Monthly Archives: fevereiro 2013

Álcool no cérebro

Após algumas doses a mais, é inevitável que o álcool “suba à cabeça”, como se costuma dizer. Mas se os efeitos inebriantes dessa ingestão são muito conhecidos, o mesmo não ocorre com sua atuação na atividade cerebral.

Um novo estudo, feito por cientistas do Instituto Salk de Ciências Biológicas e da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, acaba de dar importante contribuição para entender melhor como o álcool altera o funcionamento das células cerebrais. O trabalho foi publicado neste domingo (28/6) pela revista Nature Neuroscience.

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Pesquisa avalia regulação do metabolismo a partir de dietas hiperlipídicas

Buscando entender os mecanismos da obesidade feminina, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) reproduziram em laboratório um modelo experimental para estudar os efeitos das dietas dietas ricas em gorduras (hiperlipídicas) sobre a regulação do metabolismo. O trabalho, aplicado no final de 2008 e início deste ano, envolveu cerca de 80 mulheres na pré-menopausa que apresentavam excesso de peso. A pesquisa intitulada Dieta hiperlipídica e ultra-estrutura das células musculares: relação com a resistência periférica à insulina sobre a captação de glicose, da nutricionista Luciana Oquendo Pereira, vem sendo desenvolvida no Programa de Biologia Celular e Tecidual do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.

Os estudos são orientados pelo professor Antonio Herbert Lancha Júnior, do Departamento de Biodinâmica do Movimento do Corpo Humano da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, e foram iniciados ainda no projeto de iniciação científica, com uma pesquisa sobre ingestão alimentar em mulheres obesas brasileiras. “O padrão alimentar da brasileira é diferente quando comparado às norte-americanas e às européias”, informa Lancha Júnior. “No caso do Brasil, as mulheres consomem 45% mais gordura saturada na alimentação regular e, além disso, possuem o hábito de praticar uma quantidade menor de refeições diárias, acreditando ser essa uma solução para o emagrecimento.” As mulheres envolvidas no estudo foram selecionadas numa comunidade do bairro do Butantã, em São Paulo, em 1997.

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Genes da metástase do câncer de mama são descobertos

Três genes com papel importante na metástase do câncer de mama foram identificados por um grupo de cientistas dos Estados Unidos, Espanha e Holanda. Os genes medeiam o processo por meio do qual as células se espalham do local do tumor original para o cérebro.

O estudo, que ajuda a compreender melhor os mecanismos por meio do qual ocorre a metástase, teve seus resultados publicados nesta quarta-feira (6/5) na edição on-line da revista Nature. A metástase é responsável pela maior parte das mortes de câncer e ocorre quando células tumorais adquirem a capacidade de escapar de sua localização original e invadem tecidos saudáveis em outras partes do corpo.

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Artigo aponta diferenças entre os gêneros em condutas de saúde

Pesquisa, publicada em edição recente da revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, identificou condutas de saúde em 382 estudantes, entre 20 e 29 anos, de cursos da área de saúde de universidades públicas de Pernambuco. Segundo pesquisadoras da Universidade de Pernambuco (UPE), o estudo apontou diferenças entre os gêneros como as mulheres, em geral, apresentam frequências mais baixas de comportamentos de risco, como consumo de álcool, uso de tabaco e de drogas ilícitas. Já os homens se preocupam mais com a prática de atividade física.

Os participantes do estudo faziam parte de cursos de odontologia, medicina, enfermagem, fisioterapia, nutrição, educação física, fonoaudiologia, farmácia e terapia ocupacional. O artigo aponta que homens e mulheres apresentam condutas de saúde diferentes, sugerindo a necessidade de uma abordagem diferenciada e a elaboração de estratégias de promoção de saúde adequadas a cada gênero.

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Fiocruz integra a rede de vigilância liderada pelo MS

A saúde pública de todo o mundo se mobiliza para combater a disseminação do vírus influenza A (H1N1). No Brasil, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) integra a rede de vigilância liderada pelo Ministério da Saúde (MS), repetindo o papel estratégico desempenhado em episódios anteriores, como no surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (conhecida em inglês pela sigla Sars). O IOC atua como Laboratório de Referência Nacional para Influenza, credenciado pelo MS, e integra há mais de 50 anos a rede da Organização Mundial da Saúde (OMS) de centros nacionais de influenza. A rede de laboratórios de vigilância em influenza também é integrada pelo Instituto Adolfo Lutz (SP) e pelo Instituto Evandro Chagas (PA), que atuam como laboratórios de referência regional.

