Nos dias 31 de julho e 1º. de agosto, a Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, foi sede do Workshop de Pesquisa “Formação da Rede em Defesa da Saúde”, evento que faz parte do projeto “Capacitação em planejamento e desenvolvimento de políticas em saúde: construindo uma rede colaborativa para favorecer a participação popular”,  coordenado pelo Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (CEPEDISA) e pelo Núcleo de Pesquisas em Direito Sanitário da USP (NAP-DISA/USP).

 Com o financiamento da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o objetivo maior deste projeto é identificar como se defende o direito à saúde no Brasil. Para isso, entre outras ações, foi criada a Rede em Defesa da Saúde (REDS), que reúne pesquisadores de todo o Brasil.

 A REDS tem como objetivos estudar os principais atores sociais envolvidos com a defesa da saúde, incluindo suas estratégias e formas de atuação; divulgar informações sobre o direito à saúde, por meio da criação de um portal digital e da realização de eventos; e criar um ambiente de difusão de idéias e de produção científica, auxiliando pesquisadores na tarefa de compreender a defesa da saúde no Brasil.

 Por meio de convênios com instituições de ensino e pesquisa do Brasil, a REDS congrega pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (ESP/RS) e Fiocruz (DF), além do NAP-DISA e do CEPEDISA.

 Segundo Sueli Gandolfi Dallari, professora titular do Departamento de Prática de Saúde Pública da FSP/USP e coordenadora geral do projeto, a formação desta rede é “um momento especial”. “Tenho certeza de que a REDS fará a diferença na defesa da saúde no Brasil”, afirmou Sueli.

 A professora doutora Sandra Regina Martini Vial, da ESP/RS, destacou a “ousadia do projeto de sair dos muros da universidade”, conhecendo quem atua no cotidiano da defesa da saúde no país.

 Seguindo o mesmo raciocínio, o professor doutor Fernando Dantas, da UEA, afirmou que a REDS demonstra uma “emancipação da defesa da saúde no Brasil”. “Todas as instituições que participam deste projeto estão comprometidas com a idéia de colaborar com a construção de políticas públicas na área da saúde”, disse.

 O próximo passo do projeto “Capacitação em planejamento e desenvolvimento de políticas em saúde: construindo uma rede colaborativa para favorecer a participação popular” prevê a criação do Portal REDS, um ambiente de comunicação digital para a divulgação de informações na área do direito à saúde. A previsão é de que o Portal REDS entre no ar até o final deste mês de agosto