Monthly Archives: setembro 2014

Aparelho contra tabagismo é licenciado como remédio no Reino Unido

Um inalador de nicotina que se parece muito com um maço de cigarro tornou-se o primeiro produto do tipo a ser licenciado como medicamento no Reino Unido.

Isso permite que o Voke seja prescrito a pacientes que desejam parar de fumar. Ele ainda não está disponível, mas pode vir a ser vendido nos próximos meses.

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A herança escravista no trabalho doméstico

Agência FAPESP – A despeito de vários estudos realizados nas últimas décadas, a transição da escravidão para o trabalho assalariado no Brasil é um tema que ainda precisa ser esmiuçado. Que destinos tiveram os ex-escravos? Que novas relações de trabalho lhes foi possível estabelecer? Que profissões exerceram? Como conviveram com a chegada maciça de imigrantes europeus? Onde habitavam e em que condições?

Um novo livro, recém-publicado com apoio da FAPESP, ajuda a responder a perguntas como essas. Trata-se de Libertas entre sobrados: mulheres negras e trabalho doméstico em São Paulo (1880-1920), de Lorena Féres da Silva Telles.

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Uso inadequado do umidificador de ar pode agravar doenças respiratórias

Durante o clima seco é comum o uso de umidificadores de ar em casa e no ambiente de trabalho, porém o uso exagerado pode agravar a saúde principalmente das pessoas que têm problemas respiratórios. É o caso, da estudante Cassia Dantas, que há cinco anos sofre de sinusite, problema respiratório que piora ainda mais neste período.

A estudante utiliza o umidificador de ar em casa e sabe que o uso deve ser moderado.”Nessa época do ano a gente costuma ficar com a saúde até um pouco mais frágil, com uma tosse seca. Nesse tempo de muito calor e seca eu costumo utilizar o umidificador até porque eu sou alérgica, facilita bastante para mim e para meus irmãos também que são alérgicos. É um uso que não é frequente, só para aliviar mesmo, para não corremos riscos com outras questões”, conta Cássia.

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Universidade de Michigan quer aprender com a experiência brasileira dos bancos de leite humano

Descobrir como o Brasil tem sido tão bem sucedido com bancos de leite é o gol da pediatra americana Lisa Hammer, que junto com outros profissionais de saúde da Universidade de Michigan (UM), estiveram no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), entre os dias 25 e 29 de agosto. Este é um exemplo de inovação reversa, com parceiros internacionais da universidade, fornecendo modelos de sucesso que podem ser implantados no sistema de saúde da UM. O sistema de banco de leite humano brasileiro é o principal responsável por um declínio de 73% na mortalidade infantil nas últimas duas décadas.

Nos Estados Unidos, o sistema de banco de leite fica muito aquém da demanda e basicamente não é regulado. “Aqui o leite materno é vendido por U$ 4 por Oz (0.118 L). É uma barreira significativa e no Brasil essa barreira foi removida”, explica Lisa Hammer, uma das profissionais que estiveram no Instituto. Para a coordenadora de Produto e Qualidade da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano do IFF, Danielle Aparecida da Silva, os EUA têm um modelo que não tem a responsabilidade da amamentação, não tem a prática da amamentação, a não ser o dia a dia, e este foi o grande diferencial. “Saber como grande parte da população amamenta, como manter os níveis elevados e como a amamentação ajudou a diminuir a mortalidade infantil foi o que atraiu a atenção da UM. Consequentemente, eles se interessaram em como trabalhamos o leite humano como um fluido funcional. Eles vieram em busca de como manipular o alimento”, explica.

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Ministério da Saúde incorpora primeiro medicamento para sintoma do autismo

O Sistema Único de Saúde passará a oferecer o primeiro medicamento para tratar os sintomas do autismo. O medicamento, conhecido como Risperidona, será incorporado pelo Ministério da Saúde na rede pública e irá auxiliar na diminuição das crises de irritação, agressividade e agitação, sintomas comuns em pacientes com a síndrome. A estimativa é de que o tratamento esteja disponível para a população a partir do início de 2015 e que beneficie cerca de 19 mil pacientes por ano.

O autismo aparece nos primeiros anos de vida. Apesar de não ter cura, técnicas, terapias e medicamentos, como o Risperidona, podem proporcionar qualidade de vida para os pacientes e suas famílias. O autista olha pouco para as pessoas, não reconhece nome e tem dificuldade de comunicação e interação com a sociedade. Muitos pacientes apresentam comportamento agressivo, agitado e isso exige cuidado e dedicação permanente.

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‘Encontro com pacientes humaniza o pesquisador’, diz oncologista

Com o objetivo de conhecer e prestar contas a parte dos voluntários que contribuíram para pesquisas realizadas desde 2002, o grupo autodenominado Gencapo (Genoma do Câncer de Cabeça e Pescoço) – consórcio que reúne pesquisadores de diversas instituições – promoveu em 2013 o 1º Encontro com a Ciência. A experiência foi relatada em um artigo publicado este mês na revista The British Medical Journal (BMJ).

