Monthly Archives: novembro 2013

Pesquisadoras debatem o Sistema Nacional de Visa

Durante o último dia (30/10) de atividades do VI Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária/II Simpósio Pan-Americano de Vigilância Sanitária, foi realizada a mesa Sistema Nacional de Vigilância Sanitária: avanços e desafios. A atividade contou com a participação da pesquisadora da ENSP Marismary Horst de Seta e da professora da UFBA Ediná Alves Costa. Ambas falaram sobre a evolução obtida com a implementação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e apontaram alguns desafios nos âmbitos da participação, gestão, financiamento e recursos humanos. A mesa foi coordenada pelo professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Ediná Alves, professora da UFBA, focou sua apresentação nos aspectos relacionados à gestão e formação de recursos humanos na construção do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). Segundo ela, recursos humanos são uma questão crítica, permanente e não equacionada do SUS. “A estruturação do SNVS enfrenta o desafio de questões cruciais relacionadas aos seus trabalhadores, além do quantitativo, da qualificação, da multiprofissionalidade, a inserção nos serviços e as modalidades de contratação e remuneração”, explicou.
Para Ediná, o Sistema Nacional enfrenta inúmeras dificuldades para se efetivar, englobando medidas que favoreçam o fortalecimento da capacidade de gestão do sistema e a eficiência e eficácia das práticas para o aperfeiçoamento de ações preventivas de proteção e promoção da saúde. Como maiores desafios foram apontados pela professora: dotar o contingente de RH de conhecimentos amplos e em permanente atualização para a regulação e vigilância sanitária de muitos objetos em um mundo global que vive em constante mudança, com interdependência de mercados e rápida circulação de produtos e pessoas.
A professora abordou também a formação e a qualificação dos profissionais de Visa, o contexto atual da área, a trajetória da questão da formação de recursos humanos e um perfil dos trabalhadores de vigilância (Censo de 2004). De acordo com o censo, a vigilância sanitária possui 1.777 trabalhadores, destes, 365 estão na esfera federal; 850 na estadual; e 152 na esfera municipal. Ediná citou também alguns indicativos da situação da formação no contexto atual. Segundo ela, a Anvisa demandou às instituições formadoras a criação de cursos de aperfeiçoamento, especialização, mestrado e doutorado. Entre as instituições demandadas está a Escola Nacional de Saúde Pública.
Marismary Horst de Seta, professora e pesquisadora da ENSP, iniciou sua fala destacando que deveria fazer uma apresentação baseada em avanços e desafios do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, porém ainda enxerga muitos retrocessos nele. “Nosso modelo de vigilância sanitária não tem praticamente nenhuma correspondência com modelos de vigilância pelo mundo”, disse ela. A pesquisadora citou também que a vigilância sanitária é uma ação singular no campo saúde. Como avanços, a professora elencou a acentuada estruturação do serviço federal e nos serviços estaduais e municipais de Visa; os repasses financeiros regulares e automáticos, bem como repasses por parte de alguns estados; maior qualificação dos trabalhadores de nível superior dos serviços de vigilância; e aumento da produção científica nacional indexada.
Marismary fez também algumas reflexões sobre um texto escrito por ela e outros pesquisadores para a I Conferência Nacional de Vigilância Sanitária, realizada em 2001. Segundo ela, no caso da Visa, além da complexidade que cercam a gestão pública em saúde, algumas características lhes conferem dificuldades adicionais. Existe uma baixa demanda social por ações de promoção e prevenção, aliada a um grau potencialmente maior de conflitos. No que diz respeito aos saberes acumulados pelos dirigentes dos órgãos de vigilância, citou que não há nenhuma tradição de exercício da função gerencial.
A pesquisadora finalizou sua apresentação pontuando alguns desafios postos para vigilância sanitária, entre eles: transformar as práticas, promovendo articulação intra e intersetorial e controle social; tomada de decisão com base na informação; monitoramento e vigilância ativa em prol da melhoria da qualidade e da segurança de produtos e serviços; pesquisa e produção de conhecimento; financiamento em busca da equidade; implementação de rede de laboratório para qualificar as ações; qualificação de equipes; e o desafio de compartilhar atribuições e responsabilidades para produzir mudanças.

Leia Mais

Saúde debate DST, aids e hepatites virais

O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (05), em Curitiba, a primeira de uma série de consultas à sociedade civil para debater os rumos da política de enfrentamento das DST, aids e hepatites viraisno país. O fórum, que acontece na capital paranaense até amanhã, reúne cerca de 700 pessoas da Região Sul, entre pesquisadores, representantes de movimentos populares e integrantes das secretarias municipais e estaduais de saúde dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Entre os assuntos em pauta referente à aids está o novo protocolo de tratamento clínico de adultos, que irá estender o uso de antirretrovirais a todas as pessoas com HIV, independente da contagem de CD4. Durante o evento, serão discutidas as estratégias para intervenção entre populações vulneráveis, como homens que fazem sexo com homens (HSH), gays, profissionais do sexo, travestis, mulheres transexuais, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade e pessoas em situação de rua. Também será discutida a construção de uma agenda de trabalho com as ações integradas à atenção básica.

