Monthly Archives: junho 2013

Pesquisa analisa interferência da indústria do tabaco

Com o propósito de entender a relação que se estabelece entre a adoção de uma medida reguladora pelo governo, com forte impacto na população, e a reação por ela gerada em grupos de interesse, foi apresentada, na ENSP, a dissertação de mestrado profissionalizante em Saúde Pública Análise da interferência da indústria do tabaco na implementação das advertências sanitárias nos derivados de tabaco no Brasil. Desenvolvido pela pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer (Inca/MS), a psicóloga Cristina Perez, e orientado pela coordenadora do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab/ENSP), Vera Luiza da Costa e Silva, o estudo apontou que várias ações do governo foram permeadas pela interferência da indústria do tabaco.

Causador de várias doenças, levando muitas vezes seus usuários à morte, o tabagismo é fator de risco para todas as doenças que compõem o grupo das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças crônicas respiratórias). Para apresentar respostas à situação, o Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional do Câncer, vem desenvolvendo ações que visam ao controle do tabaco. Uma das estratégias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foi a adoção, pelos países, das advertências sanitárias nas embalagens de produtos de tabaco. O Brasil, desde 1988, vem progredindo nessa medida.
De acordo com a autora, a pesquisa foi desenvolvida fundamentada na teoria de políticas sociais, que estuda a ação de grupos de interesse contra a implantação de medidas reguladoras, especificamente a influência da indústria fumageira e seus aliados, na implementação das  advertências sanitárias em produtos do tabaco no Brasil. Para isso, foram analisados documentos relacionados à implementação e avaliação das advertências sanitárias nos produtos de tabaco comercializados no Brasil, assim como do arcabouço legislativo que amparou a introdução dessas advertências.
“Foi realizada uma vasta busca nos documentos internos da indústria do tabaco, liberados em 1999 durante ações de litígio nos Estados Unidos, com o objetivo de identificar as reações do setor no processo de introdução e adoção das advertências sanitárias no Brasil e no mundo. Além disso, a pesquisa apresenta também a evolução histórica, com foco na reação da indústria do tabaco”, explicou. De acordo com Cristina, as advertências sanitárias começaram como um pequeno texto inserido nas embalagens de cigarro – medida em alguns países ainda utilizada. Países como o Brasil avançaram muito inserindo imagens que explicam o que se pretende dizer com o texto.
No Brasil, por exemplo, essas imagens passaram a ser mais bem estudadas e mais impactantes, gerando polêmica entre os usuários, a indústria, o meio científico e a população em geral. O que aponta, para a autora, a importância da investigação científica no constante estudo do tema. No país, muitos estudos foram realizados a fim de apoiar a implementação de advertências de saúde, algumas pesquisas como Pesquisa de Opinião Disk Saúde, Pesquisa de Opinião Instituto Datafolha, Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Agravos Não Transmissíveis (MS/SVS/Inca), entre outros, foram fundamentais na definição das mensagens de acordo com o apoio do público e a necessidade de informação.

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Pesticidas causam impacto na fronteira agrícola da Amazônia

Os pequenos produtores estabelecidos na fronteira agrícola amazônica brasileira estão utilizando pesticidas em doses maiores, com maior frequência do que as recomendações agronômicas e, em alguns casos, de maneira inadequada para as pragas que pretendem controlar. Já os grandes produtores de soja e cana-de-açúcar da região seguem mais as recomendações agronômicas e até mesmo substituem compostos mais tóxicos para a saúde humana por outros menos danosos.

O balanço entre esses distintos padrões de uso parece ser negativo: uma pesquisa indica que os riscos de impactos de pesticidas sobre espécies aquáticas, como os peixes, aumentou significativamente. Isso porque, com a intensificação da agricultura na fronteira agrícola amazônica, elas estão sendo aplicadas em doses maiores e, apesar de serem menos tóxicas para os humanos e outras espécies de mamíferos, podem ser mais maléficas para organismos menores.

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Transferência de tecnologia permite produção de remédio que controla colesterol

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e o laboratório americano Pfizer assinaram, na última quinta-feira (13/6), Parceria de Desenvolvimento Produtivo para transferência de tecnologia de desenvolvimento e produção da Atorvastatina Cálcica, usada no controle do colesterol. O medicamento será fabricado pela unidade nas concentrações de 10 e 20mg. A parceria terá a participação ainda da Nortec Química S/A, que será responsável pela produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para a fabricação do medicamento.

