Ações do governo combatem obesidade e sobrepeso

Uma vez superada a fome como problema estrutural, a agenda para os próximos anos concentra esforços na redução do consumo de alimentos processados e ultraprocessados

Ampliar o acesso à alimentação saudável e combater o sobrepeso e a obesidade são prioridades para o Brasil, destaca o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Uma vez superada a fome como problema estrutural, a agenda para os próximos anos concentra esforços na redução do consumo de alimentos processados e ultraprocessados, que levam a doenças como a diabetes, tema do Dia Mundial da Saúde, celebrado na última quarta-feira (7) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

campanha Brasil Saudável e Sustentável, lançada no mês passado, é uma das estratégias do governo federal, em parceria com organizações da sociedade e o setor privado, para promover a alimentação saudável e alertar para os riscos da má alimentação. A campanha promove ações que estimulem as pessoas a refletir sobre os hábitos de consumo e a optar por escolhas alimentares saudáveis, como produtos locais, frescos, vindos da agricultura familiar e da produção orgânica ou agroecológica.

“A produção de alimentos saudáveis começa no campo e vai até o consumidor. E as políticas públicas que o ministério desenvolve incentivam a agricultura familiar, a agroecologia e apoio aos produtos da sociobiodiversidade”, destaca o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos.

Outra ação com foco na promoção do consumo de alimentos saudáveis é o Pacto Nacional para Alimentação Saudável, lançado pela presidenta Dilma Rousseff em novembro do ano passado. O Pacto prevê incentivos à produção de alimentos orgânicos, agroecológicos e da agricultura familiar e a ampliação das condições de oferta e disponibilidade desses alimentos.

Atualmente, 57% da população brasileira adulta estão com excesso de peso e 21,3% dessas pessoas são obesas. Além disso, 72% das mortes no Brasil são ocasionadas por doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer, o diabetes, que têm como uma das causas a má alimentação e o consumo de produtos ultraprocessados, ricos em açúcar, sal e gorduras.

“As crianças são prioridade, uma vez que quanto mais cedo estivermos expostos à alimentação inadequada, mais cedo também surgem os problemas decorrentes da má alimentação, como a diabetes, hipertensão e a até mesmo o câncer”, destaca Campos.

Outros resultados

Ao longo dos últimos 12 anos, o governo federal executou políticas públicas que impactam positivamente na saúde das famílias mais pobres e vulneráveis do País. Um exemplo é o Programa Água para Todos. Em todo o Semiárido, já são 1,2 milhão de cisternas construídas, que permitem às famílias mais pobres produzir mais e consumir água de qualidade.

O acesso à água também beneficia crianças. Além disso, foram construídas 2,3 mil cisternas para captação de água da chuva em escolas públicas do Semiárido.

As crianças mais pobres também estão tendo acesso à saúde, graças ao Bolsa Família. A cada semestre, cerca de 9 milhões de famílias beneficiárias do programa de transferência de renda são acompanhadas na saúde. As crianças de até 7 anos são vacinadas de acordo com o calendário oficial — mais de 5 milhões estão com as vacinas em dia.

Nas consultas de crescimento e desenvolvimento, as crianças ainda são pesadas e medidas. Um impacto importante verificado é que entre 0 e 5 anos, o percentual dos beneficiários com deficiência nutricional crônica caiu pela metade – de 17,5%, em 2008, para 8,5 %, em 2012. A altura média das crianças do Bolsa Família também aumentou devido à melhoria nutricional. Em 2008, os meninos tinham 107,8 cm e, em 2012, mediam 108,6 cm. Já as meninas passaram de 107,2 cm para 107,9 cm.

Fonte: MDS