Acesso livre

O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) lançou na terça-feira (13/9), em São Paulo, o Manifesto Brasileiro de Apoio ao Acesso Livre à Informação Científica. O documento surgiu após a realização de uma videoconferência que interligou as cidades de Brasília, São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Florianópolis, além de reunir, pela internet, participantes de todo o país.

O evento, acompanhado por milhares de pessoas, segundo a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), contou com a participação de Ênio Candotti, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O físico, além de apoiar a iniciativa, propôs que os trabalhos a serem apresentados na próxima reunião anual da entidade, em julho de 2006, sejam publicados em sistema aberto e fiquem disponíveis ao público.

O presidente do Ibicit, Emir Suaiden, também não demonstra ter dúvidas sobre a importância do acesso livre. “Sabemos que grande parte das pesquisas realizadas no Brasil é propiciada pelas agências de pesquisa. O acesso livre pressupõe que essas pesquisas precisam estar disponibilizadas e acessíveis como fontes de consulta e, principalmente, devem ser compartilhadas pelos pares", observou Suaiden.

Para os autores do manifesto, cópias dos resultados de pesquisas científicas financiadas com recursos públicos deveriam ficar disponíveis para qualquer interessado, sem custo, exatamente nesses bancos eletrônicos públicos, que seriam gerenciados por programas de código aberto. Já existem 141 adesões registradas ao manifesto brasileiro segundo o Ibict.

O manifesto está disponível no site: www.ibict.br/openaccess

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