ENSP forma 100 novos sanitaristas para o país

Mais 100 sanitaristas formaram-se no Curso de Especialização em Saúde Pública da ENSP. Fruto de uma parceria da Escola com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, por meio da Subsecretaria de Promoção, Atenção e Vigilância em Saúde, o curso é desenvolvido no âmbito da iniciativa Teias – Escola Manguinhos. No dia 25/6, 70 deles colaram grau na presença de representantes das instituições parceiras, professores e familiares. O pesquisador José Inácio Jardim Motta, um dos coordenadores do curso, ao ser homenageado pelos alunos, valorizou o trabalho de saúde pública realizado nas unidades de saúde e a educação permanente dos profissionais. “No mundo real, são vocês que estão fazendo saúde pública lá nas unidades de saúde com a população, ‘cantando’ o cuidado em verso e prosa”, disse Inácio dirigindo-se ao público.

O diretor da ENSP, Hermano Castro, parabenizou os alunos e classificou-os como parte da história da saúde pública. Ele lembrou a promessa da Prefeitura do RJ de aumentar a cobertura do Programa de Saúde da Família e destacou a importância da parceria da ENSP com o município. “Não adianta, porém, só a formação dos profissionais, é preciso estruturar melhor a saúde”, acrescentou.

De acordo com Inácio, os formandos são trabalhadores que já atuavam na Atenção Básica, sem que tivessem, ao longo da sua trajetória profissional, a possibilidade de formação no campo da Saúde Pública ou, como no caso da grande maioria, inserem-se, agora, nesse campo, com a reorganização da Atenção Básica. “Com essa iniciativa, espera-se ter um impacto na organização dos serviços, contribuindo para a melhoria na qualidade de atenção à saúde da população”, disse.

Também presente na cerimônia, o vice-diretor da Escola de Governo em Saúde, Frederico Peres, ilustrou com dados a importância do curso para a ENSP. Ele informou que, nos últimos dez anos, tivemos mais de 6, 5 mil alunos em cursos presenciais, além de mais de 65 mil em cursos a distância.

Daniel Soranz, subsecretário de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde do município RJ, destacou o valor simbólico da ENSP em formar as três turmas compostas exclusivamente de quadros do município do RJ. “O que a saúde municipal precisa para avançar é de maior aporte de recursos federais”, apontou.

Outro representante da Secretaria Municipal de Saúde, Luís Felipe Pinto, disse que as dez áreas de planejamento estão com alunos representados nesse curso de especialização, com perfis variados de formação: médico, enfermeiro, farmacêutico, nutricionista, fonoaudiólogo, dentista, psicólogo, sendo 95% deles do sexo feminino.

Perspectiva de nova turma

Além dessas três turmas que se formam, Inácio adiantou que o último estágio do processo de formação da quarta turma será o encaminhamento dos estudantes para os orientadores, objetivando a construção e o desenvolvimento dos seus trabalhos de conclusão de curso. Essa turma deve fechar seus processos pedagógicos entre novembro/dezembro de 2013.

“A possibilidade de uma quinta turma se dará mediante a solicitação por parte da Secretaria Municipal em sintonia com a Direção da ENSP. Todavia, já destacamos para o município a importância de se pensar um estudo de egressos tendo como público-alvo os profissionais formados por essas quatro turmas”, anunciou Inácio.

História do curso

Há 57 anos, na grade curricular da Escola, essa especialização é a formação mais tradicional da ENSP. Embora esteja vinculada ao projeto Teias – Escola Manguinhos, é direcionada aos profissionais de saúde que atuam na Rede de Atenção Primária do Município do Rio de Janeiro. Com carga horária total de 490 horas, o curso é ministrado dois dias por semana, em horário integral.

O curso, também coordenado pela pesquisadora Sandra Aparecida Venâncio de Siqueira, visa apresentar ao aluno o campo da saúde coletiva, desenvolvendo os conceitos estruturantes correspondentes às subáreas constitutivas, gerando competências gerais e específicas para a atuação como sanitarista. Além disso, busca capacitar o aluno para a análise da situação de saúde, a avaliação das práticas de atenção em saúde e da gestão, a busca de soluções criativas e originais para o funcionamento da rede local de serviços e contribuir para a organização social, fortalecendo a participação da população na gestão do cuidado.

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