Monthly Archives: abril 2014

Revelação da orientação sexual tem relação com violência

Revelar a orientação sexual pode significar sofrer mais violência física, verbal e ameaças, no caso dos homens que fazem sexo com outros homens. Os locais em que eles mais se sentem discriminados são nos ambientes religiosos, na escola ou faculdade, nos círculos sociais próximos como amigos e vizinhos e no contexto familiar. Segundo o psicólogo Luiz Fabio Alves de Deus, autor da pesquisa na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP que estudou o assunto, a revelação é ainda mais difícil para aqueles que já sofrem algum outro tipo de preconceito na sociedade, como os negros.

Quase três quartos dos entrevistados que tinham a orientação sexual revelada em vários contextos já vivenciaram agressões verbais em decorrência de sua sexualidade. Esta também foi motivo para que 21% destes homens que fazem sexo com homens terem sofrido violência física. Dos entrevistados, 42% receberam ameaças de agressão por não seguirem os padrões da heteronormatividade. A pesquisa ainda constatou que, assim como a violência, a discriminação era maior quanto mais assumida a sexualidade estava.

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Pesquisa verifica sobrepeso em crianças menores de 3 anos

Uma avaliação nutricional de 358 crianças menores de 3 anos no município de Itupeva, no interior de São Paulo, revelou que quase um terço delas já apresenta excesso de peso, mas apenas 20% das mães têm a percepção do problema. Os dados ainda apontam evidências de atraso no desenvolvimento em 28% e anemia por deficiência de ferro em 38% das crianças avaliadas.

O levantamento foi realizado entre fevereiro e abril de 2013 por pesquisadores da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), coordenados pela professora Elizabeth Fujimori.

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Mudanças climáticas põem em risco segurança hídrica na América do Sul

As mudanças climáticas já observadas e as projetadas para as Américas do Sul e Central colocarão em risco a segurança hídrica das regiões e terão impactos diretos no abastecimento doméstico e industrial e em setores fortemente dependentes de água, como o de geração de energia hidrelétrica e a agricultura.

O alerta é do Relatório sobre Impactos, Adaptação e Vulnerabilidades às Mudanças Climáticas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), apresentado no dia 31 de março em Yokohama, no Japão, e em seguida no dia 1º de abril, na Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro.

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Pessoas vivendo com HIV são mais vulneráveis à tuberculose

A tuberculose é a principal causa de óbito entre os portadores do vírus HIV: eles têm 35 vezes mais chances de ter a doença do que a população em geral. O bacilo de Koch, que causa a tuberculose, se aproveita que o sistema responsável pela defesa do organismo esta afetado pela Aids e se manifesta. Os portadores do vírus HIV José Hélio Costalunga e Jair Brandão sentiram isso na pele e hoje trabalham na luta contra a Tuberculose e o HIV/Aids combatendo a co-infeção.

Ainda com 18 anos, em 1992, Jair Brandão de Moura Filho contraiu o HIV. De lá pra cá teve tuberculose quatro vezes. Jair explica que tratar uma co-infecção de tuberculose com Aids é mais complicado. “Tomar os medicamentos para a tuberculose mais os retrovirais é um desafio porque são muitos comprimidos. Os da tuberculose têm que tomar de jejum e os do HIV têm efeitos colaterais. E para juntar tudo isso a pessoa precisa de uma organização para não esquecer nenhum remédio”, comenta.

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Estudo avalia sensibilidade de protocolo na detecção de autismo

Um estudo em andamento no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP) busca avaliar se um instrumento conhecido como Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI) pode ajudar profissionais de saúde da atenção básica a identificar sinais iniciais associados a transtornos do espectro do autismo (TEA).

Resultados preliminares da pesquisa, coordenada pelo professor do IP-USP Rogerio Lerner no âmbito de um acordo de cooperação entre a FAPESP e a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV), foram apresentados durante o I Seminário de Pesquisas sobre Desenvolvimento Infantil, realizado em março na FAPESP .

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Cientistas brasileiros avançam no combate à doença de Chagas

Uma equipe de pesquisadores brasileiros acaba de conseguir avanços expressivos no desenvolvimento e otimização de um conjunto de inibidores potentes da enzima cruzaína de Trypanosoma cruzi, protozoário responsável pela doença de Chagas. Trata-se de um importante passo em direção ao desenvolvimento de um fármaco para o combate da doença, que é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das principais doenças tropicais negligenciadas.