Leia Mais

Ministério da Saúde e Abia fecham acordo para reduzir teor de sódio em carnes e laticínios

O Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos(ABIA) fecharam, nesta terça-feira (5), o quarto acordo para a redução do teor de sódio nos alimentos industrializados. Desta vez, o compromisso é pela diminuição desse ingrediente em laticínios, embutidos e refeições prontas, em até 68% ao longo dos próximos quatro anos.

O novo termo, assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo presidente da entidade, Edmundo Klotz, eleva para 16 o número de categorias de alimentos atingidas, que somadas representam 90% dos alimentos industrializados. “Nossa intenção é estimular e apostar na capacidade de inovação da indústria. Ela foi uma parceira nesse período para superar a meta de redução e já conseguimos retirar mais de 11 mil toneladas de sódio dos alimentos industrializados no país”, destacou o ministro.

Leia Mais

Ministério da Saúde promove Seminário 10 anos da Política de Humanização do SUS

Em 2013, o governo federal celebra 10 anos da criação de importantes políticas sociais, como o Bolsa Família. Na área da saúde, se comemoram os 10 anos de  atuação do HumanizaSUS. E para analisar sua trajetória e o papel de suas diretrizes na melhoria da atenção e gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde convoca gestores, trabalhadores e usuários a participar do Seminário 10 anos da Política Nacional de Humanização. A atividade acontecerá no dia 28 de novembro, na sede da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) e poderá ser assistida online, na Sala de Eventos da Rede HumanizaSUS.

A abertura, prevista para as 9h, contará com a presença do Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde Helvécio Miranda, e os gestores da OPAS, do Programa Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Conselho Nacional de Saúde e PNH. O atual gestor da PNH, Gustavo Nunes de Oliveira vai debater com os ex-coordenadores da Política  Regina Benevides, Angela Pisteli,  Adail Rollo e Dário Pasche durante a Ágora dos 10 anos: a gestão da PNH e seu projeto ético-estético-político na máquina de Estado.

Leia Mais

Hipertensão atinge 24,3% da população adulta

Quase um quarto dos brasileiros adultos tem de enfrentar a hipertensão, mas o maior controle da doença tem diminuído fortemente o número de complicações ligadas à doença, que chegaram em 2012 ao menor patamar dos últimos 10 anos. De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel 2012, 24,3% da população têm hipertensão arterial, contra 22,5% em 2006, ano em que foi realizada a primeira pesquisa.

Por outro lado, o número de pessoas que precisou ser internado na rede pública caiu 25% nos últimos dois anos. Em 2010, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 154.919 internações decorrentes de complicações da hipertensão; em 2011, o número ficou em 136.633 e foi a 115.748 em 2012. Com isso, o Ministério da Saúde registrou a menor taxa de pessoas internadas para 100 mil habitantes nos últimos 10 anos. A taxa passou de 95,04 em 2002 para 59,67 no ano passado.

Leia Mais

HTLV, o parente desconhecido do HIV

Você já ouviu falar do vírus HTLV? Apesar de ter impactos menores que o HIV, é preciso se cuidar também contra esse outro vírus sexualmente transmitido. A Infecção pelo Vírus T-linfotrópico humano (HTLV) é um retrovírus transmitido do mesmo jeito que o HIV, ataca o sistema imunológico e também não pode ser eliminado do corpo. Menos agressivo que o HIV, o HLTV na maioria das vezes não se manifesta. Apenas 3% a 5% dos infectados desenvolvem alguma patologia grave com o vírus.

As duas principais doenças que o HTLV causa são a leucemia de célula T e a paraparesia espástica tropical. Essa última pode ocasionar a perda dos movimentos da cintura para baixo. De origens neurológicas, elas costumam trazer graves problemas aos pacientes.

Leia Mais

Refinarias ‘flex’ podem ajudar na transição para economia de baixo carbono

A utilização do parque de refino brasileiro para processar simultaneamente matérias-primas de origem fóssil e biomassa – transformando as unidades em “refinarias flex” – poderia promover uma transição suave para uma economia de baixo carbono e, ao mesmo tempo, ajudar a suprir a demanda energética crescente do Brasil.

A proposta foi defendida pela professora Ofélia de Queiroz Fernandes Araújo, da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), durante o 2º Workshop Fino-brasileiro sobre Conversão de Biomassa. O evento foi realizado no dia 31 de outubro, na sede da FAPESP, pela Rede de Excelência em Biomassa e Energia Renovável (Nobre, na sigla em inglês).

