Monthly Archives: janeiro 2014

Sobrepeso pode contribuir para aumento da inflamação durante a gravidez

Ao engravidar, mulheres obesas ou com sobrepeso apresentam maior risco de desenvolver complicações como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. Uma pesquisa recentemente concluída na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com apoio da FAPESP, oferece pistas para entender por que isso ocorre.

Por meio da análise de amostras sanguíneas de quase 200 gestantes, os pesquisadores concluíram que o sobrepeso está associado a alterações significativas nos níveis de duas substâncias secretadas pelo tecido adiposo – adiponectina e leptina – que podem contribuir para o aumento do grau de inflamação sistêmica.

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Incor desenvolve dispositivos de assistência cardíaca para crianças

Crianças em estágios avançados de insuficiência cardíaca e na fila por um novo coração nos hospitais do país poderão receber, nos próximos anos, um coração “extra” para suportar o tempo de espera até a chegada de um doador.

Pesquisadores do Instituto do Coração (Incor) estão desenvolvendo Dispositivos de Assistência Ventricular (DAVs) capazes de servir de “ponte” enquanto os pacientes pediátricos aguardam o transplante. Um dos aparelhos, voltado a crianças com até 15 quilos, deverá entrar em fase de testes clínicos no Incor já nos próximos meses.

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Prescrição de medicamentos por farmacêuticos é contestada na Justiça

Um embate entre entidades médicas e farmacêuticas teve início com a publicação, no Diário Oficial da União, da Resolução nº 585 do Conselho Federal de Farmácia (CFF). O texto determina que farmacêuticos poderão prescrever remédios vendidos sem receita, a exemplo dos analgésicos e antitérmicos, além de produtos com finalidades terapêuticas. A medida regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e reforça o papel desse profissional no cuidado direto ao paciente, estabelecendo que ele poderá tratar transtornos menores, como uma dor de cabeça ou uma diarreia, com uma espécie de receituário com indicação por escrito com instruções de uso. A revista Radis (edição número 135) traz na reportagem Prescrição farmacêutica na berlinda mais imfornações sobre o debateAcesse a íntegra do texto.

De acordo com a decisão, o farmacêutico (não o balconista de farmácia) também poderá fazer a anamnese farmacêutica e verificar sinais e sintomas do paciente, realizar a consulta em consultório farmacêutico ou em outro ambiente adequado que garanta a privacidade do atendimento e ainda participar e promover discussões de casos clínicos de forma integrada com os demais membros da equipe de saúde. Pela resolução, fica determinado que essas atribuições são prerrogativas exclusivas do farmacêutico legalmente habilitado e registrado no Conselho Regional de Farmácia (CRF) de sua jurisdição.

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Automedicação pode ter consequências irreversíveis

Usar um remédio sem falar antes com o médico pode ter consequências sérias. A opção, apesar de ser mais rápida e simples do que marcar uma consulta médica, pode mascarar um problema de saúde e causar efeitos colaterais graves ou, até mesmo, irreversíveis. “Na dúvida, toda dor precisa ser acompanhada por um médico. Infelizmente, é comum as pessoas se medicarem quando o sintoma parece inofensivo. Mas um órgão dolorido é o primeiro sinal de uma doença e, se a dor persiste, é fundamental procurar auxílio médico”, explica Newton Barros, chefe de serviços de dor e cuidados paliativos do Hospital Conceição(RS).

Para evitar a automedicação, providências foram tomadas. Hoje, muitos remédios têm a venda controlada e somente realizada mediante a apresentação de receita médica. “A automedicação é problema de saúde pública. Por isso, existe uma série de campanhas para combater o uso indevido de medicamentos. Nenhuma dor deve ser menosprezada. Elas avisam quando algo está errado em nosso corpo. A dor ameaça a qualidade de vida da população e, muitas vezes, as pessoas utilizam uma fórmula arriscada, a automedicação, para conviver com essas dores”, alerta.

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Inscrições para Semana Nacional de Humanização do SUS vão até 30 de janeiro

A Política Nacional de Humanização do SUS foi criada em 2001 para qualificar as relações entre pacientes e profissionais da área da saúde. Para comemorar os 10 anos da estratégia, o Ministério da Saúde vai promover em abril a primeira Semana Nacional de Humanização. O evento será realizado em diferentes cidades brasileiras. Estados e municípios, gestores, trabalhadores, usuários e movimentos sociais podem participar, inscrevendo ações de sucesso que foram desenvolvidas para a humanização do SUS.

