Monthly Archives: março 2013

Fiocruz realiza campanha em prol das vítimas das chuvas

Moradores das comunidades do território de Manguinhos estão sofrendo graves problemas em decorrência da forte chuva que atingiu o Rio de Janeiro em 5 de março e nos dias subsequentes. Como o bairro está localizado em um local vulnerável, a tempestade não trouxe novidades, já que as enchentes são recorrentes nele. No entanto, segundo relato de moradores, muitos dos quais são trabalhadores da Fiocruz, as condições pioraram nos últimos anos. A ENSP, por meio de sua Assessoria de Cooperação Social (ACS) e reafirmando seu compromisso com o território, pretende mobilizar, em parceria com técnicos da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP), o maior número de pessoas para uma campanha em prol das vítimas das chuvas em Manguinhos.
O mutirão de mobilização, como tem sido chamado, está promovendo uma série de ações em favor dos moradores. Uma delas é a campanha para arrecadar doações de itens diversos, como alimentos não perecíveis, roupas, calçados, lençóis, toalhas, utensílios domésticos, material de limpeza e de uso pessoal, fraldas infantis e geriátricas. Para isso, os organizadores contam com a solidariedade de toda a Fiocruz.
A campanha também pretende continuar com o processo de criação de estratégias estruturantes para a localidade. “Para fundamentar uma intervenção mais eficaz, técnicos da ESF e da ACS/ENSP apresentaram um diagnóstico sobre as principais necessidades da população”, explicou Mayalu Mattos, coordenadora da ACS.
As doações devem ser entregues na Gaiola, localidade próxima ao antigo prédio da Escola Politécnica da Fiocruz, localizada no campus Manguinhos, das 8 às 12 horas, até o dia 28/3. O material recebido no local será levado, todos os dias, às 13 horas para os pontos de distribuição dentro das comunidades mais atingidas.
A distribuição será realizada a partir da orientação do cadastramento feito pelas equipes de saúde das Clínicas de Família (CSE Manguinhos e Victor Valla). Os postos de distribuição são: CCDC de Varginha (Varginha e Mandela), Centro Social da Capela São Daniel (Parque João Goulart e CHP2) e Assembleia de Deus (Vila Turismo e Nova Vila Turismo). Paralelamente, estão sendo promovidas ações educativas para diminuir os danos para a população com informações sobre sintomas de doenças.

A urbanização e sua influência nas enchentes

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Homens sofrem mais com agressão do que mulheres

