Monthly Archives: janeiro 2014

Discriminação zero é a meta da Unaids para 2014

Dados do Unaids (sigla em inglês para o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids) revelam que o número de pessoas com HIV em 2012 atingiu 35,3 milhões em todo o mundo. Do total, 2,3 milhões correspondem a novas infecções e 1,6 milhão de mortes decorrentes das complicações ligadas à doença. De acordo com a entidade, o fim da discriminação é apontado como o principal objetivo para zerar o índice de novas contaminações e de mortes relacionadas à Aids. Diante disso, discriminação zero é a meta da Unaids para 2014. 

A campanha do Dia da Discriminação Zero (a ser celebrado em 1º de março) conta com a participação da Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, de Mianmar, país do Sudeste Asiático. O objetivo é conscientizar a população mundial a respeito desse grave problema.

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Idosos são os mais afetados pelos problemas dos planos de saúde, mostra pesquisa

“Os idosos apresentam mais reclamações que os demais grupos etários na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), reforçando a ideia de que são os mais afetados pela atual configuração do setor privado de saúde e pelas restrições impostas pelas operadoras de saúde”. A suposição foi confirmada, de acordo com a pesquisa do aluno do mestrado da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Wilson Marques Vieira Junior, que acredita que os resultados apresentados podem ser considerados a ponta de um iceberg, seja pela impossibilidade, por exemplo, de mapear os casos de dificuldades de adesão a planos de saúde, mas também pela análise se restringir a reclamações voluntárias.

O estudo também demonstra que há dificuldades para o ingresso de idosos nos planos de saúde, seja por estratégias de comercialização, como a opção preferencial das operadoras em comercializar planos de saúde empresariais, seja por constrangimentos e dificuldades impostas que condicionam o ingresso em plano de saúde à apresentação de laudos médicos e exames laboratoriais ou à realização de entrevistas qualificadas.

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Fiocruz sedia debate internacional sobre indicadores de violência e justiça

Especialistas em indicadores de justiça, criminalidade e violência dos países da América Latina e Caribe se reuniram na Fiocruz, nesta segunda-feira (27), para o intercâmbio de experiências sobre o uso de informação estatística para a prevenção e redução da criminalidade e da violência na região, no âmbito da Agenda para o Desenvolvimento pós-2015. O debate, que vai acontecer até esta terça-feira (28), foi promovido em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Organização dos Estados Americanos (OEA). O encontro deverá subsidiar três reuniões regionais que serão realizadas pela ONU na América Latina e Caribe, África e Ásia‐Pacífico.

Ao abrir o encontro, o presidente da Fiocruz Paulo Gadelha chamou atenção para a importância que a temática violência tem na Agenda para o Desenvolvimento pós-2015. “A violência se apresenta com várias facetas e, nós, do campo da saúde, temos esse componente como um de nossos focos principais”, destacou. Ele disse que a pesquisa do crack, conduzida pela Fiocruz em parceria com a  Secretaria Nacional de Políticas de Drogas (Senad), representou uma abertura para uma nova postura na politica de drogas. Gadelha ainda lembrou que, no Brasil, a violência é a principal responsável por mortes de adultos jovens. “A violência vai ainda além dessa dimensão, apresentando-se também como um indicador fundamental de doenças, de qualidade de vida e de possibilidades de condições de construção para a cidadania”, disse. “A Fiocruz tem estado muito presente nesse debate sobre como trazer a questão da saúde para a discussão sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis”, complementou.  

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Neste verão, fique atento à hidratação das crianças

Muitas famílias costumam viajar nas férias escolares com seus filhos e desfrutar do calor do verão nas praias, campos e parques brasileiros. As crianças aproveitam esses períodos para brincar o dia todo e passando horas debaixo do sol. Se os pais não prevenirem os filhos, eles certamente irão sentir os efeitos desagradáveis da desidratação.

Tanto as crianças quantos os idosos são mais vulneráveis à desidratação. Isso ocorre devido a uma série de fatores fisiológicos do próprio corpo das crianças e idosos. Esse esclarecimento é feito pelo coordenador da Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha, que também é médico pediatra. “Tem também a questão da criança depender que o adulto lhe ofereça os líquidos. Muitas vezes ela fica brincando, e se ninguém pará-la para tomar suco ou água, ela não vai tomar”, explica Paulo.

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A medicina milenar chinesa no SUS

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) remota há milhares de anos e a Acupuntura há pelo menos três mil anos. Mas foi a partir da construção do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, que estados e municípios brasileiros começaram a implementar algumas práticas chamadas de integrativas na saúde pública, que engloba a MTC, a homeopatia, o uso de plantas medicinais e fitoterápicas, o termalismo, a medicina Antropofósica, entre outras.

Em 2006, o Ministério da Saúde institucionalizou essas práticas em nível nacional. Isso ajudou a aumentar ainda mais a busca por elas e o número de procedimentos realizados pelo SUS. O número de sessões de acupuntura, por exemplo, mais que triplicou somente nos casos financiados pelo Governo Federal. Eles saltaram de 122.397 em 2008 para 406.840 de janeiro a novembro de 2013. Um levantamento feito pelo Programa Nacional de Melhoria de Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) entrevistou 17.098 equipes de saúde da família. Dessas, 3.186 afirmam oferecer alguma Prática Integrativa, representando 18,63% do total.

