Monthly Archives: junho 2013

USP e universidade francesa criam consórcio para pesquisar anemia falciforme

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Paris-Diderot, da França, criaram o Consórcio Internacional em Hematologia (International Network in Hematology) com o objetivo de promover a colaboração em pesquisas voltadas a melhorar o diagnóstico e o tratamento da anemia falciforme e outras doenças do sangue.

De acordo com Belinda Simões, professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e uma das coordenadoras do grupo, a intenção é promover o intercâmbio de pesquisadores e estudantes das instituições, além de facilitar a obtenção de verba das agências de fomento para pesquisas em conjunto.

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Jovens usam pílula do dia seguinte sem conhecimento adequado

A anticoncepção de emergência, mais comumente chamada de “pílula do dia seguinte”, é bastante conhecida e usada por adolescentes do ensino médio. Uma pesquisa da Escola de Enfermagem (EE) da USP realizada em escolas públicas e particulares na cidade de Arujá (Grande São Paulo) com 705 jovens, entre 15 e 19 anos, aponta que 94,2% deles já ouviram falar da pílula e 57,7% já fizeram uso deste método contraceptivo. O estudo também constatou que a maioria das vezes em que a pílula do dia seguinte foi usada (59,3%) foi associada a outro método.

Formada em obstetrícia, Christiane Borges do Nascimento, autora da pesquisa, se interessou pelo estudo dos métodos contraceptivos na adolescência ainda em sua graduação. Segundo ela, a escolha por esse grupo foi porque “os adolescentes têm uma característica muito particular”. “Eles têm muitas alternâncias na estabilidade relacional”, relata.

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Ética em pesquisa: nova resolução é publicada

Foi publicada, no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira (13/6), as novas diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Segundo o pesquisador da ENSP e coordenador pela Escola do Programa de Pós-Graduação em Bioética Ética Aplicada e Saúde Coletiva (PPGBIOS), Sergio Rego, essa revisão da Resolução CNS Nº466, de dezembro de 2012, traz alguns avanços, mas também muitos retrocessos. O texto, aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Conselho Nacional de Saúde, foi concluído em dezembro do ano passado, depois de ser submetido a fóruns, plenárias e passar por consulta pública para a consolidação das propostas de mudanças até chegar à sua versão final. Confira as definições, disponíveis on-line, na página eletrônica da Conep.

A versão inicial foi desenvolvida em 1996, e essa é a sua primeira revisão. Sergio explicou que o documento incorpora diversos itens publicados em resoluções complementares ao texto principal, ao longo dos anos.
Segundo ele, a nova resolução, entre outros itens, apresenta o termo de consentimento de pesquisa de maneira mais interessante, pois o traz como um processo de consentimento, e não apenas como um processo burocrático de assinatura. “Entrando assim em acordo com antigas questões defendidas por pesquisadores, em especial da área das ciências humanas e sociais.” Ele lamentou que, entre os retrocessos percebidos no texto está a questão do conflito de interesses, que, na primeira versão, foi abordada de maneira sucinta e, agora, na versão aprovada em 2012, o tema simplesmente não aparece.
Todo o processo de construção dessa nova versão da resolução foi difícil e complexo. De acordo com ele, muitos pesquisadores não se sentiram contemplados com as diretrizes estabelecidas. Porém, disse Sergio, “isso é normal e já esperado. Algumas pessoas acham que a pesquisa se justifica por ela mesma e têm resistência em compreender a necessidade de delimitação clara do que é ou não eticamente aceitável de se fazer em pesquisa”.
A coordenadora geral do PPGBIOS, Marisa Palacios, também comentou o documento e apontou a importância do texto ser uma resolução e não uma lei, pois traz a facilidade de fazermos modificações no documento, o que permite um processo permanente de atualização. “Essa regulamentação não está terminada. Temos de pensar de forma ética a resolução, uma vez que o documento não é meramente um conjunto de normas a serem cumpridas”, disse ela.
Sergio Rego ressaltou que, agora, é preciso continuar o processo de radicalização da discussão sobre ética em pesquisa e aperfeiçoamento da regulamentação. “Sabemos que ela não atende a todas as necessidade que as áreas demandam, em especial das ciências humanas e sociais. Portanto, ainda é preciso traçar caminhos. Mas temos de ter claro que esse é um avanço em relação ao que tínhamos no passado. Não podemos apenas aplicar burocraticamente os pontos sugeridos em fóruns e consultas. É preciso pensar em como atender demandas de acordo com as condições objetivas e ter boas razões e argumentos que sustentem as posições pleiteadas. Algumas pessoas defendem que os objetivos científicos justificam o benefício de muitos em detrimento do problema de poucos. Mas isso é inaceitável”, encerrou ele.
Confira as definições, disponíveis on-line, na página eletrônica da Conep.

