No dia 28 Fevereiro de 2013 foi defendida na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP a dissertação “Pai e acompanhante de parto: perspectivas dos homens sobre o processo reprodutivo e a assistência obstétrica”, realizada pela jornalista formada pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) e mestre em Saúde Pública pela FSP/USP, Ana Carolina Arruda Franzon, sob a orientação da Professora do Departamento de Saúde Materno Infantil Dra. Carmen Simone Grillo Diniz.
A pesquisa teve como objetivo descrever a perspectiva paterna acerca do processo reprodutivo. Buscou-se conhecer os elementos de preparação do parto e se há ou não implicações para o desfecho da gravidez.
Segundo a pesquisa, desde a década de 60 tem ocorrido um aumento da participação dos pais e companheiros afetivos durante todo o processo do parto e nascimento. Este fator que tem auxiliado os profissionais e as famílias a melhorar a atenção à saúde das mães e dos bebês.
Ana Carolina realizou uma investigação qualitativa por meio de entrevistas presenciais, via Skype e e-mail. Os dados levantados nesta pesquisa apontaram que os pais gostam de participar do parto como parte essencial de sua experiência reprodutiva. Esses pais qualificaram sua presença como um importante elemento de proteção e companheirismo.
Desde 2005 foi promulgada a Lei nº 11.108, conhecida como Lei do Acompanhante, que garante que toda gestante tenha direito a um acompanhante de sua escolha durante o período de pré-parto, parto e pós-parto e esta pesquisa apontou alguns desafios impostos por serviços de saúde para a garantia da participação paterna, além de alguns constrangimentos para o cumprimento preciso da lei que acabam restringindo e controlando essa escolha.
Ana Carolina conclui afirmando que “quando há essa restrição à presença dos acompanhantes, contrariam-se as evidências que apoiam a importância do parto como experiência familiar”. “A presença desses acompanhantes traz benefícios não só para a mãe e para o bebê, mais para o aumento da experiência positiva dos homens com o processo produtivo e a paternidade”, afirma ainda a autora.
Mais informações com a jornalista Ana Carolina, pelo e-mail: anafranzon@yahoo.com.br