Segundo o professor Adriano D. Andricopulo, do Laboratório de Química Medicinal e Computacional (LQMC) e do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar-CEPID/FAPESP) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), que coordena a equipe de cientistas, a enzima em questão é a principal cisteíno-protease do parasita. “Ela está envolvida em várias etapas do desenvolvimento do parasita, sendo considerada um alvo validado para o desenvolvimento de fármacos”, explica o professor.

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Adolescentes têm seu primeiro contato com bebida aos 13 anos

Pesquisa na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta o que muitos já desconfiavam: garotos têm 2,2 vezes mais chances de cometer exageros relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas se comparado a meninas. Participar de atividades de cunho religioso reduz consideravelmente as chances de consumo.

“A vontade de provar algo novo, sejam drogas lícitas ou ilícitas, é comum no universo dos jovens”, afirma a pesquisadora Efigenia Aparecida Maciel de Freitas, lembrando que o consumo de álcool apresenta consequências que vão desde episódios de exposição pessoal a tragédias como a morte.

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Escala melhora análise de risco de eventos cardioembólicos

A utilização da escala de CHA2DS2-VAS para identificar o risco de eventos cardioembólicos em pacientes com Fibrilação Atrial (formação de coágulos sanguíneos em cavidades cardíacas) proporciona melhores resultados na condução do tratamento e controle desses eventos, indicando os agravos associados à doença. É o que mostra um estudo descritivo realizado no Ambulatório de Anticoagulação do Centro de Saúde Escola (CSE) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

A Fibrilação Atrial é caracterizada por atividade elétrica cardíaca anormal associada a distúrbio de ritmo com tendência à formação de trombos (coagulação do sangue). Pessoas com a doença têm risco cinco vezes maior em desenvolver acidente vascular cerebral (AVC), além de infarto agudo do miocárdio e trombose venosa profunda.

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Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara debate acesso a medicamentos

O acesso a medicamentos essenciais a preços justos é uma luta enfrentada pelos países em desenvolvimento. Para discutir recomendações e ideias que garantam esse acesso como medida integral para a saúde como direito humano, a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara promoveu uma audiência nesta quinta-feira (3/4). Solicitado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o encontro também debateu o trabalho da organização Medicamentos para Doenças Negligenciadas. O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Jorge Bermudez, participou da audiência. Também foram convidados para o debate a diretora da Open Society Foundations, Els Torreele, o professor da University School of Law de Boston, Brook Baker, e a consultora independente Eloan Pinheiro. Estiveram presentes ainda o presidente da CSSF, deputado Amauri Teixeira  (PT-BA), e o presidente da Frente Parlamentar de Saúde, Darcisio Perondi.

O vice-presidente Jorge Bermudez lembrou que, há 15 anos, 39 empresas farmacêuticas moveram ações contra o governo na África do Sul pela quebra de patentes de remédios contra a Aids. “Foi um enfrentamento entre a indústria e a necessidade dos povos que precisam de remédios a baixo custo. Saúde versus comércio. E esse processo teve como referência a campanha HIV-Aids do Brasil e a forma de compra de remédios pelos SUS”, destaca Bermudez. Para ele, vivemos uma situação “dramática” no preço dos remédios. Ele diz que novos medicamentos contra o câncer são lançados com preço entre US$ 100 mil e US$ 400 mil. Para a hepatie C novas drogas custam US$ 84 mil. Por outro lado, se as patentes pudessem ser quebradas, os mesmos remédios poderiam ser feitos no Brasil por US$ 240.

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Organização Mundial da Saúde alerta para doenças transmitidas por vetores

Na segunda-feira, 7 de abril, comemorou-se o Dia Mundial da Saúde. Em 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou como tema central as doenças transmitidas por vetores. Com o slogan ‘Pequenas picadas, grandes ameaças‘, a OMS alerta para as doenças causadas pelos organismos que transportam vírus, parasitos e bactérias. “Devemos estar atentos ao movimento de emergência de novos padrões. Tratamos de agentes biológicos que estão em processo de evolução e adaptação às condições que nós criamos. E chamamos isso de antropização”, comentou o pesquisador da ENSP Paulo Sabroza.

Segundo o informe da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) para a data, as doenças de transmissão vetorial são responsáveis por uma alta carga de morbidade e mortalidade especialmente nos países mais pobres, causando ausência escolar, aumento da pobreza, diminuição da produtividade econômica e sobrecarga dos sistemas de saúde. Na Região das Américas, ainda de acordo com o texto, as doenças transmitidas por vetores de maior importância epidemiológica são a malária, dengue, doença de chagas, leishmaniose, filariose linfática, esquistossomose e tracoma.

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