Monthly Archives: agosto 2014

SONO: Dormir mal pode trazer problemas graves à saúde

A estudante Sheila Sousa  sofreu de insônia durante um ano. Ela conta que só conseguiu combater o problema depois que procurou orientação médica. “Dormia um pouquinho e acordava, não fixava a noite. Me sentia sensibilizada, chorava muito por causa disso. Inclusive com a medicação para o dia ajudava na questão do apetite. Inibia mais essa minha ansiedade pela comida, que e estava tendo, por conta da insônia. Foi um tratamento mesmo. Fui fazendo terapia, a depressão foi saindo e voltei a dormir bem”.

O otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa, Lucas Lemes, explica que, assim como Sheila, muitas pessoas que dormem mal acabam desenvolvendo problemas graves de saúde como obesidade, apneia e hipertensão. “Isso está cada vez mais sendo conhecido como mecanismos de doenças que podem ser favorecidas pela má qualidade de sono. As pessoas que dormem menos do que o necessário, ou que dormem mal, tem uma tendência, por exemplo, a ganhar peso. Outras doenças específicas favorecem a hipertensão arterial. Existem mecanismos que essa má qualidade do sono favoreça a uma elevação da pressão arterial sistêmica durante o dia”.

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Paciente com câncer recebe apoio do Instituto de Psicologia

O sofrimento associado ao diagnóstico do câncer extrapola os já conhecidos efeitos orgânicos dos tratamentos mais comuns da doença, como a quimioterapia – que provoca queda de cabelos, náuseas e dores. O paciente, e também seus familiares, enfrentam sentimentos de revolta, medo, insegurança e ansiedade que precisam ser levados em conta durante o processo de superação da doença, inclusive porque podem permanecer até mesmo após o fim do tratamento. É essa dimensão psicológica do câncer o foco da Psico-Oncologia e das atividades do Chronos, laboratório do Instituto de Psicologia (IP) da USP dedicado ao atendimento dessas pessoas por meio da psicoterapia.

No Chronos, sigla para Centro Humanístico de Recuperação em Oncologia e Saúde, mas também uma referência ao deus do tempo da mitologia grega, os especialistas que realizam o atendimento dedicam-se, igualmente, a conhecer a doença, e é isso o que diferencia o profissional da Psico-Oncologia. “Precisamos conhecê-la ao máximo, saber sobre os tratamentos e os efeitos colaterais”, explica Elisa Maria Parahyba Campos, professora do Departamento de Psicologia Clínica do IP e coordenadora do Chronos. O domínio dessas informações é importante pois cada tipo de câncer envolve determinadas características e reações, que podem influenciar o estado emocional dos pacientes. E ao lidar com os medos das pessoas, é preciso saber se eles são reais ou fantasiosos para poder orientá-las.

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Má conduta científica é um problema global, afirma pesquisador

Plágio, falsificação e fabricação de resultados científicos deixaram de ser problemas exclusivos de potências em produção científica, como os Estados Unidos, Japão, China ou o Reino Unido.

A avaliação foi feita por Nicholas Steneck, diretor do programa de Ética e Integridade na Pesquisa da University of Michigan, nos Estados Unidos, em palestra no 3º BRISPE – Brazilian Meeting on Research Integrity, Science and Publication Ethics, realizado nos dias 14 e 15 de agosto, na sede da FAPESP.

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Moscas varejeiras carregam alta porcentagem de bactérias que causam doenças em humanos

Cerca de 30% dos microrganismos encontrados em moscas varejeiras são capazes de causar doenças em seres humanos, revelou um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da PennState University, dos Estados Unidos, e da Nanyang Technological University, de Cingapura.

Entre as bactérias encontradas nos corpos dos insetos estavam a Yersinia pestis, causadora da peste bubônica, a Helicobacter pylori, associada ao surgimento de gastrite, úlcera e câncer de estômago, e diversas espécies que podem provocar gastroenterite, pneumonia e infecções urinárias.

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Técnica melhora qualidade do sêmen descongelado

Uma técnica desenvolvida no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia – Setor de Reprodução Humana da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP aumentou de 20 a 30% a motilidade progressiva (capacidade de se mover) do espermatozoide descongelado. A novidade é que os pesquisadores utilizaram um aditivo de origem vegetal, com grau de pureza acima de 99%, que associado a macromolécula proteica (carreador de lipídios), aumenta a proteção da membrana do espermatozoide durante a criopreservação. O aditivo pode ser aplicado tanto no congelamento de sêmen humano quanto de outros mamíferos.

A criopreservação de sêmen é muito empregada nas técnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial e fertilização in vitro, entre outros procedimentos. Ela consiste no congelamento do sêmen fresco para conservá-lo e ser utilizado posteriormente. Entretanto, durante o processo de congelamento e descongelamento ocorrem danos químicos e mecânicos na membrana do espermatozoide, que podem reduzir a motilidade e a funcionalidade.