O coordenador da Política Nacional de Humanização do SUS, Rodrigo Nunes Oliveira, explica que o objetivo é compartilhar as ações que são exemplos de atendimento na rede pública de saúde. “A ideia é que a gente consiga dar visibilidade para essas ações que os estados e os municípios estão fazendo para qualificar a atenção e o acesso, aí as atividades a gente quer produzir, dar visibilidade durante a semana e ser um grande momento de mobilização pró-sus que a gente possa dar visibilidade, principalmente, aquilo que dá certo, para aquilo que tem avançado, além de problematizar as dificuldades”, afirma o coordenador.

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Ministério da Saúde recebe primeiro lote da vacina contra HPV

O Ministério da Saúde recebeu o primeiro lote da vacina contra o papiloma vírus (HPV), com quatro milhões de doses, que serão distribuídas gratuitamente na Campanha de Vacinação deste ano, em março, no Sistema Único de Saúde(SUS). O insumo, que previne contra o câncer de colo de útero, será aplicada gratuitamente em meninas de 11 a 13 anos em 2014 e, a partir do ano seguinte, será ofertado também para meninas de 9 e 10 anos. O Ministério da Saúde investiu R$ 465 milhões na compra de 15 milhões de doses da vacina para este ano, quantidade suficiente para que 5 milhões de pré-adolescentes sejam imunizadas. É a primeira vez que a população terá acesso gratuito, em nível nacional, à vacina contra o HPV.

“O dia de hoje marca dois passos importantes na história da saúde pública. O primeiro é a proteção de futuras mulheres, e consequentemente também homens, contra uma doença sexualmente transmissível. Por meio da campanha de vacinação, vamos iniciar um processo de conscientização e orientação sexual para essas meninas que ainda vão iniciar a vida sexual. O segundo passo importante é a redução dos gastos da população na área da saúde: ao ter acesso gratuito à vacina contra o HPV no SUS, as famílias vão deixar de gastar R$ 1 mil reais na rede privada na compra de três doses para proteger suas filhas contra um problema sério e grave, o câncer de colo de útero, que em algumas regiões do país é a principal causa de morte entre as mulheres”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta sexta-feira (10), no Instituto Butantan, em São Paulo.

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Artigo avalia farmácias hospitalares no Rio de Janeiro

Farmácias hospitalares são unidades de caráter clínico e assistencial de um hospital. Elas têm capacidade administrativa e gerencial, sendo um dos setores mais importantes do hospital, e também são responsáveis pela provisão segura e racional de medicamentos. Em uma avaliação destes serviços em seis hospitais do Rio de Janeiro, os resultados encontrados foram preocupantes. A afirmativa foi divulgada no artigo Avaliação dos serviços de farmácia dos hospitais estaduais do Rio de Janeiro, Brasil, que tem como autoras as pesquisadoras do Núcleo de Assistência Farmacêutica da ENSP (NAF), Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro e Maria Auxiliadora Oliveira.
Além de Maria Auxiliadora e Claudia, o artigo teve a colaboração dos pesquisadores Mario Jorge Sobreira da Silva, do Instituto Nacional de Câncer e Rachel Magarinos-Torres, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O trabalho aponta que entre os principais resultados encontrados, a avaliação do desempenho mostrou que apenas uma unidade realizava a contento as atividades de gerenciamento e programação. Outra questão importante é que das seis analisadas, quatro executavam inadequadamente a aquisição de medicamentos. Os piores resultados de desempenho nos seis hospitais estudados foram relacionados ao componente armazenamento. Já os melhores se referem à atividades de distribuição, afirma o texto.
Este estudo foi dividido em três etapas. Para a realização da avaliação normativa foram empregados 62 indicadores de estrutura e processo, que permitiram verificar a adequação das atividades da farmácia hospitalar, descreve o artigo. De acordo com o texto, em seguida, os serviços foram estratificados por nível de complexidade do hospital. Em cada estrato foi aplicado um algoritmo de pontuação escalonada de acordo com as atividades executadas.
Depois deste processo, os hospitais foram hierarquizados em cada estrato, sendo escolhidos para o estudo de casos múltiplos o pior e o melhor serviço de cada nível de complexidade, perfazendo, assim, um total de seis unidades a serem avaliadas. Em cada uma das unidades integrantes da avaliação foram aplicados 16 indicadores de resultados. Os dados foram analisados por síntese de casos cruzados.
No artigo, os autores defendem que, atualmente, espera-se que o serviço de farmácia contribua diretamente para os resultados da assistência prestada aos pacientes e não atue apenas nas atividades de provisão de produtos e serviços. Para isto, é essencial que a estrutura da farmácia seja adequada e os procedimentos operacionais bem definidos.
Segundo o texto, nas unidades avaliadas havia ausência quase completa de planejamento por objetivos e metas, e também, de manual de normas e procedimentos. Os autores asseguram que o desenvolvimento de práticas de gestão da qualidade depende de uma estrutura organizacional que viabilize as ações do serviço e que demandem procedimentos bem definidos, atividades integradas e busquem de maneira permanente a melhoria de processos e resultados.
Núcleo de Assistência Farmacêutica
Núcleo de Assistência Farmacêutica da ENSP foi credenciado, em 1998, como Centro Colaborador da Organização Panamericana de Saúde, da Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) para políticas farmacêuticas. Isto foi resultado do seu desempenho como centro produtor de conhecimento e informações técnico-científicas essenciais para alimentar os processos de tomada de decisão nas diferentes arenas nacionais e internacionais envolvidas nas etapas de formulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas que visam expandir o acesso da população aos medicamentos essenciais.
Além de trabalhar em estreita colaboração com as três esferas de governo, no sentido de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), o NAF desenvolve projetos com países da América Latina e do Caribe e com diversos países africanos, particularmente os de língua portuguesa e espanhola.
O artigo Avaliação dos serviços de farmácia dos hospitais estaduais do Rio de Janeiro, Brasil foi publicado na edição de dezembro de 2013 (vol. 18, n. 12) da revista Ciência & Saúde Coletiva está disponível on-line.

