Neste mês de março de 2021, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) designou o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) como Centro Colaborador da Opas/OMS para fortalecer os Bancos de Leite Humano. A designação é válida por um período de quatro anos, a partir de 3 de março de 2021, e expirará automaticamente em 2 de março de 2025, a menos que a Opas/OMS tenha aprovado previamente a redesignação.
O coordenador da rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) e ganhador do prêmio Dr. Lee Jong-wook de Saúde Pública 2020 da OMS, João Aprígio Guerra de Almeida, atuará como diretor do Centro. “Nos sentimos muito honrados com esta designação e com o senso de responsabilidade muito mais ampliado. Ser um Centro Colaborador da Opas/OMS é uma responsabilidade enorme que coincide com o papel da Fiocruz como agência de Estado e do IFF/Fiocruz como uma referência na área da saúde da mulher, da criança e do adolescente. A atuação do Banco de Leite Humano do Instituto, como uma referência histórica, tem 35 anos e progressivamente cresce em escala e responsabilidades”, destacou Aprígio.
“Em nome de toda a equipe, reforçamos o nosso compromisso como Fiocruz e renovamos os nossos votos com a Opas/OMS, para que a nossa referência em Banco de Leite Humano atue como uma ação estratégica para a qualificação da atenção neonatal de segurança alimentar e nutricional como também para lactentes, no marco da agenda 2020-2030, atuando com todos os países cooperantes e colaboradores. Essa é a nossa visão e o nosso compromisso como IFF/Fiocruz e rBLH”, afimou o coordenador da rBLH.
João Aprígio comenta os principais objetivos da colaboração. “O nosso foco como Centro Colaborador para a área fica na agenda 2020-2030 no contexto da saúde global, apoiando os países que integram a Opas/OMS na perspectiva de que as redes de Bancos de Leite desses países, que nós viemos apoiando ao longo desses 35 anos, possam se fortalecer e atuar como uma estratégia de promoção da saúde da criança, sobretudo de uma criança absolutamente vulnerável, pequena, prematura, de baixo peso, que depende do leite humano como um fator de sobrevivência, e também daquelas crianças que, passado por essa fase, tem no leite humano um alimento importante para um crescimento e desenvolvimento saudável”.
Ele ainda acrescenta: “Vale lembrar que nós, Bancos de Leite Humano, não somos leiterias humanas, pelo contrário, somos estratégias de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, tanto no nível intra-hospitalar como buscando uma articulação com a atenção primária, esse é o nosso compromisso. Nosso foco é apoiar os Ministérios da Saúde/Sistemas de Saúde dos países cooperantes, na implementação de ações que potencializem a atuação de seus Bancos de Leite Humano em favor da saúde da criança em seus respectivos territórios”.