Leia Mais

Pesquisadoras falam da cooperação Brasil-Venezuela

Com base na experiência desenvolvida entre a ENSP e o Instituto de Altos Estudos em Saúde Doutor Arnaldo Gabaldón da Venezuela (IAE), Érica Kastrup e Luisa Regina Pessôa, pesquisadoras da ENSP, apresentaram o artigo de sua autoria “Desafios da Cooperação Internacional Sul-Sul: Brasil e Venezuela, um processo horizontal, sustentável e estruturante” na revista Saúde em Debate, do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes). O texto teve como foco a estruturação de uma Escola de Governo e de uma Rede Colaborativa de instituições formadoras no âmbito da saúde, visando à formação de trabalhadores venezuelanos.
Segundo o artigo, nos últimos cinco anos, a presença do Brasil tem se mostrado cada vez mais forte na cooperação internacional do eixo Sul-Sul, e é importante a avaliação dessas iniciativas, cujas categorias principais de análise são a relevância, a horizontalidade e o caráter sustentável e estruturante da cooperação, na qual ambos os países ganham com o processo.
No início dos anos 1990, uma série de conferências das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre temas relacionados a questões sociais e de direitos humanos motivou a entrada de questões sociais na agenda das relações internacionais. De acordo com a publicação, mais recentemente, com o fim da bipolaridade e as mudanças ocorridas no regime internacional de desenvolvimento, assim como o foco colocado sobre o desenvolvimento humano e sobre a erradicação da pobreza, verificou-se o fortalecimento da cooperação Sul-Sul também no âmbito social.
Conforme explicado no artigo, uma cooperação internacional estruturante estimula o país receptor a assumir o protagonismo da mudança, formulando uma agenda sustentável e de longo prazo para seu próprio desenvolvimento. Essa ideia se traduz no forte envolvimento dos Ministérios da Saúde nos processos de negociação, com clara definição de corresponsabilidades, e no direcionamento de instituições estruturantes dos sistemas de saúde, tais como Ministério da Saúde, Escolas de Saúde Pública, Escolas de Governos em Saúde, Institutos de Saúde e a organização de Redes Colaborativas. Dentro dessa perspectiva, as autoras apontam que a Fiocruz firma sua posição de instituição estratégica do estado brasileiro ao se colocar como lócus da aproximação entre saúde e política externa, assumindo a liderança de iniciativas históricas de cooperação Sul-Sul.
O artigo destaca a implantação do projeto Desenvolvimento Institucional de Altos Estudos de Saúde Dr. Arnaldo Gabaldon, em dezembro de 2007. A primeira atividade desse projeto foi a realização da oficina Taller de Gestión de Proyectos de Inversión em áreas Sociales y Salud, na ENSP, com o objetivo de motivar a participação do corpo docente, do corpo técnico e administrativo do IAE a identificar projetos considerados estratégicos para alcançar o objetivo geral de desenvolvimento institucional. Na opinião das autoras, essa atividade foi importante, pois permitiu ao IAE planejar ações de maneiras estratégicas, as quais não necessariamente seriam tratadas no âmbito do projeto de cooperação, mas com certeza contribuiriam para seu desenvolvimento institucional.
De acordo com a publicação, em setembro de 2011, um grupo de três técnicos do IAE esteve na ENSP para outra atividade do projeto que previa a apresentação de tecnologias de gestão acadêmica pela Escola. Mais uma vez, aponta o artigo, o acordo entre as partes possibilitou ampliar a dimensão da atividade, uma vez que o IAE estava trabalhando no desenvolvimento do primeiro curso de mestrado a ser oferecido pelo instituto.
Por fim, conforme exposto por Luisa Regina Pessôa e Érica Kastrup, em outubro de 2011, o vice-diretor da Escola de Governo e a coordenadora de Cooperação Internacional da ENSP estiveram na Venezuela para impulsionar o projeto de criação de uma Escola de Governo em Saúde no IAE e apoiar o processo de criação da Rede Venezuelana de Saúde Coletiva.
Na conclusão das autoras, as missões de intercâmbio de experiência inspiraram os técnicos do IAE a promoverem mudanças efetivas tanto na gestão da instituição como em sua capacidade técnica na área da saúde pública e sua articulação política com o Ministério da Saúde e o Sistema Público de Saúde da Venezuela. Do ponto de vista dos resultados positivos para a ENSP, advindos da experiência, o artigo destacou o aprimoramento no próprio processo de gestão no âmbito da cooperação internacional.
A cooperação entre Brasil e Venezuela foi considerada pelas pesquisadoras como uma experiência exitosa, em que ambas as instituições conseguiram desenhar um formato horizontal e colaborativo com a elaboração de subprojetos relevantes para o desenvolvimento institucional do IAE, em que a horizontalidade dos processos foi respeitada e pactuada.
Confira a íntegra do artigo clicando aqui.

