Com os surtos de febre amarela pelo Brasil, a Secretaria estadual da Saúde recebeu relatos de macacos saudáveis encontrados mortos em áreas rurais do Estado. Ao que tudo indica, os primatas têm sofrido violência da população que acredita serem esses animais os responsáveis pela transmissão da doença aos seres humanos.
“Precisamos destacar que a febre amarela é transmitida apenas pela picada dos mosquitos – tanto nas pessoas, quanto nos macacos. Entretanto, por viverem em regiões de mata, os primatas costumam ser os primeiros infectados e, dessa maneira, assumem um papel importante de sentinelas, indicando a presença do vírus na região”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira.
De acordo com a superintendente, a morte desses animais deve sempre ser relatada à Secretaria da Saúde do município ou serviço de saúde para ser investigada. “Assim como o ser humano, eles também são vítimas. A identificação da doença nos macacos ajuda no desenvolvimento de estratégias para evitar a propagação da febre amarela no meio urbano. A população precisa saber disso, ficar atenta e sempre denunciar. A presença do animal morto deve sempre ser comunicada ao serviço de saúde mais próximo”, diz.
DENÚNCIA – Além da comunicação aos serviços de saúde na ocorrência de macacos mortos, a violência contra animais também deve ser denunciada. A denúncia de maus-tratos é legitimada pelo Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605, de 12.02.1998 (Lei de Crimes Ambientais) e pela Constituição Federal Brasileira, de 05 de outubro de 1988.
A denúncia pode ser feita em qualquer órgão de segurança pública, como guarda municipal, polícia militar ou polícia civil. No Paraná também é possível buscar anonimamente o disque denúncia pelo telefone 181, pelo site www.181.pr.gov.br ou pelo e-mail dpma@pc.pr.gov.br.