Monthly Archives: fevereiro 2014

Ministério da Saúde garante acesso ao diagnóstico do câncer de mama

Nesta quarta-feira (05), é comemorado o Dia Nacional da Mamografia. O exame é primordial na detecção precoce do câncer de mama e priorizado pelo Ministério da Saúde no Plano de Fortalecimento da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer, lançado em 2011, pela presidenta da república Dilma Rousseff. A estratégia de prevenção por meio de financiamento, campanhas de conscientização e da qualificação dos serviços de diagnóstico já apresenta crescimento de 30% na realização de mamografias na faixa prioritária – de 50 a 69 anos – na comparação de 2012 com 2010. Esses procedimentos somaram 2,3 milhões, contra 1,7 milhão neste período. No total, o número de exames realizados em todas as faixas etárias em 2012 atingiu a marca de 4,4 milhões, representando um crescimento de 25,4% em relação a 2010, quando foram feitos 3,5 milhões.

Em novembro de 2013, o Ministério da Saúde publicou a portaria 1.253, que traz novas regras de financiamento do procedimento. O texto define nova forma de financiamento do exame, estabelecendo o pagamento da mamografia de diagnóstico por Teto de Financiamento de Média Alta Complexidade, encaminhado aos estados mensalmente para o custeio de procedimentos. As mamografias de rastreamento na faixa prioritária seguem sendo pagas pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC).

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Falta de chuva afeta a capacidade da Amazônia de absorver carbono

A seca que atingiu a Bacia Amazônica em 2010 foi tão severa que comprometeu até mesmo a capacidade da floresta de absorver o excesso de dióxido de carbono (CO2), considerado o principal gás de efeito estufa. No ano seguinte, com chuva acima da média, a vegetação conseguiu não apenas absorver toda a emissão oriunda de processos naturais como também a resultante de atividades humanas, entre elas as queimadas.

Os dados são de uma pesquisa financiada pelo Natural Environment Research Council (Nerc), do Reino Unido, e pela FAPESP e foram divulgados na edição desta quinta-feira (06/02) da revista Nature.

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Fluoretação da água apresenta níveis adequados em SP

Na cidade de São Paulo, 54% das amostras de água fluoretada apresentaram benefício máximo contra a cárie dentária e 99% têm risco mínimo para a ocorrência de fluorose dentária. Os dados são apresentados em pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP realizada pelo cirurgião dentista Carlos César Soares, especialista em saúde coletiva. O pesquisador defende a necessidade de que os dados estejam a disposição de todos os cidadãos, em cumprimento à legislação de acesso à informação.

A pesquisa, orientada pelo professor Paulo Capel Narvai, da FSP, apresenta dados produzidos pelo sistema de vigilância da fluoretação da água no município de São Paulo, realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, entre 1990 e 2011. “Por ser pioneira nessa política de vigilância, a cidade de São Paulo possui o banco de dados mais extenso sobre a fluoretação no Brasil”, afirma Soares.  “O estudo utilizou critérios estabelecidos em um seminário realizado na FSP, em 2011, para avaliar os níveis de proteção contra cárie dentária proporcionados pela fluoretação das águas de abastecimento público, bem como os riscos de ocorrência de fluorose dentária, doença associada a ingestão de níveis elevados de flúor”.

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Consumir frutas do verão repõe sais minerais e ajuda a hidratar

O calor do verão requer uma maior atenção ao consumo de frutas. O Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda três porções, ou mais, de frutas diariamente. “No verão o consumo de frutas, verduras e legumes é ainda mais importantes, porque esses alimentos auxiliam na hidratação e reposição de sais minerais perdidos na sudorese”, explica a nutricionista Lorena Toledo Melo, da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde.

O Guia Alimentar recomenda que as pessoas optem por frutas da estação que, além de serem mais baratas devido a maior oferta, costumam estar em melhor estado de conservação. Variar nas frutas durante a semana ainda permite a ingestão de maior variedade de nutrientes. Segundo o Guia Alimentar, o consumo mínimo recomendado de frutas, legumes e verduras é de 400 gramas/dia para garantir 9% a 12% da energia diária consumida, considerando uma dieta de 2.000kcal.

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Estimulação cerebral pode ser alternativa a antidepressivos

Buscar um tratamento para o Transtorno Depressivo Maior (TDM), conhecido como depressão, sem uso de remédios. Esse é o objetivo de cientistas da USP que pretendem comparar se a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) e os antidepressivos têm efeitos semelhantes. A ETCC é uma técnica de estimulação cerebral não invasiva. Consiste na aplicação de uma corrente elétrica contínua de baixa intensidade no córtex cerebral, por meio de eletrodos implantados na cabeça, para aumentar a atividade elétrica de áreas do cérebro que são mais baixas em pessoas com depressão.

A pesquisa Escitalopram e estimulação transcraniana por corrente contínua no transtorno depressivo maior, que tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), é desenvolvida no Hospital Universitário (HU) da USP e envolve o Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e o Instituto de Psicologia (IP) também da USP.