A Atorvastatina é o princípio ativo do Citalor, produzido pela Pfizer. O medicamento faz parte da lista de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), cujos domínios tecnológico e de produção são essenciais para o desenvolvimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde (Ceis). Busca-se com o acordo não apenas o domínio da produção, como também o incentivo da indústria farmoquímica nacional, com a fabricação do IFA em solo brasileiro.

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Ceensp debate óbitos materno e infantil no dia 19/6

No dia 19/6, ocorrerá a oitava atividade do Centro de Estudos da ENSP em 2013. Com o tema Vigilância do óbito materno, infantil e fetal e atuação em comitês de mortalidade, participarão como expositores da atividade a professora da Universidade Federal de Pernambuco, Sandra Valongueiro Alves, a coordenadora do Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Fetal e Infantil da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Sônia Lansky, e o professor do Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz, Marcos Augusto Bastos Dias. A atividade, marcada para as 13h30, no salão internacional da Escola, é aberta a todos os interessados e será transmitida pela internet pelo endereçowww.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/videos/.
O Ceensp será coordenado pela pesquisadora do Departamento de Métodos Quantitativos em Saúde da ENSP Sonia Duarte de Azevedo Bittencourt, que é a responsável pelo curso de Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de Mortalidade.

Curso Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal

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Inscrições abertas para três cursos do Grupo Direitos Humanos e Saúde da ENSP

Grupo Direitos Humanos e Saúde da ENSP (Dihs) está com inscrição aberta para três cursos de atualização: Direitos Humanos e a Violência de Gênero; Direito Constitucional e Saúde; e Justiça Ambiental, Ocupação do Espaço, Determinantes Sociais e Saúde. Os cursos são gratuitos e destinados a estudantes e profissionais das áreas de Direito e Saúde, líderes comunitários, sindicalistas, entre outros.

Ao todo, estão disponíveis entre 30 e 50 vagas, dependendo do curso, e as inscrições ficarão abertas até dois dias antes da realização dos cursos ou até que o total de vagas seja preenchido.

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Pesquisa revela epidemiologia do câncer em jovens

Caracterizar a distribuição epidemiológica do câncer em adultos jovens no Brasil, com ênfase no câncer de mama feminino, e determinar a magnitude de associação entre polimorfismos genéticos nos genes CYP17, CYP19 e NQO1 e a ocorrência de câncer de mama. Esse é o objetivo da tese de doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente, defendida por Sabrina da Silva Santos na ENSP, em 10 de junho. Os resultados da pesquisa revelam que, entre 2002 e 2004, para os jovens de 20-24 anos no Brasil, o câncer de testículo foi a localização anatômica de câncer com a maior incidência entre os homens, sendo as neoplasias da glândula tireoide, do colo de útero e a doença de Hodgkin as mais incidentes entre as mulheres, e o câncer de encéfalo a principal causa de morte por câncer, em ambos os sexos.

