Monthly Archives: janeiro 2014

Pesquisa analisa suicídio de mulheres idosas no Brasil

Violência de gênero e intrafamiliar, sofrimento por perdas de pessoas referenciais e da função tradicional, como esposa e mãe, e depressão são os principais fatores associados ao suicídio de idosas no Brasil. Esses são os resultados apontados pelo Estudo compreensivo sobre suicídio de mulheres idosas de sete cidades brasileiras, publicado na última edição da revista Cadernos de Saúde Pública. O artigo, desenvolvido pela coordenadora do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/ENSP/Fiocruz), Cecília Minayo, e pela professora da Universidade Veiga de Almeida (UVA), Fatima Gonçalves Cavalcante, faz parte de uma pesquisa multicêntrica realizada no Brasil, que analisou 51 casos de suicídio de idosos. Nela, buscou-se aprofundar 11 casos relativos às mulheres.

De acordo com as autoras da pesquisa, o suicídio é um ato deliberado de infligir a morte a si próprio. Os riscos para esse tipo de óbito incluem fatores biológicos, psicológicos, médicos e sociais, segundo a Organização Mundial da Saúde. O estudo em questão trata, especificamente, e do ponto de vista qualitativo, do suicídio consumado de mulheres idosas. Os dados foram recolhidos por meio de autópsias psicossociais, um tipo de estudo retrospectivo que reconstitui o status da saúde física e mental e as circunstanciais sociais das pessoas que se suicidaram, a partir de entrevistas com familiares e informantes próximos às vítimas.

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Projeto de plataforma integra análises de clima, meio ambiente e saúde pública

Um projeto de cooperação entre o Reino Unido e o Brasil, elaborado pela Universidade de Exeter, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Fiocruz, implantará a ferramenta Plataform for Understanding Long-Term Sustainability of Ecosystems and Health (Pulse) no estado do Acre. A Pulse permite a geração de análises integradas entre clima, meio ambiente e saúde pública, proporcionando maior entendimento e previsibilidade no que se refere às mudanças climáticas em andamento, alteração de ecossistemas e incidência de doenças tropicais. Na Fiocruz, o projeto é coordenado pelos pesquisadores Sandra Hacon, Christovam Barcellos, Marco Horta e tem a participação de bolsistas e alunos de mestrado e doutorado do Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp).

O Pulse é uma plataforma on-line que permite visualização integrada de dados de clima, meio ambiente e saúde humana. Gratuito, o sistema fará parte de um projeto que executará análises acuradas nos próximos três anos, sendo adaptado às contingências do território acreano, primeiro estado brasileiro a usar uma plataforma.

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Especialista tira dúvidas sobre teste da linguinha em recém-nascidos

A obrigatoriedade do teste da linguinha em recém-nascidos, usado para diagnosticar a chamada língua presa, tem dividido a opinião de especialistas. A proposta de lei já passou na Câmara e está no Senado. De acordo com ela, o exame, que verifica se há uma alteração no frênulo (membrana que conecta a língua ao assoalho da boca), deve ser realizado por profissionais de saúde em todas as maternidades no país.

O projeto de lei foi criado em decorrência do atendimento de crianças mais velhas com problemas de fala por falta de diagnóstico precoce. Porém, para alguns especialistas, a obrigatoriedade do teste pode levar a despesas desnecessárias, uma vez que ele já faz parte da rotina de pediatras. Ainda segundo esses profissionais, a correção na membrana pode ser feita mais tarde, pois são raros os casos de problemas na amamentação decorrentes da língua presa.

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Estudo aponta problemas na gestão nacional de resíduos

Com o objetivo de estudar o Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos (CNORP) enquanto um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o pesquisador Gilberto Werneck elaborou sua dissertação de mestrado em Saúde Pública na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Para ele, sem a aprovação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, muitas das ações de implementação da PNRS estão paradas, e as diretrizes, estratégias e metas ainda não podem ser executadas plenamente.

“Espera-se que os estados desenvolvam um papel importante colaborando com a União no apoio à capacitação e colaboração técnica, para que os municípios avancem no estabelecimento e desenvolvimento de seus planos de gestão integrada de resíduos sólidos e, em particular, dos sistemas municipais de informação integrados ao Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos”, sugeriu o estudante. De acordo com Werneck, tal iniciativa permitirá avançar mais rápido na obtenção das informações necessárias à caracterização e acompanhamento da evolução da situação dos resíduos sólidos em cada município e estado.

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Censo vai mapear o tracoma em áreas de risco em Pernambuco e Tocantins

O tracoma, uma doença negligenciada que pode provocar a cegueira, vai ser alvo, em 2014, de um grande censo em áreas de risco social dos estados de Pernambuco e do Tocantins. A pesquisa, coordenada pela Fiocruz Pernambuco, começará nos dias 23 e 24 de janeiro, percorrendo um trecho da Ilha Joana Bezerra, situada no bairro do Coque, no Recife (PE).

O estudo Situação do tracoma em áreas de risco epidemiológico na população brasileira vai mapear a situação, realizar exames, diagnóstico e tratamento. Desenvolvido em colaboração com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, o censo busca apoiar as atividades do Plano Nacional de Eliminação do Tracoma como Causa de Cegueira. O plano brasileiro segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que estabeleceu o ano de 2020 como meta para a eliminação da doença como causa de cegueira no planeta, mas antecipa esse prazo para 2015.