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DST, Aids e Hepatites Virais em debate no Sudeste

A ampliação do tratamento da aids, o quadro local das DSTs e das hepatites virais e a situação destas doenças na região Sudeste serão os principais assuntos debatidos no fórum que será realizado em Belo Horizonte (MG), nesta terça e quarta-feira (5). O evento é promovido pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúdee tem objetivo de discutir com a sociedade civil os rumos da política de enfrentamento das DSTs, aids e hepatites virais nas diferentes regiões do país.

“Os encontros regionais nos mostram as diferenças de cada localidade e ajudam a detectar quais as melhores condutas para a prevenção e combate à aids e hepatites virais específicas para cada região”, explicou Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, na abertura do evento na manhã desta terça-feira (4). Além disso, o diretor ressaltou que o evento permite a reunião de “todos os atores da luta contra a aids, sejam da parte do Governo Federal ou da sociedade”. Isso reforça, segundo o diretor, a atuação mútua entre o poder público e a comunidade no combate e prevenção às DST, aids e hepatites virais.

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Jogo educativo aborda conceitos básicos sobre nutrição

Com o objetivo de transmitir noções sobre alimentação balanceada e ao mesmo tempo explorar as diferentes dietas que existem entre os animais, uma equipe formada por desenvolvedores de games e pesquisadores lançou em janeiro o jogo on-line Comilo-Saurus, também disponível para download no Google Play e em breve na Apple Store.

A iniciativa é do grupo Ludo Educativo, sediado na empresa Aptor Games, em São Carlos, e resulta da parceria entre o Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiados pela FAPESP, e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN/CNPq), com participação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

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Ministério da Saúde lança diretriz voltada à pessoa com doença rara

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta quinta-feira (30) portaria que cria a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no Sistema Único de Saúde (SUS). Construída diretamente com a participação da sociedade civil e de especialistas, a iniciativa coloca o Brasil como um dos poucos países a ter uma política nesse sentido. Entre os avanços está a organização da rede de atendimento para diagnóstico e tratamento para cerca de oito mil doenças raras existentes, que passam a ser estruturadas em eixos e classificados de acordo com suas características. Também estão sendo incorporados 15 novos exames de diagnóstico em doenças raras, além da oferta do aconselhamento genético no SUS, e o repasse de recursos para custeio das equipes de saúde dos serviços especializados. Para isso, o Ministério da Saúde investirá R$ 130 milhões.

Para o ministro da Saúde, a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, que prevê a inclusão de serviços para a assistência de pessoas com doenças raras, “não só representa um avanço nos cuidados com esses pacientes e na redução do sofrimento de seus familiares, como provocará uma grande mudança no SUS”. De acordo com Padilha, a saúde pública terá que se organizar e humanizar seu atendimento, o que vai impactar no atendimento de todos os pacientes na saúde pública. “A Política vai mudar não só a vida de quem vive com doenças raras e de seus familiares, como dos 200 milhões de brasileiros que dependem do Sistema Único de Saúde. Os profissionais terão que aprender a lidar com essa questão, os serviços de atendimento terão que se reorganizar e haverá a ampliação da atual estrutura”, disse.

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Dietas hipocalóricas têm redução de peso semelhante

A dieta de baixa caloria (hipocalórica) tradicional e a baseada no sistema de pontos apresentaram resultados semelhantes na redução de peso em adolescentes obesos, como mostra pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). O estudo envolveu 66 jovens residentes na cidade de São Paulo, que foram avaliados pela nutricionista Mara Della Santa Dovichi Mendes. A redução do peso foi progressiva e significativa nas duas dietas. O número de pacientes que concluíram o tratamento foi maior entre os adolescentes que seguiram a dieta tradicional.

A variação de peso medida por meio do escore Z do Índice de Massa Corporal (ZIMC) foi avaliada durante seis meses (oito visitas) em consultas quinzenais no primeiro mês e mensais a partir do segundo mês. “Os pacientes foram divididos em dois grupos, sendo que 31 foram submetidos a orientação de dieta hipocalórica tradicional (Grupo A) e 35 foram orientados a seguir o sistema de pontos (Grupo B)”, conta Mara. “O estudo envolveu adolescentes de 13 anos de idade com ZIMC superior a 3, ou seja, apresentando um grau bastante acentuado de obesidade e circunferência abdominal.”

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Programa incorpora dimensão espiritual a tratamento médico

Embora trabalhe diariamente com a questão da saúde humana, o que com frequência é sinônimo de lidar com o sofrimento alheio, a dor e a morte, o exercício da medicina e a formação na área raramente levam em consideração aspectos como religião e espiritualidade no contato com os pacientes. Mas para o psiquiatra Frederico Camelo Leão, independentemente das crenças pessoais do médico, ele deve estar preparado para lidar com a dimensão espiritual. “O paciente demanda isso”, afirma o pesquisador do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

No Instituto, Leão coordena o Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (ProSER), iniciativa que busca compreender a relação entre esses três fatores a partir de atividades de pesquisa, ensino e assistência terapêutica. Segundo o médico, a complexidade do ser humano e a saúde mental vão muito além das questões neuroquímicas — e é essa premissa que guia o programa.

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