Monthly Archives: março 2014

Parceria busca reduzir mortalidade materna e perinatal

Reduzir a mortalidade materna e perinatal no mundo. É com esse objetivo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Departamento de Medicina Social (DMS), da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP firmaram parceria para o desenvolvimento e implementação do Projeto Better Outcomes in Labour Difficulty – Melhores resultados em dificuldades do trabalho de parto (BOLD).

A iniciativa, liderada pela OMS, por meio dos Departamentos de Saúde Reprodutiva e Pesquisa (RHR) e de Saúde Materna, Neonatal, Saúde da Criança e do Adolescente, além do DMS da FMRP, conta com a participação de instituições da Finlândia, Nigéria e Uganda. O lançamento oficial ocorreu na sede da OMS, em Genebra, na Suíça, nos dias 11 e 12 de fevereiro. Financiado e apoiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, a primeira fase do projeto já conta com US$ 3 milhões para o seu desenvolvimento.

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Biópsia de congelação auxilia diagnóstico do câncer de bexiga

Um exame de resultado rápido conhecido como biópsia de congelação pode tornar o diagnóstico do câncer de bexiga mais preciso e possibilitar o tratamento precoce de lesões invasivas, mostrou estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

A avaliação foi feita durante o doutorado do médico urologista João Alexandre Queiroz Juveniz com 131 portadores de carcinoma urotelial atendidos no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). A pesquisa foi orientada pelo doutor Alexandre Crippa Sant’Anna, coordenador do projeto “Análise de fatores prognósticos associados a recorrência do câncer de bexiga”, apoiado pela FAPESP.

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Incidência de leptospirose representa alto custo social para o Rio de Janeiro

Analisar o custo social dos casos de leptospirose ocorridos em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, em decorrência das chuvas extremas de janeiro de 2011. Esse foi o objetivo da dissertação do aluno do mestrado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Carlos Alexandre Rodrigues Pereira, cuja conclusão apontou que o custo pode ter variado, no mínimo, entre R$ 63.348,57 e R$ 269.190,27. “Isso significa que 52% do custo total ao Sistema de Saúde e 35% da perda de produtividade total da sociedade ocorreram entre os 177 casos que tiveram confirmação diagnóstica”, assegurou. A orientação do trabalho ficou a cargo da pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Martha Macedo de Lima Barata.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril que ocorre em países tropicais como o Brasil, país onde sua notificação é compulsória. Trata-se de uma zoonose de grande importância devido aos impactos sociais e econômicos negativos, relacionados a altas taxas de absenteísmos, elevado custo hospitalar, alta incidência e letalidade. Contudo, explica Pereira, o seu real impacto econômico, ou seja, seu custo social, ainda é pouco estudado no Brasil, onde a última avaliação realizada se referiu aos casos que evoluíram a óbito em 2007.

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Itaboraí apoia instalação de observatório da ENSP

A Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), por meio do Plano de Monitoramento Epidemiológico da Área de Influência do Comperj, e o município de Itaboraí avançaram nas negociações para a viabilizar o termo de cooperação que instalará um Observatório de Situação de Saúde no município. O observatório pretende analisar os impactos decorrentes da implementação do Comperj no município, por meio de um diagnóstico amplo dos aspectos locais relacionados à saúde, meio ambiente e desenvolvimento social, além da realização de seminários e cursos de capacitação para servidores municipais dessas áreas. O Plano de Monitoramento, coordenado pelos pesquisadores Luciano Toledo e Paulo Sabroza, já inaugurou o observatório nos municípios de Cachoeiras de Macacu e Guapimirim.
A reunião para traçar os detalhes finais do acordo ocorreu no início de fevereiro, em um produtivo encontro entre o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Social de Itaboraí, Audir Santana, e o coordenador geral do Plano de Monitoramento, Luciano Toledo. Com a instituição do termo de cooperação, Itaboraí contará pela primeira vez com um espaço físico da Fiocruz instalado na cidade. O município cederá o local adequado para o funcionamento do observatório e contribuirá para que os técnicos da Fiocruz tenham fácil acesso às comunidades e outros locais da cidade.
“Para nós, é de grande importância contarmos com essa parceria junto à Fiocruz, uma instituição altamente gabaritada, que nos ajudará a dar ainda mais qualidade às diversas políticas públicas implementadas em Itaboraí”, disse o vice-prefeito Audir Santana.Conforme definido no acordo, por meio da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, a Fiocruz apoiará o município no planejamento de ações voltadas às áreas de saúde e ambiente, além de dar suporte a oficinas de trabalho, seminários e cursos de capacitação técnica aos servidores públicos. A instituição também vai disponibilizar ao município de Itaboraí todos os dados obtidos ao longo da elaboração do Plano de Monitoramento Epidemiológico.“Já vínhamos atuando no último ano em Itaboraí, e temos de comemorar a instalação de um espaço físico no qual poderemos trabalhar em melhores condições na cidade”, disse Luciano Toledo. “Além de fazermos o levantamento e o diagnóstico da situação em Itaboraí, vamos capacitar 25 servidores municipais”, completou.

