Monthly Archives: fevereiro 2015

Pigmentos de flores fluorescentes podem ter aplicação clínica

Pétalas de flores fluorescentes são pigmentadas com betalaínas, uma classe de produtos naturais coloridos presente também na beterraba (Beta vulgaris) e na planta conhecida como primavera (gênero Bougainvillea).

Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), que estudam a ocorrência de betalaínas na natureza, desenvolvem métodos para a preparação de derivados que possam ser usados para o diagnóstico e o tratamento de doenças como malária e câncer.

Leia Mais

Desinfetante bucal é baseado em terapia fotodinâmica

Uma nova metodologia de terapia fotodinâmica, combinando LED azul e curcumina — pigmentação derivada da planta cúrcuma —, constitui uma nova forma de desinfecção bucal, principalmente na área odontológica. O objetivo dessa técnica é prolongar o efeito de desinfecção durante cirurgias bocais invasivas e não-invasivas, evitando que as bactérias alojadas na boca de um paciente se espalhem por todo o ambiente cirúrgico e, inclusive, pela corrente sanguínea do próprio paciente. Esse método está refletido no trabalho intitulado Effects of Photodynamic Therapy with blue Light and Curcumin as Mouth Rinse for Oral Disinfection: A Randomized Controlled Trial, assinado por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e dentistas, propondo o uso da Curcumina, associada ao LED azul — aplicado por uma “caneta”.

O estudante de doutorado do IFSC e odontologista, Vitor Hugo Panhóca, que participou dessa pesquisa, explica que a boca possui diversos microorganismos que vivem nela, sem causar danos. “Mas podem ocorrer complicações na saúde da pessoa, quando o número de micróbios aumenta muito e entra em contato com sua corrente sanguínea. Nossa intenção não é zerar a quantidade de microorganismos existentes na boca, mas sim equilibrar o nível de bactérias, para que o próprio organismo humano possa dar uma resposta e resolver o problema”. Para Diego Portes Vieira Leite, outro odontologista envolvido na pesquisa, essas bactérias podem alojar-se no coração, causando problemas cardíacos devido à má desinfecção bucal.

Leia Mais

SciELO e Unesco lançam livro sobre 15 anos da biblioteca eletrônica

Com o objetivo de apresentar à comunidade científica internacional sua experiência bem-sucedida como modelo para a publicação eletrônica cooperativa de periódicos científicos na internet, o Scientific Electronic Library On Line (SciELO) lançou, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a publicação SciELO – 15 Anos de Acesso Aberto: um estudo analítico sobre acesso aberto e comunicação científica.

A obra, publicada em português, inglês e espanhol, relata a origem do SciELO, mantido pela FAPESP, tratando do contexto em que a biblioteca eletrônica foi idealizada e desenvolvida, suas contribuições para a comunicação científica, os meios utilizados para garantir a visibilidade e a acessibilidade universal da literatura científica que comunica, os resultados alcançados e seu sistema de controle de qualidade e produção, entre outros assuntos.

Leia Mais

Interação medicamentosa: entenda os riscos de se medicar sem orientação

Na próxima vez em que você estiver num consultório médico, ou em outro estabelecimento de saúde, e um profissional lhe perguntar se está fazendo uso de algum medicamento, procure responder o mais detalhadamente que puder. Não se esqueça de relatar o uso de chás, pomadas ou até mesmo aquele comprimido habitual para dor de cabeça. Essa é uma chance de tentar prever e prevenir um evento ao qual geralmente não se dá muita atenção, até que ocorra: a interação medicamentosa. Ela acontece quando os efeitos de um remédio são alterados pela presença de outro, bem como pela mistura com fitoterápicos (os chamados remédios naturais), alimentos, bebidas ou algum agente químico ambiental — como o calor emanado pelo chuveiro de casa.

O Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas (Sinitox/Fiocruz) registrou, só em 2011, cerca de 30 mil casos de intoxicação por uso de medicamentos. Embora não seja possível afirmar quais deles ocorreram por interação medicamentosa, em três circunstâncias específicas a possibilidade é muito extensa: pelo uso terapêutico errado, pela prescrição médica incorreta e por automedicação. “Às vezes a pessoa está fazendo uso de determinado medicamento e não informa isso ao médico, durante a consulta. Em outras, o próprio médico desconhece o potencial de interação dos remédios. E há ainda os casos em que o paciente usa medicamentos que tem em casa, seguindo palpites de amigos ou parentes, sem ter noção se eles podem realmente ser misturados”, descreve a coordenadora do Sinitox, Rosany Bochner.