O IOC utiliza o método de diagnóstico indicado pela OMS, chamado PCR em tempo real, que é altamente sensível. Os kits específicos para detecção da influenza A (H1N1) para uso no diagnóstico, distribuídos pelo CDC/Atlanta, já foram recebidos no IOC e estão em uso.
A virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, esclarece importantes aspectos da epidemia. "O controle de qualquer vírus respiratório é difícil. É necessário tomar as providências necessárias na hora certa. No Brasil, o Ministério da Saúde está fazendo tudo o que é necessário para conter a situação, com responsabilidade total com os compromissos firmados internacionalmente”, indica a especialista.

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Produtores de conhecimento

O Brasil alcançou a 13ª posição na classificação mundial em produção científica em 2008, ultrapassando a Rússia (15ª) e a Holanda (14ª), de acordo com informações da Web of Science divulgadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

De 19.436 artigos publicados em 2007, a produção brasileira subiu para 30.415 em 2008, com um aumento de 56%, como resultado, segundo a Capes, da atuação das universidades e centros de pesquisa que atuam na pós-graduação universitária.

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Enxaguante bucal favorece câncer de boca

O uso de enxaguatórios bucais no Brasil cresceu 2.277% de 1992 a 2007, mostra um levantamento realizado pelo cirurgião-dentista Marco Antônio Manfredini, pesquisador da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), baseado em informações da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. De 2002 a 2007, o aumento foi de 190%.

Para Manfredini, o incentivo ao consumo indiscriminado de enxaguatórios deve ser criticado. "Observamos um grande investimento na indução ao uso do produto. E é importante dizer que, ao contrário da pasta, da escova e do fio dental, o colutório não tem indicação universal. É preciso concentrar a utilização para casos específicos."

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Carga de doença: excesso de peso e tabagismo são importantes fatores de risco

Estimar a Carga Global de Doença no Brasil considerando fatores de risco com foco no excesso de peso e tabagismo para o desenvolvimento de diabetes melito foi o objetivo da tese de doutorado em Saúde Pública desenvolvida por Andréia Ferreira de Oliveira. O trabalho aponta que cerca de 10% do total de perda de anos de vida por morte prematura e incapacidades (DALY) entre indivíduos acima de 30 anos são atribuíveis ao hábito de fumar. Além disso, a pesquisa também ressalta que, em 2013, a previsão é que o diabetes seja a primeira causa perda de anos de vida por morte prematura e incapacidades no país. 

O estudo de Andréia, que resultou em quatro artigos acadêmicos, foi motivado pela ausência de estimativas da carga de doença atribuível a fatores de risco em pesquisa realizada pela ENSP entre os anos 2000 e 2002. A pesquisa sobre Carga de Doença está disponível no sítio eletrônico da Escola. Andréia é sanitarista da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, trabalha no Programa de Diabetes e foi orientada pelo pesquisador Joaquim Gonçalves Valente, do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde.

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Fiocruz adere ao Programa Nacional Pró-Equidade de Gênero

A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Nilcéa Freire, estará na ENSP, na sexta-feira (8/04), no evento que marcará a adesão da Fiocruz ao Programa Nacional de Pró-Equidade de Gênero da SPM e o lançamento da cartilha sobre a Lei Maria da Penha – elaborada pela ENSP – que trata do cumprimento dos Direitos Humanos das Mulheres, visando uma vida livre da violência de gênero. O seminário acontece às 9 horas, no Auditório Térreo da ENSP, e é aberto ao público.

O Programa Nacional de Pró-Equidade de Gênero tem por finalidade eliminar todas as formas de discriminação no acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego. Também concede às instituições que se destacam na implementação de iniciativas inovadoras o Selo Pró-Equidade de Gênero – um instrumento que evidenciará o compromisso com a equidade de gênero e que visa à promoção da cidadania e à difusão de práticas exemplares entre as diferentes organizações.

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