A mortalidade, a internação hospitalar e os atendimentos de emergência por agressão no Brasil, de 1996 a 2007, foram analisados em artigo publicado na edição de dezembro da Revista Ciência e Saúde Coletiva (vol.17, no.12, dez. 2012). Nele, pesquisadores do Centro Latino-Americano de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Carelli (Claves/ENSP) e da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde indicam que, em 2007, a taxa de mortalidade de jovens por agressão foi de 92,8 por cem mil habitantes, totalizando 24.436 óbitos. O número representa 56,9% da mortalidade masculina por essa causa. A relação entre homem e mulher foi 11,6 vezes maior na mortalidade, 4,5 vezes na internação e 2,8 vezes no atendimento de emergência.
Intitulado Morbimortalidade de homens jovens brasileiros por agressão: expressão dos diferenciais de gênero, o artigo utilizou como fonte os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e do Sistema de Vigilância das Violências e Acidentes (Viva), do Ministério da Saúde. O texto relata que os homens, principalmente os mais jovens, ocupam papel central nas mortes por agressão em todo o mundo. Em 2002, estimava-se que 80% das mortes por agressão incidiram sobre os homens. No Brasil, em 2005, esse percentual era de 92%. Em 2007, no país, 92% dos homicídios eram masculinos, e a principal faixa etária foi a de 20 a 29 anos, representando 40,3% do total desses óbitos.
Ainda segundo a pesquisa, o fato de haver maior presença masculina nesses eventos específicos e na violência em geral ocasiona um debate acerca do lugar e da condição de homens e mulheres nas sociedades. “Discute-se que tanto os status quanto os papéis dos homens que os associam à violência estão relacionados a aspectos socialmente construídos. Desde cedo, meninos são levados a aprender e a reproduzir comportamentos agressivos e violentos contra si mesmos e contra outrem”, justifica o texto.
A análise dos pesquisadores demonstrou crescimento das taxas de mortalidade por agressão na população do país, que aumentou de 23,8 por cem mil habitantes em 1996, para 28,2 em 2003, quando o índice foi o mais elevado. Já a taxa masculina cresceu 20,8%, passando de 43,7 em 1996 para 52,8 habitantes em 2003. Assim como nos dados da população em geral, decresceu a partir de 2004. “Em 2007, a taxa masculina era de 46,2 habitantes, tendo caído 12,5% em relação ao ano de 2003, e voltado ao patamar inicial da série estudada. No sexo feminino, as taxas apresentam pequenas oscilações, de 4,4 em 1996, caindo, em 2007, para 3,9 habitantes.”
O texto conclui que a taxa de mortalidade de jovens por agressão foi de 92,8 por cem mil habitantes, totalizando 24.436 óbitos, o que representa 56,9% da mortalidade masculina por essa causa. Sobre as internações por agressão, os homens jovens totalizaram 16.745 casos no mesmo ano, correspondendo a 46,3% das hospitalizações masculinas. “Observa-se que, no Brasil, em 2007, foram realizados 1.980 atendimentos de emergência a jovens do sexo masculino por agressão, representando 53,1% dos 3.798 atendimentos masculinos por esse evento. “No perfil das vítimas e dos principais agressores, também se destacam os homens negros e aqueles com baixa escolaridade. Frente a esse fato, além do entendimento de modelos culturais de gênero, é preciso compreender outros aspectos estruturantes como a raça/etnia e a classe social”, conclui o trabalho.
O artigo é de autoria dos pesquisadores Edinilsa Ramos de Souza, Romeu Gomes, Juliana Guimarães e Silva e Bruna Soares Chaves Correia, do Claves/ENSP, e Marta Maria Alves da Silva, do Ministério da Saúde.

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Medicamento contra mal de Parkinson será produzido no Brasil

A Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), começa neste ano a distribuir o dicloridrato de pramipexol genérico  – medicamento usado no tratamento da doença de Parkinson. A parceria com o laboratório alemão Boehringer Ingelheim foi oficializada na manhã desta sexta-feira (15/3), em evento realizado na sede da Fundação, em Manguinhos (RJ).

O fármaco, que ainda é produzido pela indústria alemã, será distribuído no Brasil a partir deste ano, por meio do Sistema Único de Saúde, nas apresentações de comprimidos de 0,125 mg, 0,250 mg e 1,0 mg. A previsão é que em 2018 o medicamento seja totalmente produzido no Complexo Tecnológico de Medicamentos da unidade, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

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Pesquisa sobre malária causada por Plasmodium vivax precisa ser ampliada

Em razão dos grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento de vacinas realizados por instituições filantrópicas internacionais, nos últimos anos se avançou muito no conhecimento sobre o Plasmodium falciparum – uma das principais espécies causadoras de malária.

Já estudos sobre a espécie Plasmodium vivax – responsável por 85% dos casos de malária registrados no Brasil e 50% dos na Ásia – ficaram relegados a segundo plano. Diferentemente do Plasmodium falciparum, o P. Vivax não causa mortalidade, supostamente não é resistente às drogas e é impossível cultivá-lo em laboratório, o que dificulta a pesquisa de sua biologia.

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Ministro da Saúde apresenta balanço no Conselho Nacional de Saúde (CNS)

Cumprimento de prazos máximos para atender usuários de planos e justificativas por escrito para negativas de cobertura são exigências feitas às operadoras

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou nesta quinta-feira (14) um balanço das ações do ministério no setor de saúde suplementar para garantir a qualidade dos serviços e defender seus usuários. Durante a exposição, em reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS), em Brasília, também pontuou a agenda regulatória do setor para o período 2013/2014.

