensão e diabetes.
Anteriormente, acreditava-se que a principal causa de demência entre idosos brasileiros era a doença de Alzheimer, a exemplo do que era verificado em estudos realizados no exterior. “A pesquisa avaliou 1.291 casos, sendo que 113 atenderam os critérios para o grupo ‘demência’, e entre os restantes, foram sorteados 100 para o grupo ‘controle’”, diz a professora Lea Grinberg, da FMUSP, que coordenou a pesquisa. “Os critérios de inclusão no grupo ‘demência’ foram ter mais de 50 anos, apresentar demência moderada ou grave e ter doado o cérebro para o Banco de Encéfalos”.
Leia MaisRessonância magnética aprimora diagnóstico de Parkinson
O Mapeamento de Susceptibilidade Magnética, que é feito por meio de Imagem de Ressonância Magnética (IRM) é mais sensível e específico para quantificar ferro in vivo em pacientes com Doença de Parkinson. Já se sabia que pessoas com Doença de Parkinson apresentam maior concentração de ferro na substância negra, mas a quantificação só era possível por meio de amostragem de tecido cerebral de autópsias. Essa quantificação, por meio de imagem in vivo, ou seja, de pessoas vivas, foi resultado do mestrado do físico-médico Jeam Barbosa, no programa de pós-graduação em Física Aplicada à Medicina e à Biologia, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.
O pesquisador utilizou o mapa de susceptibilidade magnética, além de mapas de Relaxometria (ferramenta convencional para quantificar ferro por IRM) para avaliar a região da substância negra e outras regiões do cérebro como: globo pálido, putamen, núcleo caudado, tálamo e núcleo rubro. “Com o mapa de susceptibilidade foi possível visualizar uma maior concentração de ferro no cérebro de um grupo de pacientes com Doença de Parkinson quando comparado a um grupo de sujeitos saudáveis. E essa maior concentração estava somente na região da substância negra, a qual é conhecida como a principal região de morte de neurônios dopaminérgicos em pacientes com a doença de Parkinson”, revela.
Leia MaisPesquisa revela mais benefícios do aleitamento materno
Pesquisa na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP constatou que o aleitamento materno, além de todas as vantagens insistentemente divulgadas, também está ligado às menores taxas de diarreia aguda, infecções do trato respiratório, otite média e outras infecções, e à menor mortalidade de crianças por essas doenças. Os resultados mostraram, ainda, que crianças que não mamaram tiveram 2,6 vezes mais chances de ter diarreia.
Outros dados chamaram a atenção, como a constatação de que o uso da chupeta, especialmente durante o dia, pode elevar em quatro vezes as chances de a criança parar de mamar o peito, quando comparada com crianças que não usam. E, ainda que as crianças que não usaram mamadeira apresentaram 16 vezes mais chances de receberem o aleitamento materno.
Leia MaisSaúde define protocolo que simplifica tratamento após exposição ao HIV
Aids
A profilaxia pós-exposição (PEP) do HIV unificada no Sistema Único de Saúde (SUS) passa a valer na rede pública ainda este mês. Isso significa que o tratamento está mais simplificado, o que vai facilitar o acesso nos serviços de saúde, assim como o procedimento para o profissional de saúde na hora do atendimento. O novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV – publicado nesta quinta-feira (23) no Diário Oficial da União – integra os três tipos de PEP existentes: acidente ocupacional, violência sexual e relação sexual consentida. O documento recomenda também a redução do tempo de acompanhamento do tratamento de seis para três meses.
O protocolo recomenda que os medicamentos utilizados para o tratamento sejam ministrados até 72 horas após a exposição ao vírus. O ideal é que seu uso seja feito nas primeiras duas horas após a exposição ao risco. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previstos no novo protocolo (tenofovir + lamivudina + atazanavir + ritonavir). Em 2014, foram ofertados 22 mil tratamentos em todo o País. A rede de assistência conta, atualmente, com 517 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência Especializada (SAE) e 777 Unidades de Distribuição de Medicamentos (UDM).
Leia MaisComportamento antissocial é mais precoce entre brasileiros
Apesar dos achados revelarem que a maioria dos adolescentes (77%) já cometeram algum ato delituoso, o que indica normalidade desse comportamento na adolescência, informação também encontrada em estudos de outros países, a amostra brasileira verificou que apenas uma pequena parcela deles (17%) é responsável pela maior quantidade dos delitos. E, ainda, que a idade do primeiro delito ocorreu entre o final da infância e início da adolescência, enquanto dados internacionais mostram esse início na segunda metade da adolescência (por volta dos 15 anos).
O estudo foi realizado pelo psicólogo André Vilela Komatsu, pesquisador do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, com jovens, recrutados em escolas públicas (133) e em instituição judicial (60) da cidade de Ribeirão Preto.
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