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Relatório busca melhorar o acesso a medicamentos

O Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) da ENSP irá auxiliar a Aliança para Pesquisa em Políticas e Sistemas de Saúde (Alliance for Health Policy and Systems Research), instituição com sede no prédio da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, na elaboração de um relatório sobre o uso de evidências para a tomada de decisão em políticas de saúde, especificamente no acesso a medicamentos. Chamados de Flagship Reports, esses relatórios trazem aspectos relevantes a respeito do tema a partir da perspectiva de pesquisadores, tomadores de decisão e profissionais atuantes no serviço. O convite da Instituição da OMS foi feito à coordenadora do NAF/ENSP, Vera Lúcia Luiza.

O documento irá trabalhar pautado em casos exemplares, em três eixos prioritários do acesso a medicamentos. Essas prioridades foram escolhidas com base em consenso de especialistas de nível internacional, sendo elas: os modelos de compartilhamento de risco para o financiamento do acesso, os medicamentos genéricos e o potencial de uso dos sistemas de informação a serviço do acesso a medicamentos.
“Esses temas se articulam em torno da visão sistêmica de serviços de saúde – da forma como a OMS propõe. A grande questão que está no topo da agenda, da qual o Brasil é um grande protagonista, é a cobertura universal. Então, a ideia do documento é articular esses eixos e discutir as prioridades de acesso, de forma a promover tanto a geração como o uso de evidências”, explicou Vera.
Além da cobertura universal, o Brasil pode acrescentar outras experiências bem-sucedidas no que diz respeito ao acesso aos medicamentos. Vera citou como exemplo o financiamento dos medicamentos da atenção básica, o acesso universal e gratuito aos medicamentos antirretrovirais e a Farmácia Popular. “Há um potencial importante de casos para serem representados em um documento desse tipo. O NAF, como Centro Colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde em Políticas Farmacêuticas, tem o compromisso de refletir sobre experiências da região, divulgando as estratégias nacionais e incorporando ações da América Latina”.

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Cientistas desenvolvem simulador de mídias sociais

O poder de difusão e a velocidade de propagação das informações nas mídias sociais têm despertado o interesse de empresas e organizações em realizar ações de comunicação em plataformas como Twitter e Facebook.

Um dos desafios com os quais se deparam ao tomar essa decisão, no entanto, é prever o impacto que as campanhas terão nessas mídias sociais, uma vez que elas apresentam um efeito altamente “viral” – as informações se propagam nelas muito rapidamente e é difícil estimar a repercussão que terão.

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Doutorado em Saúde Global da USP

A Diretoria da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP informa que, em 13 de dezembro de 2012, foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes, o Doutorado em Saúde Global e Sustentabilidade, que será ministrado pela FSP/USP.O processo seletivo para o novo doutorado será feito no primeiro semestre de 2013 e as aulas e orientações deverão ter início em agosto de 2013.

A saúde global é o campo de conhecimento que envolve o estudo e a prática de temas de saúde que, por sua natureza, extrapolam as fronteiras nacionais, podendo ser influenciados por experiências e circunstâncias em outros países e impondo a necessidade de ação e acordos globais para sua resolução. Com o novo programa, pretende-se conhecer, interpretar, compreender e enfrentar as consequências do processo de globalização no setor sanitário e nos determinantes da saúde, sociais, econômicos e ambientais, objetivando a melhora dos níveis de saúde e a busca da equidade para todas as pessoas“, afirma a Profa. Dra. Helena Ribeiro – Diretora da FSP/USP.

