Casos de malária sofrem queda de 15%, e os dengue aumentam 58%

Ao abrir a última Assembléia do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reiterou o apelo para que os estados intensifiquem o combate à dengue. O levantamento do Ministério, divulgado recentemente, aponta para aumento de 58% no número de casos da dengue no Brasil, em relação a 2006.
 No encontro, entretanto, Temporão comemorou os resultados que apontam para significativa redução no número de casos de malária na região amazônica. Ele destacou a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado dos pacientes, dentro do Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM).
 
Os dados foram apresentados pelo secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna.
 
De acordo com o último balanço da doença, foram notificados 536.519 casos de dengue, entre os meses de janeiro e novembro de 2007. Destes, 1.275 foram de casos de Febre Hemorrágica de Dengue (FHD), com 136 óbitos. A maior concentração de casos ocorreu nos cinco primeiros meses do ano, quando 442.898 pessoas contraíram a doença, o que corresponde a 82% do total notificado até o momento. 
 
Este ano, o aumento no número absoluto de casos de dengue está relacionado com a ocorrência de epidemias nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Pernambuco.

O ministro Temporão reforçou o apelo para que a sociedade fique atenta ao problema da dengue no país.
 
Grave problema de saúde nos estados da Amazônia Legal (AM, AP, PA, RR, RO, AC, TO, MA, MT), os casos de malária caíram 15% no Brasil, entre janeiro e outubro de 2007 em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2007 foram 394.135 notificações da doença, contra 467.152 em 2006.

O estado com queda mais expressiva foi o Acre, que passou de 79.5151 casos no ano passado para 41.509 este ano, ou -46,5%. Em seguida vem o Maranhão, que reduziu de 8.666 casos da doença para 6.051, representando redução de 30,2%.

Outro dado relevante é o de que as internações foram reduzidas de cerca de 25 mil, em 1999 para menos de 10 mil, no ano passado. Além disso, a taxa de letalidade caiu de 0,035 por 10 mil habitantes para 0,015.
 Essa situação é resultado de uma série de medidas adotadas, inclusive a expansão em 170% da rede de laboratórios para diagnóstico de malária, entre 1999 a 2006. Nesse período, essa rede ganhou 2 mil novas unidades, passando de 1.182 em 1999 para 3.185 em 2006, o que contribuiu decisivamente para o diagnóstico precoce e tratamento oportuno de pacientes.

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