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Campanha de combate a hanseníase deste ano inclui orientações aos profissionais de saúde

A Campanha “Hanseníase tem Cura“, do Ministério da Saúde, lançada nesta terça-feira (14), irá promover ações educativas para a população sobre tratamento e prevenção. Este ano, a campanha também será direcionada para os profissionais de saúde. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a orientação aos profissionais é importante porque muitos deles nunca tiveram contato com um paciente com hanseníase.

“Em alguns estados do Brasil a chance de um estudante de medicina, hoje, ver um caso de hanseníase já é muito baixa. Então a gente também tem um material para profissional de saúde, chamando a atenção, e nós também vamos estar lançando, já, um treinamento de ensino à distância para profissionais de saúde para apoiar o diagnóstico da hanseníase”, afirma o secretário. A principal ação da campanha direcionada aos profissionais de saúde será o envio de e-mails com orientações sobre como diagnosticar e tratar a hanseníase.

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Prática escolar pode promover respeito às diferenças

Na Faculdade de Educação (FE) da USP, pesquisa da pedagoga Ana Paula Sefton investigou uma proposta de prática docente e escolar que acolhe as diferenças de gênero e de sexualidade. A partir da análise do contexto de uma escola de ensino fundamental particular em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), o trabalho identificou condições que pudessem gerar a transformação das disposições culturais de gênero e sexualidade por meio das relações sociais entre professores, gestores, alunos e familiares. O estudo procurou mostrar como a prática docente, interpelada por um ambiente escolar favorável, embora imersa em uma sociedade sexista, tem condições de levar uma socialização para o convívio das diferenças.

“Em geral, a sociedade na qual vivemos é pautada em preceitos do patriarcado, que resultam em representações pré-definidas de como devem ser e atuar homens e mulheres em sociedade, sem considerar que tais pensamentos foram e são construídos socialmente a partir de interesses e de jogos de saber e de poder”, aponta Ana Paula. “A escola analisada apresenta práticas educativas e um ambiente de condições favoráveis para o questionamento das disposições de cultura sexistas e homofóbicas em prol do acolhimento às diferenças, sejam na relação da pessoa com ela mesma ou com as demais em sociedade.”

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Ingestão de folato na dieta de gestantes é inadequada

O folato é uma vitamina do complexo B essencial durante a gestação, pois previne diversos efeitos adversos na saúde materno-infantil. No entanto, pesquisa da Faculdade Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP com 82 gestantes, usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) em Ribeirão Preto (interior de São Paulo), mostra que a ingestão dietética da vitamina não atingiu as necessidades nutricionais estabelecidas para o nutriente. O estudo foi realizado pela nutricionista Lívia Castro Crivellenti, com orientação da professora Daniela Saes Sartorelli, da FMRP.

O folato pode ser encontrado naturalmente nos alimentos, como vegetais folhosos verde- escuros, feijões, grão de bico, frutas cítricas, fígado entre outros, e na sua forma sintética, denominada ácido fólico, que é utilizada nos suplementos vitamínicos e nos alimentos fortificados. “Esta vitamina exerce papel fundamental nas reações do metabolismo do carbono que estão envolvidas na síntese de DNA e divisão celular”, aponta a nutricionista. “O consumo deficiente de folato na dieta de gestantes pode afetar a saúde das mães e dos bebês, resultando em efeitos indesejáveis, como maior risco de anemia materna, pré-eclâmpsia, baixo peso ao nascer, parto prematuro e alterações cromossômicas”.

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Bancos de Leite Humano precisam de doações

O estoque de leite materno está em baixa no Centro de Referência Nacional e Ibero-americano para Bancos de Leite Humano, localizado no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira(IFF/Fiocruz), no Rio de Janeiro. O instituto solicita a colaboração de mães lactantes.

A queda do estoque costuma acontecer no período de dezembro a fevereiro, já que, devido às festividades de fim de ano e às férias, muitas doadoras viajam e, com isso, a quantidade de litros de leite coletado diminui. O estado do Rio de Janeiro, por exemplo, está apresentando queda de 40% no estoque, o que representa aproximadamente 1.110 alimentações a menos por mês.

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Troque o sal pelos temperos e ervas naturais e ganhe saúde

Usado para reforçar e potencializar o sabor dos alimentos, o sal de cozinha pode e deve ser parcialmente substituído por ervas e temperos que também realçam o sabor e evitam os males causados pelo excesso de sódio. Substância essencial para o nosso organismo, se ingerido acima do necessário, o sal pode desenvolver, entre outras, doenças cardiovasculares, renais e hipertensão arterial que, segundo pesquisa Vigitel 2012, atinge 24,3% dos brasileiros, e 50% dos acima de 54 anos.

O brasileiro consome mais que o dobro de sódio recomendando pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é cinco gramas diárias. No Brasil, em média, são ingeridos 12 gramas por dia, segundo a Pesquisa do Orçamento Familiar/IBGE. “Particularmente no Brasil, observa-se que a população utiliza sal e temperos à base de sal em excesso, tanto na preparação, quanto no consumo dos alimentos, e vem consumindo cada vez mais alimentos industrializados.”, alerta a nutricionista da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Roberta Rehem de Azevedo.

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