Publicado em fevereiro 25, 2013 por admin
Metade dos doadores de sangue diagnosticados com HIV mentiu na entrevista de triagem anterior à coleta, prosseguindo com a doação. Esta é uma das constatações feitas por César de Almeida Neto em sua tese de doutorado Perfil epidemiológico de doadores de sangue com diagnóstico sorológico de sífilis e HIV, defendida em janeiro de 2008 na Faculdade de Medicina da USP. A pesquisa, realizada entre 1999 e 2003, mostra que 48,9% dos doadores infectados sequer teriam feito a coleta do sangue, caso não houvessem omitido informações durante a entrevista.
Almeida Neto trabalha na Fundação Pró-Sangue, onde é chefe do Departamento de Notificações e Orientação de Doadores com Sorologias Alteradas. Após a confirmação do diagnóstico, quando o resultado dava positivo, muitas vezes a nova entrevista realizada não batia com o que fora falado na triagem. Para Almeida Neto, as omissões na triagem podem significar uma falta de credibilidade da entrevista enquanto ferramenta de seleção de doadores. Alguns doadores podem achar a triagem preconceituosa e sem embasamento, o que não acontece.
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