Monthly Archives: abril 2014

AEME tem papel atuante para a dependência de crack

O crack é a mistura de pasta bruta de cocaína, bicarbonato de sódio e água. Ao fumarem a droga, os usuários inalam não apenas a cocaína, mas também a metilecgonidina (AEME), um sobproduto derivado da queima da droga. Pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP traz alguns resultados que ajudam a entender o papel que a AEME exerce nos mecanismos de dependência do crack e poderá ajudar na criação de novas estratégias para o tratamento do vício.

De acordo com o farmacêutico Raphael Caio Tamborelli Garcia, a cocaína inibe a recaptação da dopamina, neurotransmissor responsável por sensações como euforia, prazer e atividade motora. “O crack é uma das formas mais devastadoras de uso de cocaína, porque após o efeito desejado, que é a euforia, o usuário sente a necessidade de usar a droga de novo”, afirma. Ele explica que no ciclo normal do neurotransmissor, a dopamina ou é recaptada e volta para o ciclo, ou é metabolizada por enzimas após sua ação. “A cocaína impede essa recaptura”, diz. A pesquisa teve orientação da professora Tania Marcourakis, da FCF, e coorientação da pesquisadora Maria Regina Lopes Sandoval, do Instituto Butantan.

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Imagens podem influenciar os hábitos alimentares

Usando imagens de impacto e técnica de memorização, pesquisadoras do Curso de Nutrição da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP conseguiram, em apenas 60 dias, mudar alimentação de 100% das mulheres que participaram do estudo. Além disso, criaram um novo instrumento capaz de veicular mensagens para orientação alimentar e nutricional.

Estudos sobre métodos de educação em saúde mostram que o uso de imagens, associadas à informação escrita ou verbal, pode favorecer processos cognitivos, como atenção, memória e adesão às informações. Assim, a nutricionista Flávia Gonçalves Micali, decidiu testar o efeito dessa técnica em um grupo com 33 mulheres; 18 magras e 15 obesas, todas classificadas segundo o Índice de Massa Corpórea (IMC).

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Produtos naturais auxiliam no tratamento de doenças inflamatórias intestinais

Uma pesquisa realizada no Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), constatou a eficiência de produtos naturais derivados da flora brasileira no tratamento das doenças inflamatórias intestinais (DII), como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn. O estudo apresenta ainda novos marcadores moleculares que podem ampliar a compreensão que se tem dessas doenças, cuja etiologia ainda é desconhecida.

“Trata-se de um projeto que consideramos audacioso por estudar tanto a doença em si, priorizando alvos moleculares da ação de fármacos clássicos, como alvos farmacológicos para novos produtos, como as cumarinas naturais e algumas plantas medicinais”, disse Luiz Claudio Di Stasi, responsável pela pesquisa “Doença inflamatória intestinal (DII): novos marcadores moleculares e atividade anti-inflamatória intestinal de fármacos e produtos de origem vegetal”, realizada com apoio da FAPESP.

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Estudo mapeia resistência primária entre portadores de hepatite B

A hepatite B é considerada uma doença crônica possível de ser controlada com medicamentos. Ao longo do tempo, porém, a terapia tende a selecionar cepas de vírus resistentes às drogas usadas. O problema torna-se ainda mais grave quando o tratamento não é feito de forma regular e de acordo com os protocolos mais adequados.

Com o intuito de investigar a frequência de transmissão dessas cepas resistentes na população brasileira, pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (IMT-USP) e da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo (FMUSP), analisaram amostras de sangue de 702 portadores de hepatite B, de sete estados brasileiros, que nunca haviam sido tratados.

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Bactérias podem ser chave para perda de peso, diz estudo chinês

Na busca constante por soluções efetivas para o problema da obesidade, cientistas chineses estão estudando o impacto de certas bactérias sobre o peso da pessoa.

A equipe disse que alterar os tipos de bactérias encontradas nas vísceras pode trazer mais resultados do que simplesmente reduzir calorias.

