Os especialistas, que se reuniram durante dois dias na Organização Mundial de Saúde (OMS) para examinar os progressos do desenvolvimento de vacinas contra a gripe pandêmica, divulgaram alguns avanços importantes.
Dezesseis fabricantes de 10 países estão desenvolvendo vacinas experimentais contra a gripe pandêmica pelo vírus H5N1da gripe aviária. Cinco deles estão trabalhando também em vacinas contra outros vírus da gripe aviária (H9N2, H5N2 y H5N3).
Até agora mais de 40 ensaios clínicos foram completados ou estão em andamento. A maioria deles centrou-se em adultos sadios, mas depois de completar as análises de segurança, algumas empresas iniciarão também os ensaios clínicos em idosos e crianças. Todas as vacinas têm demonstrado segurança e estão sendo bem toleradas por todos os grupos etários sob análise.
Pela primeira vez, os resultados apresentados na reunião demonstraram de forma convincente que as novas vacinas contra a gripe aviária podem gerar uma resposta imunizadora potencialmente eficaz frente à linhagem de vírus H5N1 – detectada em várias regiões. Algumas vacinas funcionam com baixas doses de antígeno, o que significa que, caso haja uma pandemia, é possível dispor de um número significativamente maior de doses.
Estes dados serão examinados na reunião da OMS sobre a avaliação de vacinas experimentais contra a gripe aviária que ocorreu em Genebra (Suíça) de 15 à 16 de fevereiro. Tratou-se da terceira reunião sobre essa questão realizada em apenas dois anos, e seus objetivos consistiram em analisar os progressos realizados no desenvolvimento de vacinas experimentais contra o vírus da gripe pandêmica e atingir um consenso no que tange às atividades prioritárias do futuro.
A reunião organizada pela Iniciativa OMS para la Investigación de Vacunas e o Programa Mundial OMS de la Gripe, contou com a presença de mais de 100 especialistas em vacinas antigripais procedentes de universidades, instituições de saúde pública nacionais e regionais, empresas farmacêuticas e organismos de regulamentação em todo o mundo. Debateram-se informações sobre mais de 20 projetos. A maioria dos fabricantes que estão usando linhagens virais de referência correspondentes ao vírus H5N1 fornecido pelos Centros Colaboradores da OMS.
Apesar dos promissores progressos observados na reunião, a OMS destaca, porém, que não há capacidade suficiente de fabricação de vacinas contra a gripe para atender à uma potencial pandemia. Calcula-se que a capacidade atual é de menos de 400 milhões de doses anuais.
Para corrigir essa deficiência, a Organização apresentou em 2006 o Plano de Ação Mundial da OMS contra a Gripe Pandêmica, num esforço econômico de US$ 10 000 milhões em 10 anos para aumentar o abastecimento de vacinas. Um de seus objetivos consiste em possibilitar que os países em desenvolvimento criem seus próprios centros de produção de vacinas antigripais graças à transferência de tecnologia, o que lhes permitiria dar uma resposta mais sustentável e confiável à ameaça de uma gripe em escala global. Na atualidade a OMS está colaborando com vários produtores de vacinas, sobretudo nos países em desenvolvimento afetados pelo vírus H5N1, para facilitar a produção nacional de vacinas antigripais.
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Responsável de Comunicação
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