A análise exploratória do estudo de Sabrina sobre a distribuição da incidência e da mortalidade por câncer de mama no Brasil indicou um padrão de magnitude das taxas de incidência e mortalidade por câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos, similar àquelas descritas como elevadas ou intermediárias em outros países.
Adicionalmente, a pesquisa apontou para um cenário resultante de um processo de mudança na distribuição epidemiológica dessa neoplasia, com aparente aumento das taxas de incidência de câncer de mama nesse grupo etário, na maior parte das capitais analisadas. Segundo Sabrina, o possível aumento da incidência do câncer de mama em mulheres na pré-menopausa, no Brasil, corrobora para a necessidade de mais estudos nesse grupo.
Buscando analisar possíveis fatores de risco associados ao câncer de mama em mulheres jovens, a pesquisadora realizou um estudo caso-controle de base hospitalar com mulheres com menos de 36 anos, na cidade do Rio de Janeiro, quando foram obtidas informações epidemiológicas e amostras biológicas de sangue das participantes. “Nesse projeto, procuramos determinar a magnitude de associação entre polimorfismos genéticos dos genes CYP17, CYP19 e NQO1 e a ocorrência de câncer de mama”, informou.
Sabrina explicou que a exposição aos estrógenos representa um dos fatores de risco mais importantes para o câncer de mama. “A biossíntese e a metabolização dos estrógenos envolvem uma série de passos enzimáticos regulados por diferentes genes, para os quais sua pesquisa descreveu alguns polimorfismos que podem estar associados ao aumento do risco para o câncer de mama.” Entre esses genes, disse ela, encontram-se a CYP17 e a CYP19, que estão envolvidas na síntese de estrogênio, e a NQO1 envolvida na metabolização de quinonas exógenas ou geradas a partir da metabolização do estrogênio e em outros mecanismos de proteção à formação de neoplasias.
No entanto, elucidou a pesquisadora, os resultados não revelaram uma associação entre o polimorfismo MspA1 do gene CYP17 e Arg 264 Cys do gene CYP19 e a ocorrência de câncer de mama em mulheres jovens (OR = 1,02; IC  95% 0,72 – 1,44 para os genótipos TC/CC do gene CYP17; OR = 0,85; IC 95% 0,48 – 1,49 para os genótipos CT/TT do gene CYP19).
Um aumento estatisticamente significativo do risco estimado de câncer de mama, porém, foi identificado em mulheres que possuíam pelo menos um alelo polimórfico do gene NQO1 (T), OR = 1,96 (IC 95% 1,13 – 3,40), quando ajustado por variáveis de confundimento selecionadas. “Os achados sugerem que o polimorfismo 609T da NQO1 pode ser um fator de risco para o câncer de mama em mulheres jovens no Brasil, mas outros estudos são necessários visando corroborar para os resultados do trabalho”, acrescentou.
A pesquisadora interessou-se pelo tema porque a literatura em relação à distribuição epidemiológica, às diferenças biológicas e aos fatores de risco associados ao câncer em adultos jovens em geral, incluindo o câncer de mama, ainda é extremamente restrita, não só no Brasil, mas no restante do mundo. “Nosso interesse é contribuir para a minimização dessa carência”, finalizou.
Sabrina da Silva Santos possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003), aperfeiçoamento em Formação de Recursos Humanos em Pesquisa Oncológica pelo Instituto Nacional de Câncer, e mestrado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz (2006). Sua tese de doutorado, intitulada Câncer de mama em mulheres jovens: incidência, mortalidade e associação com os polimorfismos dos genes NQ01, CYP17 e CYP19, foi orientada pelo pesquisador da ENSP Sergio Koifman.

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Pesquisadores investigam marcadores imuno-histoquímicos dos melanomas

Melanoma é uma neoplasia (câncer) com origem nas células produtoras de pigmentos. Embora também possa surgir em mucosas, a maioria absoluta ocorre na pele, recebendo o nome de melanoma primário cutâneo. Esse tipo de neoplasia se manifesta de maneiras distintas, e essas manifestações têm relação direta com o prognóstico e o tratamento da doença.

Classificar uma lesão melanocítica (pigmentada) como benigna, maligna ou suspeita de malignidade requer a combinação de observações clínicas, feitas durante as consultas médicas, e análises histológicas – de investigação da lesão com o auxílio de microscópios. Uma vez que o tecido é removido para estudo, existem recursos que ajudam a definir o diagnóstico.

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Países discutem preço de medicamentos contra a Aids