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Expectativa de vida cresce, mas vivemos mais tempo doentes

Apesar do aumento da expectativa de vida da população brasileira, um estudo desenvolvido pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP aponta que os idosos estão vivendo com menor qualidade de vida, já que convivem mais tempo com doenças crônicas típicas da faixa de idade. De acordo com a pesquisa, exames e tratamentos preventivos ajudam a evitar esse processo.

Segundo o médico geriatra Alessandro Campolina, parte desse aumento de tempo de enfermidade se deve à falta de políticas de prevenção eficientes e voltadas para a população mais velha. Ele é o autor da pesquisa que buscou avaliar a ocorrência de um processo chamado de compressão da morbidade. Esse conceito, surgido na década de 1980, lançava a hipótese de que, com o envelhecimento das populações, os anos ganhos pelas pessoas com a melhoria dos serviços de atendimento seriam anos vividos em bom estado de saúde.

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Paulistanos apresentam consumo excessivo de carnes

Na cidade de São Paulo, mais da metade da população consome carne de forma excessiva. Segundo pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, o alto consumo resulta em má qualidade na dieta, aumento no risco de doenças cardiovasculares e nos casos de câncer, e em um grande impacto ambiental decorrente da criação de gado. A nutricionista Aline Martins de Carvalho verificou o consumo dos diversos tipos de carne e as tendências, comparando os dados do Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA) nos anos de 2003 e 2008.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a ingestão ideal de carnes, vermelha ou branca, seria de uma porção, correspondente em média a 100 gramas (g) por dia. O World Cancer ResearchFund, órgão norte-americano voltado à prevenção do câncer, recomenda o consumo de 500 g semanais de carne vermelha e processada (grupo que envolve hamburger, salsicha, nuggets, etc, que no geral são carnes industrializadas). Os dados da pesquisa revelaram que 75% da população da capital paulista consome quantidades muito acima dessa recomendada.

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Programas da ENSP/Fiocruz abrem inscrições para doutorado

Estão abertas, até o dia 10/5, as inscrições para os cursos de doutorado dos programas de Epidemiologia em Saúde Pública e Saúde Pública e Meio Ambiente da ENSP. Neste segundo período de convocação, são oferecidas, ao todo, 22 linhas de pesquisa. A lista de docentes dos programas de Epidemiologia em Saúde Pública e Saúde Pública e Meio Ambiente, com vagas de orientação de doutorado disponíveis para o ano de 2013, bem como suas respectivas linhas de pesquisa, podem ser acessadas no site da Plataforma Siga Fiocruz.

Epidemiologia em Saúde Pública
O programa de Epidemiologia em Saúde Pública da ENSP é coordenado pelas pesquisadoras Silvana Granado Nogueira da Gama e Mariza Miranda Theme Filha. O doutorado em Epidemiologia, credenciado pelo Conselho Federal de Educação, visa à formação de profissionais para atuar nas áreas de docência e pesquisa. As linhas de pesquisa disponíveis para o segundo período são:
● A construção do conhecimento epidemiológico e sua aplicação às práticas de saúde; ● Avaliação de políticas, sistemas e programas de saúde; ● Avaliação de serviços e tecnologias em saúde; ● Desigualdades sociais, modelos de desenvolvimento e saúde; ● Determinação e controle de endemias; ● Epidemiologia de doenças crônicas; ● Epidemiologia de doenças transmissíveis; ● Informação e saúde; ● Modelagem estatística, matemática e computacional aplicadas à saúde; ● Paleopatologia, paleoparasitologia e paleoepidemiologia; ● Saúde da mulher, da criança e do adolescente; ● Saúde indígena; ● Saúde mental.
Acesse aqui a lista de docentes com vaga para orientação.
E-mail de contato: posgrad-epi@ensp.fiocruz.br

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