Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EPISUS) seleciona candidatos

O Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EPISUS) foi criado pelo Ministério da Saúde (MS) e teve início no ano 2000. O programa tem como missão:

– Treinar profissionais altamente especializados em bioestatística e epidemiologia aplicada no campo e nos serviços de saúde;
– Formar epidemiologistas com capacidade científica e altos padrões profissionais para colaborar na resolução de problemas de saúde pública;
– Contribuir para o conhecimento científico através da divulgação de investigações e estudos aplicados;
– Fortalecer a capacidade científica e epidemiológica do país por meio da atualização contínua dos graduados;
– Ampliar a capacidade em epidemiologia de campo no país por meio da formação da rede de graduados para multiplicar o treinamento conforme padrões estabelecidos pelo EPISUS;
– Servir como referência nacional em treinamento de excelência em epidemiologia de campo e, representar o Brasil na TEPHINET);
– Colaborar no desenvolvimento de capacidade técnica para resolução de problemas de saúde publica de outros países, em especial os países vizinhos, os de língua portuguesa e outros quando solicitado.

Características e foco do Programa

O treinamento tem uma duração de dois anos, com carga horária aproximada de 3.600 horas, e é realizado na Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, em Brasília/DF. Cerca de 20% da carga horária é destinada a cursos teóricos. O treinamento começa com um curso introdutório de uma semana, ainda durante o processo seletivo. Os candidatos aprovados na fase final da seleção iniciam as atividades realizando um curso intensivo de quatro semanas de duração, focado em conteúdos de bioestatística, epidemiologia e vigilância em saúde, incluindo um estudo de campo. Após o curso intensivo, os treinandos são alocados em áreas técnicas da SVS/MS, como por exemplo, vigilância de hantavírus, febre amarela, influenza, leptospirose, raiva, doenças exantemáticas febris, meningites, tuberculose, malária, dengue, vigilância de doenças e agravos não transmissíveis (ex. câncer, violência urbana), entre outras.

Durante este período desenvolvem atividades do serviço, quais sejam: 

– Análise de dados de vigilância
– Condução de investigação de surtos e outras emergências epidemiológicas, com base no método científico
– Provimento de informações para apoiar a tomada de decisão com base em evidências
– Avaliação de sistemas de vigilância de saúde pública
– Apresentações dos resultados dos trabalhos realizados (análise de dados, avaliações de sistemas, investigações) em Seminários Científicos Semanais do EPISUS
– Apresentações dos resultados dos trabalhos realizados em congressos científicos nacionais e internacionais
– Delineamento e desenvolvimento de pesquisa aplicada aos serviços
– Comunicação escrita dos resultados dos trabalhos (relatórios de investigação de surtos, Boletim Eletrônico Epidemiológico online da SVS, artigos científicos, comunicação breve e outros)
Atividades científicas sistemáticas
– Seminários científicos semanais – aproximadamente 6 horas semanais
– Aulas e cursos sobre epidemiologia, bioestatística, métodos epidemiológicos, avaliação de sistemas de vigilância, vigilância em saúde, técnicas e metodologias de testes laboratoriais, biossegurança no campo, análise de dados de vigilância, comunicação científica (escrita científica e oral), entre outros de interesse para o treinamento.

O Encontro Científico do EPISUS é realizado anualmente pela SVS/MS. Neste evento, os graduandos no treinamento apresentam os resultados dos seus projetos de longo prazo (projetos de pesquisa aplicada), compartilhando as informações com egressos do EPISUS, técnicos de Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, técnicos da Secretaria de Vigilância em Saúde, professores de renomadas instituições de ensino e de outras instituições. Além disto, os treinandos do EPISUS e de outras modalidades de treinamento estaduais, têm a oportunidade de compartilhar os resultados de seus trabalhos. Este evento científico representa o nível de consolidação e progresso do programa brasileiro.

Coordenação do Programa

O EPISUS é coordenado por um corpo técnico especializado, todos graduados no Programa, com regime de carga horária integral. Além disto, o Programa recebe suporte técnico de um consultor do CDC que reside no Brasil.
O programa passa por avaliações externas a cada três anos, com a finalidade de garantir sua qualidade.
Processo seletivo
O processo seletivo do EPISUS é realizado anualmente, em geral no segundo semestre.

O público alvo é composto por profissionais de saúde, com nível superior completo nas áreas de:
– Biologia
– Biomedicina
– Enfermagem
– Farmácia
– Medicina
– Medicina Veterinária
– Nutrição
– Odontologia

Os seguintes pré-requisitos são requeridos:

– Médicos – mínimo de um ano de experiência prática de trabalho, após a conclusão do curso de graduação ou mínimo de um ano de residência ou outro curso concluído de pós-graduação:   mestrado ou doutorado, especialmente nas seguintes áreas: infectologia, medicina social/comunitária ou equivalente, medicina tropical, clínica médica, medicina do trabalho, pediatria, geriatria, epidemiologia, saúde coletiva e outras áreas afins.
– Biólogos, biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, médicos veterinários, nutricionistas e odontólogos – mínimo de dois anos de experiência prática de trabalho, após a conclusão do curso de graduação e pelo menos um curso concluído de pós-graduação: especialização ou mestrado ou doutorado na área de vigilância em saúde, saúde pública, epidemiologia ou outros cursos voltados para a saúde coletiva de seres humanos.

Link do programa: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=29835

A divulgação das inscrições para o processo seletivo é feita pelos seguintes meios:
– Página da SVS: http://www.saude.gov.br/svs
– Publicação do edital em jornais de grande circulação de todas as regiões do país
– Publicação do edital no Diário Oficial da União (DOU)
– Envio de comunicados para as Secretarias Estaduais de Saúde, Universidades e Conselhos Regionais das categorias profissionais alvos para o treinamento.

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