A professora Anna Levin diz que as pesquisas antimicrobianas são mais lentas do que o desenvolvimento de resistência das bactérias
Um tema recorrente no noticiário, sobretudo naquele ligado mais diretamente à ciência, é o das superbactérias, que tantas mortes já causaram em hospitais do Brasil e do mundo. A mais recente informação que se tem sobre o assunto está relacionada a um estudo encomendado pelo governo britânico, cujos resultados podem ser considerados alarmantes.
Segundo o documento, se não forem tomadas medidas imediatas, em 2050, as superbactérias vão matar uma pessoa a cada três segundos. Mas, afinal, o que são as chamadas superbactérias, como agem, por que são resistentes aos antibióticos ?
A Rádio USP repercutiu a questão numa matéria do repórter Fabio Rubira com a professora Anna Sara Levin, do Departamento de Moléstias Infecciosas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
Entre outros pontos, ela esclarece que bactérias resistentes não podem ser confundidas com bactérias agressivas, pois estas podem ser sensíveis aos efeitos dos antibióticos, enquanto aquelas não o são, daí sua periculosidade. E afirma que a resistência bacteriana é um dos grandes problemas de saúde pública mundiais.