Parceria prevê desenvolvimento de curso de especialização
A atuação da ENSP no Comperj é uma das iniciativas do Laboratório de Monitoramento Epidemiológico de Grandes Empreendimentos da ENSP/Fiocruz (LabMep). As ações são voltadas para o acompanhamento dos agravos entendidos como sensíveis à população, entre os quais as transformações socioambientais, o aumento da violência, os acidentes de transporte, a ocupação dos espaços urbanos, o consumo de drogas e as consequências que um grande projeto de desenvolvimento pode trazer para a região. As ações do plano também incluem análise da transição demográfica e epidemiológica, dos determinantes das condições de vida e saúde presentes nos grupos sociais mais vulneráveis e dos componentes incapacidade para o trabalho e sofrimento.
Luciano Toledo destacou a profícua relação entre a ENSP e a Secretaria de Desenvolvimento Social de Itaboraí, que vem apoiando a viabilização das instalações do observatório no município, cedendo o espaço adequado para sua instalação. Outra iniciativa, segundo ele, envolve a elaboração de um curso de especialização com apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Itaboraí. “Estamos em fase avançada de negociação para implantação de um curso de especialização em Gestão Integrada da Atenção Básica e do Desenvolvimento Social. O Apoio do secretário municipal de saúde, Dr. Edilson Santos, tem sido estratégico para a viabilização desse curso”, garantiu.
A grande abrangência do Plano de Monitoramento resultou em um Programa de Desenvolvimento Científico da Fundação no entorno do Comperj, com atuação nas áreas de cooperação, ensino, desenvolvimento e inovação tecnológica em saúde. A ação da Fiocruz em Itaboraí conta, ainda, com o apoio do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que cederá estudantes no último período de formação para atuarem no plano.

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‘História, Ciências, Saúde – Manguinhos’ tem duas novas edições online

A revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos está com dois novos números disponíveis no portal Scielo. Além de um suplemento sobre divulgação científica, também está no ar uma edição com temática variada: aborda desde a origem das plantas transgênicas nos anos 1970 ao bioterrorismo, passando por assuntos como o discurso demófobo na classe política brasileira durante a Primeira República e sua influência no processo de transferência da capital do Rio de Janeiro para o centro do país.

O suplemento Ciência e seus públicos, editado por Luisa Massarani, traz uma série de análises sobre a repercussão de temas científicos nos veículos de comunicação em diversos períodos da História (leia a Carta do Editor). Um dos artigos analisou a Revista Popular, publicação editada entre 1859 e 1862, que desempenhou importante papel na difusão de informações sobre o delineamento de uma possível ciência nacional para um público mais amplo, externo aos círculos intelectuais.

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Chefe da saúde indígena cobra empenho de outros órgãos contra desnutrição

Após a BBC Brasil revelar que 419 crianças indígenas morreram por desnutrição no país desde 2008, o chefe do órgão federal responsável pela saúde dos índios cobrou maior empenho de outras áreas de governo para enfrentar o problema.

Responsável pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão subordinado ao Ministério da Saúde, o secretário Antônio Alves diz que a desnutrição entre os índios é um problema complexo, que “envolve o governo como um todo”.

