Maus hábitos podem antecipar mal de Alzheimer

Quem bebe ou fuma muito ou tem hábitos alimentares ruins pode desenvolver a doença de Alzheimer anos mais cedo do que as outras pessoas, segundo estudos apresentados durante um encontro da Academia Americana de Neurologia, realizado nesta semana em Chicago.
Um estudo do Centro Médico Mount Sinai, da Flórida, concluiu que beber em excesso – duas ou mais doses por dia – faz com que a doença se desenvolva quase cinco anos mais cedo. Os que fumam mais de 20 cigarros por dia podem desenvolver a doença dois anos mais cedo.

O estudo foi realizado com 900 pessoas com mais de 60 anos de idade. Os participantes foram diagnosticados como possivelmente ou provavelmente tendo a doença, e as informações sobre os hábitos foram obtidas de familiares.

O estudo também concluiu que as pessoas com um gene específico – variante 4 do APOE – podem desenvolver a doença três anos mais cedo.

Os três fatores de risco juntos foram associados com o início da doença até 8,5 anos mais cedo do que aqueles com nenhum dos fatores presente.

"Os resultados são importantes porque mostram que, se conseguirmos reduzir ou eliminar a bebida em excesso e o fumo, podemos atrasar o início da doença e também reduzir o número de pessoas que desenvolvem o problema", disse Ranjan Duara, do Centro Médico Mount Sinai.

Colesterol

Um segundo estudo concluiu que pessoas com mais de 40 anos e com níveis elevados de colesterol têm uma vez e meia mais chances de desenvolver Alzheimer.

Neste estudo, os cientistas acompanharam 9,7 mil homens e mulheres a partir dos 40 anos na Califórnia.

Ao comentar as pesquisas, a chefe de pesquisa da organização britânica Alzheimer’s Society, Susanne Sorensen, disse que os novos estudos acrescentam dados à evidência já existente sobre o impacto que o fumo e a bebida têm sobre os riscos de se desenvolver demência.

"A melhor maneira de reduzir os risco é ter uma dieta balanceada, rica em antioxidantes e vitaminas, e praticar exercícios regularmente", afirmou.

"Não fumar, beber em moderação e checar a sua pressão e o nível de colesterol também são importantes para reduzir o risco do problema", completou Sorensen.

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