Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde terá mais recursos

O Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS) seguirá aumentando o volume de recursos para os editais estaduais, segundo anúncio feito pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (23/10) durante o evento Pesquisa para Saúde – Desenvolvimento e Inovação para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 2004/05 a soma de investimentos no PPSUS, entre verbas do governo e contrapartida dos estados, foi de R$ 22 milhões. No biênio 2006/07, o valor foi quase o dobro: R$ 41 milhões.

De acordo com o ministério, até hoje foram lançados 56 editais. Somente no estado de São Paulo foram destinados R$ 6 milhões, por meio de parceria com a FAPESP, para apoio a projetos de pesquisa. O estado é o único em que a relação entre as verbas do ministério e a contrapartida local é de 1 para 1. No Rio de Janeiro essa relação é de 1,5 para 1 e, em outros estados, a contrapartida estadual é duas ou três vezes menor do que o valor da verba federal.

No início do ano serão feitas oficinas para avaliação de prioridades nas 27 unidades da Federação. “A expectativa é que até o fim de 2008 tenhamos os editais prontos e tudo contratado”, disse Márcia Motta, coordenadora geral de Fomento à Pesquisa em Saúde do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), à Agência FAPESP.

As oficinas terão participação de pesquisadores e gestores, que serão ouvidos na definição dos temas de pesquisa. Segundo Márcia, um dos desafios do PPSUS se encontra na comunicação, pois o objetivo principal do projeto é que as pesquisas resultem em ações efetivas na rede de saúde. “O artigo científico não é o meio adequado para se comunicar com os gestores, e eles são nosso alvo prioritário”, afirmou.

O Decit fomentou 2.187 projetos entre 2003 e 2007, entre 34 editais nacionais e os 56 editais do programa. O valor total de investimentos foi de R$ 385 milhões. Desse total, 284 projetos (13%) foram desenvolvidos no estado de São Paulo, com recursos de R$ 92 milhões (24%). O Rio de Janeiro teve mais projetos (312), mas menos recursos (R$ 84 milhões).

O maior número de projetos no Brasil (425) tratou do tema doenças transmissíveis, seguido das doenças não-transmissíveis (250) e sistemas e políticas de saúde (160). No que se refere ao volume de recursos, a liderança ficou com os temas complexo produtivo da saúde (R$ 123 milhões) e pesquisa clínica (R$ 78 milhões).

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