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IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica/Saúde da Família começa nesta quarta-feira, 12 de março

Esta semana, Brasília vai sediar a IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica/Saúde da Família. O evento, que vai ser realizado entre os dias 12 e 15 de março, é organizado pelo Ministério da Saúde e tem mais de quatro mil relatos inscritos de todas as regiões do Brasil. Durante quatro dias, cerca de dez mil pessoas entre trabalhadores, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) vão trocar ideias e relatar as ações desenvolvidas nos serviços essenciais de saúde do SUS.

De acordo com o coordenador geral da Mostra Nacional de Atenção Básica, Felipe Cavalcanti, o diferencial desta quarta edição é a troca de experiências pela internet. “Porque a inscrição de experiências foi virtual e houve todo um processo de discussão virtual dessas experiências. A partir dessa discussão virtual, a gente já vê muita mudança de prática, as pessoas olhando o que outras pessoas estão fazendo para inspirar novos fazeres no seu dia a dia. E aí o evento é, digamos assim, um coroamento desse processo onde as pessoas vão se reunir e conversar, conhecer outras formas de fazer, coisas semelhantes para poder adaptar isso e aplicar a sua realidade”, explica o coordenador.

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Importação de vacina expõe dependência tecnológica

A epidemia global da influenza H1N1 (conhecida como “gripe suina”), em 2008 e 2009, teve seus efeitos previstos com antecedência pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que coordenou uma estratégia mundial de vacinação para prevenção da doença, seguida inclusive pelo Brasil. Porém, uma pesquisa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP mostra que o controle da doença evidenciou a depedência do País de vacinas e tecnologias de produção vendidas pelos grandes laboratórios farmacêuticos internacionais. A geógrafa Mait Bartollo, que realizou o estudo, recomenda que o Brasil aumente os investimentos nos institutos de pesquisa nacionais para poder produzir suas próprias vacinas.

O trabalho orientado pelo professor Ricardo Mendes Antas Júnior, da FFLCH, investigou o circuito espacial envolvido na produção, distribuição e consumo da vacina contra a influenza H1N1, e os agentes que participaram do processo, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), fabricantes de vacinas e, no Brasil, o Ministério da Saúde (MS) e as secretarias estaduais e municipais de saúde. “A pandemia teve início em 2008, no México, de onde se espalhou pelo mundo. De acordo com a OMS, foram registrados em 2009, 504 mil casos da doença e cerca de 6.300 mortes”, relata a geógrafa. “No Brasil, o MS tem registro de 44.544 casos e 2.051 mortes, em 2009 e 2010. Cabe lembrar que muitos países não possuem um sistema de saúde organizado, capaz de realizar de modo eficaz a notificação de casos da doença, o que torna os números da OMS subestimados, especialmente sobre a H1N1 na África e Ásia”.

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Família evita que adolescente grávida se sinta abandonada

A experiência de uma gravidez precoce, não planejada, muitas vezes gera angústia e conflitos para as adolescentes. Entrevistas realizadas após o parto reforçam a importância do apoio familiar e indicam a necessidade de melhorar o atendimento a adolescentes grávidas. A constatação é parte dos resultados de uma pesquisa desenvolvida na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP.

Segundo a enfermeira Lígia Gonzaga Ramos Laudade, autora da dissertação Maternidade na adolescência: Apoio social da família para o cuidado materno e autocuidado na perspectiva das adolescentes, a partir do momento em que a jovem conta com o respaldo da família, ela se responsabiliza, de fato, pelos cuidados do recém-nascido, e se mostra capaz de exercer a função de mãe. “Ela também percebe que deve se cuidar para que esteja bem e cuide, de forma satisfatória, do filho”, conta.

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Pós-doutorado em Arqueologia e em Etnologia com Bolsa da FAPESP

O Projeto Temático Jê Landscapes of Southern Brazil: Ecology, History and Power in a transitional landscape during the Late Holocene” apoiado pela FAPESP e desenvolvido no âmbito de um acordo de cooperação com os Conselhos de Pesquisa do Reino Unido, tem duas oportunidades de Bolsa de Pós-Doutorado para pesquisa no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP).

Uma delas é para atuar na área de Arqueologia. O bolsista administrará o banco de dados de informação geográfica (SIG) do projeto temático, que será montado a partir da consulta de projetos de arqueologia acadêmica e de arqueologia preventiva depositados no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Santa Catarina e a partir da alimentação de dados gerados pelo próprio projeto.

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