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Sobrevivente de ebola descreve luta contra vírus que mata 90% de vítimas

Um sobrevivente, que pediu para não ser identificado, contou sua história à BBC. Nove pessoas de sua família contraíram o vírus. Apenas três sobreviveram. O ebola, que começa com uma febre alta e repentina, pode causar hemorragia interna e externa e leva a morte em até 90% dos casos. O vírus se espalha entre seres humanos por sangue infectado, fluidos do corpo ou, indiretamente, pelo contato com ambientes contaminados.

Mais de cem pessoas já morreram vítimas do vírus ebola na Guiné, país considerado o epicentro do atual surto da doença na África. Apesar de nem todos os casos terem sido confirmados por exames, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 208 pessoas contraíram o vírus e 136 pessoas morreram no país. O primeiro caso foi confirmado em março.

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Médicos alertam para perigo do uso da testosterona como elixir da juventude

O número de prescrições para suplementos de testosterona saltou em todo o mundo na última década. Mas há receios de que o medicamento esteja sendo usado mais do que necessário e não seja seguro para a saúde.

Há um ponto na vida de um homem em que ele começa a se sentir desanimado. Cansado, mal humorado, apático. Nos Estados Unidos, os canais de TV estão repletos de anúncios de homens bonitões de meia idade com cabelo grisalho, cansados demais para jogar basquete e impacientes até quando estão em um encontro romântico com uma linda mulher.

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Estudo investiga potencial de planta da Amazônia na luta contra a dengue

A dengue acomete milhares de pessoas todos os anos. Apenas em 2012, foram cerca de 600 mil casos da doença no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Apesar deste importante impacto epidemiológico, não existe um medicamento para tratamento específico para a dengue: estão disponíveis apenas ferramentas para tratamento dos sintomas, como a febre e a desidratação. Somando-se às diversas pesquisas em andamento no mundo na busca de um medicamento antiviral para a dengue, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) vem investigando o potencial terapêutico da Uncaria tomentosa, uma planta medicinal da Amazônia conhecida popularmente como unha-de-gato.

Os resultados mais recentes destes estudos, conduzidos pelo Laboratório de Imunologia Viral do IOC, foram apresentados na tese do biólogo Raimundo Sousa Lima Júnior, defendida no Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária do Instituto. Os dados obtidos por estudos in vitro corroboram resultados anteriores de pesquisadores do Laboratório de Imunologia Viral sobre o potencial da Uncaria tomentosa contra a dengue, que desde 2008 têm demonstrado sua ação na redução da carga viral e na melhoria da resposta imunológica. A principal novidade nos estudos realizados por Raimundo sob orientação da pesquisadora Claire Kubelka, chefe do Laboratório e líder das pesquisas sobre o tema, está no nível celular: foi observado que a Uncaria tomentosa atenua a permeabilidade de células infectadas com o vírus dengue, o que pode ser um efeito fundamental para evitar o agravamento da doença.

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Cientistas da USP criam versão transgênica do parasita da malária

Pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) desenvolveram uma versão transgênica do parasita causador da forma mais agressiva de malária humana – o Plasmodium falciparum– que poderá auxiliar na triagem de novos medicamentos contra a doença.

Os resultados da pesquisa – conduzida com apoio da FAPESP durante o doutorado de Lucas Borges Pereira – foram apresentados no dia 15 de abril no “Workshop at the Interface between Physics and Biology”, na sede da FAPESP, em São Paulo.

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Idosos com depressão têm pouco ômega-3 no organismo

Estudo realizado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP revela que idosos com depressão apresentam baixas concentrações de ômega 3 no organismo. A pouca quantidade desse ácido graxo nos participantes da pesquisa pode estar relacionada à falta de ingestão de alimentos ricos em ômega 3. Esta é a conclusão da nutricionista Marina Balieiro Cetrulo, autora do estudo.

A pesquisadora lembra que o déficit de ômega 3 em depressivos pode não estar associado só a ingestão alimentar, mas também à interação da dieta com o metabolismo e uma predisposição genética em incorporar ácidos graxos de forma distinta. “Fatores genéticos podem resultar em uma menor absorção celular de ômega 3, o que já foi demonstrado em modelos animais, onde a dieta pode ser rigorosamente controlada”, revela.

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