 

Leia Mais

Mais Médicos é destaque da ‘Radis’ de novembro

A edição de novembro da Revista Radis (nº 134) já está disponível on-line com uma reflexão acerca das condições de saúde, trabalho e vida nas pequenas cidades e interiores. A capa traz à tona o tema Mais Médicos e o início do trabalho dos integrantes enviados às periferias, com depoimentos dos profissionais envolvidos e dispostos a se dedicar às populações de cidades onde há carência de contribuição nas equipes de saúde. A edição destaca ainda a opinião da pesquisadora da ENSP Maria Helena Machado sobre a formação não somente profissional, mas também política dos futuros médicos.
“O SUS é o celeiro para a formação, para a práxis e o mercado de trabalho”, observa a pesquisadora da ENSP, Maria Helena Machado, na matéria A complexa formação do futuro doutor, ressaltando que o sistema de saúde brasileiro é o principal empregador dos médicos e profissionais de saúde. Ela defende que o currículo de todas as profissões de saúde tenha abordagem política e a formação se dê com maior diálogo entre serviço e academia. “O médico é um ser político. O SUS tem de interferir na formação”, afirma. Segundo Maria Helena, o número de vagas ofertadas nas graduações e especializações deveria adequar-se à necessidade do SUS em determinadas localidades.
Na reportagem Contratação dos profissionais leva a debate sobre carreira, o diretor jurídico da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Saúde (CNTS), Joaquim José da Silva Filho, questiona o formato do Programa Mais Médicos. Ele considera que a contratação fere a Constituição e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “É ilegal e inconstitucional. A legislação determina que se apliquem as mesmas regras para brasileiros ou estrangeiros que trabalhem em solo brasileiro”, diz ele. O advogado vê vínculo empregatício na proposta do governo, e, assim, além da remuneração, seria necessário prever encargos legais e benefícios como 13º salário, aviso prévio, hora-extra, adicional noturno e fundo de garantia, entre outros.
Na matéria Pela saúde em seu sentido ampliado, o ex-presidente da Fiocruz, Paulo Buss, explica que, enquanto o Brasil vem defendendo a noção de sistemas de saúde, integrais, universais e equitativos para cuidar da população, a OMS aposta na garantia de cobertura universal, prestada por setor público ou privado, com seguro de saúde para as famílias. “É uma visão conservadora, restrita, na qual o objetivo da saúde seria o de organizar bem a assistência aos doentes. Promoção e prevenção não ficaram claros até o momento. Significa dizer que obteremos saúde desde que tenhamos assistência médica. Nós entendemos que os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável devem basear-se na ideia de saúde como qualidade de vida para todos. Isso exige também água, energia limpa, ambiente limpo e todas as coisas que aparecem nos outros objetivos.”
Os ODMs em questão traz a análise da economista do desenvolvimento e professora de Relações Internacionais da New School University, Sakiko Fukuda-Parr. Para Sakiko, em palestra ministrada na ENSP, a experiência com os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODMs) foi bem-sucedida no sentido de unificar esforços pelas prioridades globais, mas, na busca de se estabelecerem poucos objetivos, algumas questões importantes foram excluídas, tais como, a violência contra a mulher, a participação feminina no mercado de trabalho, outros níveis de educação, além do primário, como a educação infantil e o ensino técnico. “Há uma sombra sobre esses temas, que ficaram negligenciados.”
“Gastar com saúde acelera o crescimento do PIB e reduz a desigualdade”. É com essa afirmação do economista Jorge Abrahão de Castro que começa a matéria Saúde e desenvolvimento, articulação necessária. Segundo Jorge, a redução das desigualdades tem como entrave o mix de financiamento de saúde no país. Em termos de organização, o sistema compõe-se de sua porção pública e universal, representada pelo SUS, e por vários subsistemas, incluindo-se planos e seguros de saúde e pagamentos particulares, além de subsistemas de funcionários civis e militares. Em 2009, o subsistema privado respondia por 56% do total de recursos destinados ao financiamento da saúde, e o SUS representava menos de 43%, ou 3,7% do PIB. “Não dá para ter sistema universal com esse mix”, avaliou.
Confira essas e outras reportagens da Radis de novembro na íntegra clicando aqui.

Leia Mais

Revistas científicas de países emergentes aumentam processo de internacionalização

As revistas científicas de países emergentes, como China, Coreia do Sul, Rússia e Brasil, têm intensificado seu processo de internacionalização – que pode ser medido pelo número de artigos publicados em inglês, citação por outros países e pela publicação de artigos de autoria de pesquisadores estrangeiros, entre outros indicadores.

Os periódicos brasileiros, contudo, estão atrás das coleções desses outros países na corrida pela internacionalização, uma vez que ainda publicam menos artigos em inglês e em colaboração com o exterior.

Leia Mais