Um sistema criado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tem obtido sucesso no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. A novidade já foi exportada para Austrália, Alemanha, Cingapura, Panamá, França e Itália.
A solução é formada por três partes que, juntas, formam uma armadilha. A primeira, de nome MosquiTRAP, é um recipiente preto que abriga a segunda parte, o AtrAEDES, produto em forma de pastilha que libera um odor para atrair o mosquito. Ao entrar na armadilha, o inseto fica preso a um cartão adesivo e não consegue depositar ovos, impedindo a proliferação das larvas.
A quantidade de mosquitos capturados no cartão adesivo em determinado período é utilizada para identificar a concentração do inseto na região onde o sistema foi instalado. Utilizando um computador de mão, as informações são recolhidas por agentes de campo e transferidas para a terceira parte do sistema, o software MI-Dengue.
O programa gera uma série de mapas georrefenciados sobre a distribuição do Aedes aegypti.
O objetivo é fazer com que as informações coletadas na armadilha, desenvolvida no Laboratório de Culicídeos do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), favoreçam a adoção de novas políticas de combate à doença pelas autoridades locais, evitando o surgimento de uma epidemia.
No Brasil, a solução vem sendo aplicada em municípios como Manaus, Boa Vista, Fortaleza, Natal, Goiânia, Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu e Blumenau. Com base nesses resultados, a equipe da UFMG está elaborando um documento que será enviado ao Ministério da Saúde..