As primeiras sequências genéticas do vírus influenza A (H1N1) mapeadas no Brasil foram depositadas por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) no banco de informações genéticas do National Center for Biotechnology Information (NCBI), baseado no National Institute of Health (NIH), dos Estados Unidos, nesta sexta-feira (15/5). O banco reúne sequências genéticas de quase todos os organismos conhecidos, incluindo o genoma humano.
Um dos principais desdobramentos do sequenciamento é a possibilidade de comparar os vírus detectados no país entre si e em relação aos vírus detectados em outras partes do mundo. Uma análise preliminar mostrou que o vírus encontrado nos casos brasileiros são conservados entre si e, quando comparados com sequências depositadas por outros países, vemos que eles mantêm as mesmas características, ou seja, não existe indicativo de variação em relação ao vírus que circula em outras localidades, aponta Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC. Segundo o especialista, o sequenciamento genético é uma ferramenta fundamental para acompanhar a evolução do vírus no país e abre a possibilidade para o desenvolvimento de protocolos de diagnóstico.