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Inscrições abertas para o Programa Mulheres na Ciência

O Programa Mulheres na Ciência da L´ORÉAL, realizado em parceria com a Unesco e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), está com as inscrições abertas. Em sua oitava edição brasileira, a premiação tem por objetivo incentivar a presença da mulher na linha de frente do conhecimento e garantir visibilidade ao trabalho das pesquisadoras, além de oferecer condições favoráveis para a continuidade de projetos por meio do auxílio financeiro. As participantes têm até o dia 13 de maio para se inscrever no site.

Podem se inscrever no programa cientistas das áreas de Ciências Biomédicas, Biológicas e da Saúde, Ciências Físicas, Ciências Matemáticas e Ciências Químicas. Cada profissional vencedora receberá bolsa-auxílio no valor equivalente a US$ 20 mil. Lançado em 2006, o programa já beneficiou 47 jovens cientistas no país, distribuindo mais de R$ 1,9 milhão em bolsas-auxílio. O júri é presidido pelo Prof. Jacob Palis Jr., presidente da ABC, e conta com um especialista da Unesco, um da L´Oréal e oito pesquisadores, membros da Academia Brasileira de Ciências.

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Nova edição do Cadernos de Saúde Pública está on-line

A edição volume 29, numero 2 da revista Cadernos de Saúde Pública está on-line e traz em seu editorial um texto a respeito da necessidade do acesso livre e universal para a ciência. Segundo autoras do artigo intitulado Acesso livre, a publicação científica se tornou uma indústria altamente lucrativa.

A revista tamém mostra uma análise do impacto da vacinação sobre a incidência de sarampo em Moçambique no período de 2000-2011; um debate acerca dos fatores biológicos e ambientais associados ao risco de transmissão da esquistossomose mansoni em Pernambuco; além de uma resenha sobre a medicina no Brasil Imperial, que aborda o clima, os parasitos e a patologia tropical, escrita pelo pesquisador do Departamento de Endemias Samuel Pessoa da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Adauto de Araújo; entre outros temas.

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A insustentabilidade ambiental em debate no Centro de Estudos da ENSP/Fiocruz

Governança global do desenvolvimento, governança ambiental global, suas consequências, projeções e previsões. Esses foram os temas norteadores da palestra Desgovernança e sustentabilidade, proferida por José Eli da Veiga, professor dos programas de pós-graduação do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI/USP) e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE). As questões foram discutidas durante a segunda sessão do Centro de Estudos da ENSP (Ceensp) em 2013. O palestrante informou que, desde o seu surgimento, a governança global do desenvolvimento e a governança ambiental global caminham separadamente. E isso, alerta José Eli, gera uma desgovernança sobre o campo.

O tema da palestra Desgovernança e sustentabilidade também é o título novo livro de José Eli, que deverá ser lançado em maio. De acordo com o autor, o livro terá basicamente quatro capítulos e outros complementos para elucidação dos leitores.

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Ministério da Saúde lança edital para projetos de atenção à saúde

O Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), abre processo seletivo de projetos que se alinhem às prerrogativas do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET/Saúde Redes de Atenção à Saúde – 2013/2015. As inscrições e as propostas deverão ser enviadas pelo endereço eletrônico do FormSUS até 15/4/2013.

Podem se inscrever Instituições de Ensino Superior (IES) para, em conjunto com Secretarias Municipais e/ou Estaduais de Saúde, elaborarem projetos que articulem com a promoção da integração ensino-serviço-comunidade e a educação pelo trabalho, por meio de grupos de aprendizagem tutorial, no âmbito do desenvolvimento das redes de atenção à saúde.

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Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP avalia Programa Carona Solidária

A administradora e mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP), Sandra Costa de Oliveira, desenvolveu o estudo Educação Ambiental para Promoção da Saúde com Trânsito Solidário, que avalia o Programa Carona Solidária, importante alternativa para o uso de automóveis – uma das principais fontes de poluição e ruídos nos grandes centros urbanos. O estudo foi tema de sua dissertação de mestrado, defendida na FSP, no último dia 21 de fevereiro.

Em sua dissertação, Sandra procurou identificar motivos que levam à participação ou não das pessoas no Programa Carona Solidária, verificando o conhecimento, opiniões e percepções desse público nas relações entre a saúde e o meio ambiente; e em particular sobre o uso do automóvel e a poluição ambiental, e como essas percepções podem influenciar a decisão em participar desse programa.

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