“Nosso objetivo era explicar o que tem sido feito com as amostras de sangue e de tumores doados pelos pacientes, bem como falar sobre as expectativas e as limitações das pesquisas em andamento”, contou Eloiza Helena Tajara, professora da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e coordenadora do Projeto Temático FAPESP que financia os trabalhos do grupo.

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Espécie do parasita é determinante na resposta imune à leishmaniose cutânea

Profissionais de saúde que atuam na região amazônica deparam-se frequentemente com pacientes com leishmaniose tegumentar (ou cutânea). Esses pacientes podem apresentar desde lesões na pele – que, em alguns imunologicamente resistentes, se curam de forma espontânea – até úlceras nas mucosas que atingem a cartilagem do nariz e o palato, além de nódulos e placas eritematosas infiltradas, incuráveis pelo corpo.

“Acompanhamos por mais de 20 anos um paciente com leishmaniose tegumentar cheio de lesões espalhadas pelo corpo que não curaram”, disse Carlos Eduardo Pereira Corbett, professor do Departamento de Patologia e chefe do Laboratório de Patologia de Moléstias Infecciosas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), à Agência FAPESP. “Nesse caso, indicamos ações paliativas, para que o paciente não sofra muito.”

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Novas formas sólidas podem aprimorar antidepressivos

No Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, pesquisa de mestrado de Paulo de Sousa Carvalho Júnior, sob orientação do professor Javier Ellena, desenvolve novas fórmulas sólidas para inibidores de recaptação de serotonina, fármacos utilizados no tratamento da depressão. A maioria dos antidepressivos atuais são pouco solúveis e estáveis. O pesquisador busca novas maneiras de obter formas sólidas dos compostos que formam os antidepressivos, por meio da caracterização de sais ou cristais que possam apresentar propriedades melhores do que os atuais.

Num contexto geral, a depressão é classificada em três níveis: sintomas, síndrome e doença. No terceiro nível, uma das principais intervenções é o uso de antidepressivos, que podem ser de dois tipos: triclínicos e inibidores de recaptação de serotonina (neurotransmissor responsável, entre outras coisas, pela regulação do sono, do humor e do apetite). Mesmo com efeitos colaterais em alguns casos, remédios baseados em inibidores de recaptação de serotonina são considerados menos prejudiciais ao organismo, e os mais indicados para depressão. Ao serem ingeridos, tais remédios atuam nas enzimas que promovem recaptação de neurotransmissores, incluindo a própria serotonina.

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Brincadeira reduz impacto do câncer em crianças

Na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, o faz de conta deixa de ser uma brincadeira e se torna um aliado no tratamento contra o câncer infantil. Os benefícios da prática foram comprovados pela pesquisa da terapeuta ocupacional Nathália Rodrigues Garcia-Schinzari.

Orientada pela professora Luzia Iara Pfeifer, o estudo contou com 15 crianças com idade entre 4 e 7 anos, diagnosticadas com câncer, que eram atendidas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP e, algumas, pelo Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Ribeirão Preto (GACC – Ribeirão Preto).

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Cientistas buscam alternativas para combater esquistossomose

No Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, cientistas trabalham com frentes alternativas para eliminar a esquistossomose, doença transmitida pelo Schistosoma mansoni, verme hematófago transmitido por caramujos Biomphalaria, que vive nas águas de rios, e que todos os anos causa milhares de mortes no mundo. No Grupo de Cristalografia do Instituto, a pesquisadora Ana Carolina Mafud pesquisa a bioprospecção de produtos naturais — a busca por produtos naturais que tenham atividade contra a doença — e o reposicionamento de fármacos, que consiste pesquisar em banco de dados moléculas já testadas e comercializadas contra qualquer doença e observar suas atividades no combate à esquistossomose. Ana Carolina é pesquisadora em estágio de pós-doutorado do IFSC, supervisionada pela docente Yvonne Mascarenhas.

“Em relação à bioprospecção, três candidatos já apresentaram resultados satisfatórios: jaborandi, louro e uchi-amarelo”, conta a cientista. Tais resultados, inclusive, serão apresentados por Ana na edição de 2014 do Simpósio Brasileiro de Química Medicinal. “Nessa frente de pesquisa, conto com a colaboração do pesquisador Josué de Moraes, que tem toda sua formação acadêmica na USP. Ele já passou pelo Butantã, Instituto Adolfo Lutz e, atualmente, é consultor de saúde pública na Câmara Legislativa do Estado de São Paulo, além de possuir um laboratório de pesquisa, o ‘Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas’, na Faculdade de Ciências de Guarulhos (FACIG), o que facilita a realização de ensaios in vitro e in vivo“, conta Ana Carolina.

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