Os desafios que os países de renda média enfrentam para garantir o acesso aos medicamentos antirretrovirais foram tema de uma reunião internacional, realizada entre os dias 10 e 12 de junho, em Brasília. O encontro teve o objetivo de compartilhar experiências sobre a provisão de medicamentos e discutir alternativas para promover a redução de preços nesses países. A Fundação Oswaldo Cruz foi representada pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS), Jorge Bermudez, pela pesquisadora da vice, Marilena Corrêa, e pelas pesquisadoras no Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) da ENSP, Maria Auxiliadora Oliveira e Gabriela Costa Chaves. A Consulta Técnica sobre acesso aos antirretrovirais para países de renda média reúne cerca de 90 representantes, de 20 países, para discutir os desafios da sustentabilidade de programas nacionais de tratamento da Aids em todo o mundo. O evento foi organizado pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pela Central Internacional de Compra de Medicamentos (Unitaid), pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e pela Organização Internacional Pool de Patentes de Medicamentos. De acordo com o Relatório Global do Unaids 2012, cerca de 8 milhões de pessoas estavam em tratamento em todo o mundo até o final de 2011. Em 2010, esse número era de 6,6 milhões. No encontro, foram discutidos os desafios referentes aos altos preços de novos medicamentos para o HIV, a dinâmica do mercado para os antirretrovirais (ARV), a gestão dos direitos de propriedade intelectual e outros fatores que afetam os preços dos ARV, em especial os de 2ª e 3ª geração. Também esteve na pauta a necessidade de mais inovação, pesquisa e desenvolvimento na produção de medicamentos para atender às demandas das respostas dos países ao HIV. Dentre os 20 países participantes do evento, apresentaram suas experiências países de renda média como Índia, Indonésia, Chile, Colômbia, Egito, México, Rússia, África do Sul e Brasil, assim como organizações internacionais. O evento ocorreu na sede da Opas/OMS, em Brasília, e foi aberto por representantes do Ministério da Saúde, da Opas/OMS, de Unaids e Unitaid. O NAF/ENSP Centro Colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde em Políticas Farmacêuticas, o NAF/ENSP tem entre suas principais temáticas o trabalho relacionado ao acesso a medicamentos, aos direitos de propriedade intelectual, à avaliação da assistência farmacêutica em cenários ambulatoriais e hospitalares, ao uso racional e ao preço de medicamentos, à Aids, à malária e outras doenças de importância epidemiológica e social. Medicamentos antirretrovirais O acesso universal e gratuito aos medicamentos antirretrovirais é política prioritária do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais desde 1996. No Brasil, em dezembro de 2012, 313 mil pacientes estavam em tratamento com os 21 medicamentos antirretrovirais distribuídos pelo Sistema Único de Saúde. Esses remédios combatem a multiplicação do HIV e fortalecem o sistema imunológico. A seriedade do tratamento com os remédios reduz significativamente a mortalidade e o número de internações e infecções por doenças oportunistas, que aproveitam a fraqueza do sistema imunológico para atacar o organismo.

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FSP prepara Curso de Especialização em Saúde Pública, gratuito e a distância

Professores e pós-graduandos estão convidados a serem colaboradores.

A mesma unidade da USP que deu início em 2012 ao inovador curso de graduação em Saúde Pública, com base em sua experiência de quase um século formando especialistas nesta área, planeja agora a renovação do curso de pós-graduação, reestruturando-o para modalidade semipresencial.
A Faculdade de Saúde Pública vem formando especialistas em Saúde Pública desde 1929, quando ainda tinha o nome de Instituto de Hygiene. Em 2013, a FSP está inovando ao reestruturar curso de pós-graduação lato sensu na modalidade semipresencial. Agora as atividades combinam aulas presenciais no campus da USP em São Paulo, com recursos de ensino a distância, realizando atividades didáticas de qualquer lugar com acesso à internet.“O planejamento está praticamente concluído quanto ao formato e as disciplinas e, em breve, os órgãos competentes da USP darão a palavra final sobre o novo Plano de Curso”, explica o coordenador do Curso de Especialização em Saúde Pública (CESP), prof. Paulo Capel Narvai, da FSP.Seguindo as normas da Universidade quanto à carga horária e outras exigências acadêmicas, como o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso (TCC) sob supervisão de especialista, o curso terá duração de 12 meses. A primeira turma, com 60 alunos nesta nova versão, deve iniciar o curso no primeiro semestre de 2014. De acordo com o coordenador do CESP, “o tradicional e pioneiro curso da Faculdade de Saúde Pública está sendo adaptado às novas demandas educacionais na área, articulando novas tecnologias de informação e de comunicação para aprendizagem a distância, porém mantendo e valorizando o enfoque multidisciplinar da formação e a composição multiprofissional das turmas: características que os egressos do CESP sempre prezaram. Nosso mais importante desafio é manter essas características em um curso com novo formato, que busca usufruir dos avanços contemporâneos na transmissão do conhecimento”.Nesta etapa de planejamento do novo curso, o Grupo de Trabalho composto por docentes e pós-graduandos da FSP, os mesmos que irão ministrar as aulas e acompanhar os alunos no decorrer do Curso, vem criando os conteúdos e estruturando os diferentes aspectos relacionados com a organização estratégica do uso de técnicas de ensino a distância, reunindo-se mensalmente na FSP.A coordenação esclarece que o grupo segue aberto para receber novos colaboradores da FSP ou de outras unidades da USP, interessados em fazer parte da construção coletiva do CESP. Todo docente ou pós graduando, de qualquer Unidade da USP, que queira colaborar como professor ou monitor, pode entrar em contato e solicitar a participação no Grupo de Trabalho do CESP/USP.
Mais informações:
Curso de Especialização em Saúde Pública (CESP)
Coordenador
: Prof. Tit. Paulo Capel Narvai
Secretária: Cidinha Soares
Assistente de Coordenação: Edina Arouca
Secretaria do Departamento de Prática de Saúde Pública – FSP
telefones: 3061-7784/617987
E-mail: cesp@usp.br