Leia Mais

Imagem por ressonância pode apontar esteatose hepática

Pesquisa do professor Fernando Fernandes Paiva do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, em parceria com pesquisadores de universidades brasileiras e francesas, propõe o uso da imagem por ressonância magnética (IRM) como novo método para analisar a esteatose hepática, substituindo a tradicional técnica — biópsia hepática — e a Espectroscopia por Ressonância Magnética (ERM). O estudo é descrito no artigo Is MR spectroscopy really the best MR-based method for the evaluation of fatty liver in diabetic patients in clinical practice?, do qual Paiva é um dos coautores, publicado em novembro de 2014 no site Plos One. A esteatose hepática é uma doença causada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado.

Atualmente, uma das principais técnicas de análise da esteatose é a biópsia hepática, processo em que parte do tecido do fígado é extraída para avaliação do percentual de gordura. Além de ser um método invasivo — portanto, bastante incômodo para o paciente —, a biópsia verifica apenas uma determinada região do órgão, impossibilitando a avaliação de todo o acúmulo de gordura que se aloja em diferentes segmentos da glândula. Muitas vezes, essa metodologia fornece dados falso-positivos ou falso-negativos.

Leia Mais

Gestantes com planos de saúde buscam SUS para parto normal

O parto normal é o procedimento mais procurado no Sistema Único de Saúde (SUS) por usuárias de plano de saúde. Somente no período de 2008 a 2012, 96.223 mulheres que possuem convênio médico realizaram seus partos na rede pública. O dado é do mapeamento divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e pelo Ministério da Saúde sobre as operações de ressarcimento financeiro realizadas ao SUS pelas operadoras de planos de saúde. De acordo com a legislação, quando usuários de planos de saúde utilizam a rede pública, as operadoras precisam reembolsar o SUS pelo serviço.

Segundo as mães, esse fenômeno tem acontecido em virtude da dificuldade das gestantes em encontrar médicos na rede suplementar dispostos a realizar um parto normal. Atualmente, no Brasil, 84% dos partos realizados na rede privada são cesarianas. No SUS, esse índice é de 40%.

Leia Mais

Técnica permite identificação quase imediata da tuberculose

O exame para diagnosticar a tuberculose ficou 240 vezes mais rápido no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP), graças a uma técnica que permite a identificação, quase que imediata, da microbactéria causadora da doença. O tempo de análise passou de oito horas para apenas dois minutos por meio da tecnologia Point of Care Test (Poct).

O método tem a mesma lógica dos testes feitos para verificação do vírus HIV, com o uso da saliva. No caso da tuberculose, no entanto, a amostra usada na testagem rápida é colhida de uma cultura bacteriológica, por isso ainda há a necessidade de ser feito em laboratório.

Leia Mais

Desconhecido no Brasil, gás para aliviar dor do parto ganha força nos EUA

Estudo investiga situação da saúde do paulistano

Conhecer a situação da saúde da população da cidade de São Paulo, sob os mais diversos aspectos é o objetivo da terceira edição da pesquisa Inquérito Domiciliar de Saúde no Município de São Paulo (ISA Capital – 2014), iniciada em agosto de 2014 e que vem sendo realizada pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, em parceria com a Prefeitura do Município de São Paulo e com o Sistema Único de Saíde (SUS). Ao todo, serão realizadas 4.250 entrevistas domiciliares por meio de questionários realizados por uma equipe de 32 profissionais.

É importante que as famílias sorteadas recebam os pesquisadores. Eles chegam às residências devidamente identificados com crachá da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), com as logomarcas da Prefeitura, do SUS e da Coordenação de Epidemiologia e Informação (CEInfo) e carregam consigo um tablet. Por medida de segurança, a identidade do pesquisador pode ser confirmada por meio do site da prefeitura ou da USP, ou ainda pelo telefone  (11) 3397-2239.

Leia Mais