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Estudo auxilia análise de dados estatísticos em medicina

Em sua tese de doutorado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, o pesquisador Emílio Augusto Coelho Barros trabalhou com um conjunto de técnicas estatísticas voltadas ao tratamento de dados que são interpretados, como o tempo de ocorrência de um evento qualquer. “Um tipo de informação bastante frequente em estudos médicos, em que este evento pode ser o óbito dos portadores de uma condição ou a recorrência de uma doença”, afirma.

Barros é o autor da tese Modelagem em análise de sobrevivência para dados médicos bivariados utilizando funções cópulas e fração de cura, defendida no dia 30 de julho sob a orientação do docente do Departamento de Medicina Social da FMRP, Jorge Alberto Achcar, professor colaborador junto ao departamento de Medicina Social da Faculdade. A tese é o o primeiro doutorado concluído no programa de Pós-Graduação em Saúde na Comunidade da FMRP.

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Programa incentiva estudos em hospitais universitários

Portaria interministerial assinada nesta quinta-feira (14) criou o Programa Ebserh de Pesquisas Clínicas Estratégicas para o Sistema Único de Saúde (EPECSUS). A iniciativa, parceria entre os ministérios da Saúde, da Educação e da Ciência Tecnologia e Inovação, vai estabelecer um modelo de gestão eficaz e seguro na realização de estudos com seres humanos em hospitais universitários federais ligados à Ebserh. O objetivo é incentivar e organizar uma rede de pesquisas clínicas de interesse do Sistema Único de Saúde. O programa entra em vigor em 60 dias.

O programa visa aprimorar o processo, desde a definição dos fluxos e responsabilidades, até a execução orçamentária dos projetos e o relacionamento com patrocinadores públicos e privados. A prioridade é motivar o crescimento dos estudos que não despertam tanto interesse do mercado, mas são fundamentais para o SUS e impactam diretamente a população brasileira. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, destacou que a institucionalização é um passo importante para potencializar as pesquisas clínicas no Brasil. “Temos uma preocupação muito grande que é o compromisso social, principalmente, com as doenças negligenciadas. Com esse programa, poderemos não só desenvolver linhas de pesquisa com alto poder de atração, mas também as que só serão realizadas a partir do nosso fomento”, disse.

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Células-tronco ajudam a entender evolução do cérebro de primatas

Entender o que ocorreu durante o processo evolutivo que conferiu ao cérebro humano poder cognitivo superior ao dos demais primatas é o objetivo de um grupo de pesquisadores do Salk Institute for Biological Studies, dos Estados Unidos.

Com auxílio da tecnologia que permite criar células-tronco pluripotentes induzidas (IPS, na sigla em inglês) a partir de células da pele e depois transformá-las em neurônios, os cientistas do grupo, liderados por Fred Gage, estão comparando o padrão de expressão dos genes no cérebro de humanos com o de seus parentes evolutivos vivos mais próximos: chimpanzés e bonobos. Também estão investigando como isso se reflete no desenvolvimento das células cerebrais.

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Descoberta abre caminho para nova geração de quimioterápicos

Um novo mecanismo de inibição do proteassomo – complexo proteico considerado um alvo terapêutico contra o câncer – é o tema de um artigo publicado na revista Chemistry & Biology. A primeira autora do trabalho é a brasileira Daniela Trivella, pesquisadora do Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBio/CNPEM).

Os resultados do estudo, feito com apoio da FAPESP e parceria de pesquisadores da University of California em San Diego, nos Estados Unidos, e da Technische Universität München, na Alemanha, abrem caminho para o desenvolvimento de uma nova geração de drogas quimioterápicas mais eficiente e menos tóxica.

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Saúde cria nova regulação para a produção nacional de medicamentos e equipamentos

O Ministério da Saúde coloca em consulta pública a portaria que estabelece os critérios para a realização das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP). É a consolidação de um novo marco regulatório adotado pelo governo federal na gestão dos acordos entre instituições públicas e privadas que visam produzir medicamentos, equipamentos e materiais estratégicos para o SUS. Entre os principais ganhos está o fortalecimento do monitoramento por parte do governo federal e a definição de prazos para as empresas apresentarem as propostas de transferência tecnológica.

“Estamos consolidando esta política em um único instrumento normativo e fortalecendo a segurança e a governança de todo o processo das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo. A portaria configura uma política de Estado, em que as decisões serão interministeriais”, afirma o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Atualmente, existem 104 parcerias em curso para a produção nacional de 97 insumos de saúde, envolvendo 19 laboratórios públicos e 57 privados. Desse total, 29 já possuem registro na Anvisa e 19 deles estão no mercado.

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