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Conduta do parceiro influencia decisão de realizar aborto

A decisão feminina de interromper uma gestação está relacionada ao conhecimento da gravidez pelo parceiro e à reação que este esboçou no momento da descoberta. Tal afirmativa é resultado da pesquisa de mestrado da psicóloga Daniele Nonnenmacher, que também constatou que o abortamento, mais conhecido como aborto, frequentemente se associa à depressão, independente de ser provocado ou espontâneo. A pesquisa, realizada na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), comparou resultados obtidos em São Paulo (SP) e Natal (RN), e concluiu que a participação masculina está associada à decisão de abortar.

“Embora avanços sociais tenham ocorrido, seguem enraizados na identidade feminina princípios culturais e sociais que, diante da situação de abortamento, despertam na mulher conflitos e ambivalências”, explica Daniele. Na capital paulista, as reações negativas e a falta de participação do parceiro contribuíram à decisão de provocar o aborto. Já em Natal, a ausência deste no momento em que a gravidez se confirmou foi associada a seu interrompimento.

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Malformação fetal produz perda e complexo processo de luto

Elaborar a morte de um filho que ainda não nasceu, está vivo, e se desenvolvendo, é um processo que causa grande sofrimento a gestantes que, com autorização da justiça, optam por interromper a gravidez em virtude de malformação fetal. A situação gera perdas e desencadeia um complexo processo de luto, como mostra estudo do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.

Os casos analisados envolviam malformação fetal, sem chances de sobrevivência, como a anencefalia e a agenesia renal bilateral. Os resultados mostraram que o diagnóstico fetal causou sofrimento a essas mães por gerar inúmeras perdas e desencadear “complexo processo de luto. Por isso, a importância de discutir e planejar abordagens e cuidados à saúde de gestantes nessa situação”, afirma Elenice Bertanha Consonni, em sua tese de doutorado orientada pela professora Eucia Beatriz Lopes Petean.

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Terceiro ciclo do Mais Médicos tem 2.891 profissionais

O terceiro ciclo do Programa Mais Médicos contará com a atuação de 2.891 profissionais. O grupo é formado por 891 médicos selecionados por meio de inscrições individuais e dois mil médicos cubanos provenientes da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), chamados para preencher as vagas não ocupadas por candidatos brasileiros e demais estrangeiros.

Os dois mil médicos cubanos desembarcam no Brasil a partir de terça-feira (28) nas três capitais (Brasília, Fortaleza e São Paulo) onde vão cursar o módulo de acolhimento e avaliação do programa. A previsão é que esses profissionais comecem a atuar nos municípios em março, junto com os demais estrangeiros participantes do terceiro ciclo. A aprovação no módulo é obrigatória para receber o registro que autoriza a atuação no Brasil durante o programa.

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Anvisa avalia agrotóxico para combate à ferrugem da soja

A Anvisa iniciou o processo de consulta pública de dois princípios ativos que, juntos, poderão integrar a fórmula de um novo produto para o tratamento das culturas acometidas pela ferrugem da soja. O primeiro é o Benzovindiflupir,  que é uma molécula nova no mercado nacional. O segundo agrotóxico é a Azoxistrobina que já existe no mercado, mas que terá sua indicação alterada.A avaliação dos ingredientes ativos Benzovindiflupir e da Azoxistrobina e a abertura de consulta pública atende a um pedido de prioridade do Comitê Técnico de Assessoramento de Agrotóxicos (CTA). O prazo para Consulta Pública também foi reduzido pela Anvisa para dez (10 dias) devido à iminência da época de plantio da soja, o que pode evitar prejuízos à agricultura na próxima safra. A soja é uma das principais culturas do agronegócio brasileiro.
A proposta de Resolução está disponível na página da Anvisa, no ambiente ‘Consultas Públicas em andamento‘. As sugestões deverão ser encaminhadas por escrito, em formulário próprio, para o endereço da sede da Agência, em Brasília,  para o fax (61) 3462-5754, ou para o e-mail, toxicologia@anvisa.gov.br.
Acesse as consultas 02 e 03 de 2014 e participe.

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Pesquisa indica polarização na reciclagem de produtos

“A falta dos serviços de beneficiamento industrial e de transformadores de plástico nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte gera a necessidade de transporte rodoviário dos materiais recicláveis ao Sudeste do Brasil, fazendo com que os custos muitas vezes tornem a cadeia da reciclagem inviável”. A observação é da aluna de mestrado profissional em Saúde Pública da ENSP, Liége Castelani. Os resultados da dissertação Análise da cadeia de reciclagem do plástico e suas potencialidades no Brasil, orientada pela professora. Débora Cynamon Kligerman, demonstraram que há forte polarização dos serviços da reciclagem no Sudeste e Sul do Brasil e fraco desenvolvimento destes serviços necessários à cadeia da reciclagem nas outras regiões. Além disso, a aluna destacou que apesar dos avanços na legislação, ainda há precariedade na coleta, seleção, tratamento e destinação final de resíduos na maior parte dos municípios do Brasil.

Segundo Liége, este trabalho buscou compreender todo o fluxo da reciclagem do plástico e identificou  a distância entre as empresas recicladoras e as regiões citadas como a principal fragilidade dos programas públicos de aproveitamento destes materiais. A pesquisa salientou a importância da gestão das cadeias de reciclagem de forma integrada, apreciando o processo industrial a que está submetida como meio de viabilizar as metas de ampliação do aproveitamento de materiais previstas na versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

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