Texto: Paulo Capel e Edina – São Paulo, 04 de junho de 2013

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ENSP renova parceria para fortalecer Atenção Básica na Baixada

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) reafirmou, em reunião na terça-feira (11/6), o convênio de cooperação técnica existente entre ela, o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (Cisbaf), o Ministério da Saúde e o Consórcio Hospitalar da Catalunha (CHC), que tem como principal objetivo fortalecer a Atenção Básica nos 11 municípios que compõem a Baixada Fluminense. A parceria, firmada em meados de 2006, obteve grande êxito, principalmente no âmbito do fortalecimento da capacitação da gestão do setor saúde na Baixada, com a formação de cerca de 50 gestores no curso de especialização em Gestão de Sistemas de Saúde, desenvolvido com base na experiência da ENSP. A renovação da parceira, entre outras ações, garante a segunda edição do curso.

A reunião, que marcou a renovação da parceria, contou com a presença do diretor da ENSP, Hermano Castro, da secretária executiva do Cisbaf, Rosangela Bello, do pesquisador do Departamento de Ciência Sociais da Escola, José Mendes, e de Rafael Eugênio, representando a Secretaria de Saúde de Mesquita. Na ocasião, o diretor da ENSP ressaltou a importância da renovação da parceira e destacou que fortalecer a Atenção Básica é fundamental para a Saúde Pública atualmente. “O fortalecimento da Atenção Básica à Saúde é a base para uma saúde melhor, e capacitar profissionais é um excelente caminho a seguir. Dessa forma, desenvolveremos mais uma etapa desse projeto e pretendemos interligar as áreas de ensino, formação e recursos humanos”, explicou ele.
Rosangela Bello destacou que, fortalecendo a Atenção Básica na Baixada, os ganhos na saúde pública são diversos, além de suprir problemas que envolvem questões estruturais, como a migração de moradores da Baixada para hospitais no município do Rio de Janeiro. A Baixada Fluminense é composta de 11 municípios: Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, São João de Meriti e Seropédica. De acordo com Rosangela, a cobertura da Atenção Básica na região ainda é baixa – cerca de 26%, apesar de já ter avançado bastante desde o início da parceria, que era de somente 16%. Além disso, a distribuição é desigual. Municípios como Magé e Nilópolis possuem cerca de 70% de cobertura, enquanto alguns outros não chegam a 15%.
Segundo Rosangela, a parceria contribuiu muito para a ampliação da cobertura da AB na Baixada, e a capacitação para os gestores rendeu bons frutos, como as monografias dos alunos, que apresentaram boas respostas para muitos problemas de saúde existentes nos municípios que compõem a região, além da atuação de cerca de 50 gestores altamente qualificados no Sistema Único de Saúde. A ideia principal com a renovação da parceira é a criação da segunda edição do curso. O projeto para elaboração da segunda turma será submetido ao Conselho Deliberativo da ENSP e, posteriormente, entrará em ação. Os pesquisadores e docentes do Departamento de Ciências Sociais da Escola, José Mendes e Nilson do Rosário, serão responsáveis pela reedição do curso, que mais uma vez ocorrerá de forma presencial.

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