Inscrições abertas: unidades da Fiocruz publicam editais para pós e cursos diversos

Programas de ensino de várias unidades técnico-científicas da Fiocruz divulgaram seus editais para seleção de candidatos para as turmas de 2014 e estão com inscrições abertas. As unidades desenvolvem programas de pós-graduação stricto sensulato sensu, e de educação profissional, nas modalidades presencial e a distância.

Para os interessados em história das ciências e da saúde, a Casa de Oswaldo Cruz (COC) recebe inscrições para o curso de especialização em divulgação da ciência, com prazo para o dia 21 do mesmo mês.

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Suicídio deve ser tratado como questão de saúde pública, alertam pesquisadores

Ao ano, quase um milhão de pessoas morrem em decorrência de suicídio. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ato está entre as dez causas de morte mais frequentes em muitos países do mundo. No Brasil, são registradas 10 mil mortes por ano, com uma taxa de 4,8 a cada 100 mil habitantes, em 2008. Depois destes dados, podemos pensar o suicídio como uma questão de saúde pública? Especialistas na área de saúde mental defendem que sim. E acreditam que esses números podem diminuir se aumentarem os debates sobre o assunto. É o que faz a Fiocruz, por meio de pesquisas, projetos e capacitações. Profissionais de diversas áreas buscam desmitificar esse tabu e oferecer um melhor acolhimento a quem busca ajuda no Sistema Único de Saúde.

A troca de informações sobre suicídio pode ser muito útil para diminuir esses índices. A OMS estima que 90% dos casos podem ser evitados quando há oferta de ajuda. Em geral, seis meses antes de consumar o ato, pessoas com pensamentos suicidas procuram ajuda com profissionais, em especial em clínicas médicas. Esta constatação, feita pelo Grupo de Pesquisa de Prevenção do Suicídio (PesqueSui/Icict/Fiocruz), questiona o atendimento primário à saúde. “Quem já tentou o suicídio tem um risco ainda maior. Toda tentativa precisa ser olhada com atenção”, diz a psicóloga Clarice Moreira Portugal, pesquisadora no grupo.

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Nitrato compromete a qualidade dos aquíferos paulistas

Desde 2001, um grupo de cientistas do Centro de Pesquisas de Água Subterrânea (Cepas) do Instituto de Geociências (IGc) da USP tem desenvolvido pesquisas ligadas ao projeto Nitrato nas águas subterrâneas: caracterização do problema e subsídios a políticas públicas de planejamento territorial em cidades de São Paulo e os resultados mostram a crescente contaminação dos aquíferos por infiltração do esgoto urbano.

Ingestão de nitrato reduz a capacidade de transporte de oxigênio do sangue

“Em locais onde não há saneamento, a contaminação ocorre pelas fossas ‘sépticas e negras’, já nas áreas com redes de esgoto o problema são os vazamentos. As redes são antigas e não passam por manutenção periódica. A presença do nitrato em áreas urbanas com rede de esgoto não era esperada de forma tão intensa”, afirma o professor Ricardo Hirata.

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